LUZ, TRANSFIGURAÇÃO, PERFUME, TENDA E EDIFÍCIO: a nova criatura.

 

LUZ, TRANSFIGURAÇÃO, PERFUME, TENDA E EDIFÍCIO: a nova criatura.

 

 

Paulo diz, escrevendo aos Corintios, que o encontro com Jesus, com Jesus segundo o espírito e não segundo carne — gera a nova criatura; ou, conforme o grego, uma nova criação, um gênesis espiritual; com o inicio de uma nova ordem a partir do interior de cada novo homem/criação de Deus.

Anteriormente na mesma carta/epístola ele já usara imagens diversas para significar essa nova criação segundo o espírito.

Ele fala do Perfume de Cristo. Fala da Transfiguração mediante a contemplação da face de Cristo com o rosto descoberto. Ele fala do Novo Gênesis: “Deus disse: Haja Luz — e esta Luz resplandeceu em nossos corações para iluminação da face de Cristo.” Ele fala do Tabernáculo Temporal em contraposição ao Edifício Celestial que nos aguarda.

Assim, para ele, a nova criatura era também um ente perfumado pelo amor de Deus; era um ser vivendo em estado de Transfiguração e mutação segundo a imagem de Cristo [pela Sua contemplação mediante o Evangelho]; era um ser recém criado para o Novo Mundo do amor de Deus; era um ser peregrino e a caminho de uma Morada Definitiva.

Para Paulo tudo se vinculava ao amor de Cristo, único poder capaz de “constranger” alguém à entrega da vida ao amor a fim de ser recriado em Deus.

O resultado prático, diz Paulo, é que tal nova pessoa anda em sinceridade, sem malicia e sem astúcia, completando na vida os sofrimentos de Jesus; e, além de tudo, sendo capaz de viver acima das circunstancias; pois, sendo perseguida, não se é destruída; sendo abatida, não se é derrotada; sendo qualquer coisa…, não se é, todavia, abalada pela existência.

E mais:

Essa nova criatura não se impressiona com a criação presente, como se fosse aqui e agora, neste mundo, que a recompensa do ser se estabelecesse em plenitude.

Não! A Nova Criatura, o Novo Homem, que se renova segundo Deus, sabe que o seu “homem exterior” se corrompe, adoece, se desgasta, é mortal e vulnerável. Entretanto, ele sabe que “seu homem interior” se renova de dia em dia.

Assim, segundo Paulo, essa nova criatura, o novo homem, se renova na medida em que se desgasta e se corrompe em fraqueza física.

Paulo, porém, além de dizer tudo o que o Novo Homem pode começar a ser e provar Hoje [Perfume, Transfiguração, Novo Gênesis, uma Tenda Mutante a caminho de se tornar Edifício Eterno], também diz que como se trata de uma Nova Criação, nela as culpas antigas já passaram; pois, como Criador, à semelhança do que Ele fez no principio, quando de uma Terra criada, porém sem forma e vazia, fez uma Nova Criação — do mesmo modo, assim é com o Novo Homem, pois, as catástrofes antigas já passaram, e, do caldo do caos, tudo se fez novo.

Desse modo, sem culpa e sem medo, apenas movido pelo constrangimento do amor, consciente da transitoriedade de todas as coisas presentes, o Novo Homem se oferece a Deus com sinceridade, pureza e uma mente nova; sem o fermento da malicia; e, assim, sem que note, começa a cheirar muito bem [ainda que alguns não gostem do aroma do amor]; e, também, sem que perceba, irá mudando de face, ficando sutilmente parecido com Jesus; e mais: crescerá todos os dias na consciência de que o Pai não cessa de criar em sua vida; o que faz com que o Novo Homem ande aberto a todas as conversões, sendo por isto que ele assume que sua atual morada e estado são totalmente transitórios. Afinal, ele hoje vive em uma Tenda, mas está a caminho de um Edifício Eterno.

O resultado simples é que o Novo Homem não se contenta em apenas ser quem agora seja em Cristo, mas, também, além disso, ele persuade os homens acerca de Jesus.

Leia II Coríntios de 2 a 5 e medite você mesmo!

 

Nele, que nos chama a deixarmos as coisas da velha criação e entrarmos no ambiente da Nova Vida,

 

Caio

11 de março de 2009

Lago Norte

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