É interessante observar como Paulo fala de Jesus em suas cartas mais do que mesmo os apóstolos que conviveram com Jesus.
Todos falam…
Não sei quem escreveu Hebreus, mas era também alguém “cheio” de Jesus em tudo…como poucos…daí a epístola fazer jus a um autor como Paulo.
João fala do Encontro e de como tudo se fez amor.
Pedro estava preocupado, aflito…precisando corrigir desvios, falou muito de juízo…e temas do gênero em suas duas cartas.
Tiago introduz o tema em Jesus, viaja pela sabedoria de Deus, faz tudo se entremear no espírito de Jesus, mas não tem a fartura de relações explicitas com Jesus que Paulo oferece enquanto escreve.
Judas tratou quase que do mesmo tema de Pedro—na segunda epístola dele—, e, ambos, fizeram uma “síntese” do livro de Enoque—Judas chega a ser explicito.
Paulo não conviveu…mas viveu mais…que qualquer um.
Paulo é a melhor demonstração de que se pode conhecer a Jesus segunda a carne e não ficar impregnado do Espírito Dele.
“Se um dia o conhecemos segundo a carne…já agora não o conhecemos desse modo”.
O contrário ele também prova: pode-se não ter convivido…fisicamente…e ter-se entendido bem melhor.
A história ajuda, mas só a revelação ilumina.
Às vezes, a proximidade mostra a árvore e encobre a floresta.
Cada um viu como viu e amou de todo o coração.
Mas graças a Deus por esse “nascido fora de tempo”, pelo último…o principal dos pecadores…pelo que veio depois de todos…pelo mesmo que não se sentia digno de ser chamado apostolo…pois perseguiu a Igreja de Deus…por isso diz “nada sou…mas a graça não se tornou vã em mim…por isso, sou o que sou…não eu…mas a graça de Deus comigo”.
Assim, a revelação vem sempre de Deus.
E bem-aventurado é aquele que a acolhe e não deixa que ela se torne vã.
História?
É bom…mas a revelação é essencial.
Assim, vejo ótimos professores de história sem revelação e muitos cristãos cheios de revelação, mas que pouco sabem da história.
Paulo fez a síntese de ambas as coisas!
Bem-aventurado seja!
Caio