Caio, Paz!
Eu estava ouvindo uma canção do Vinícius chamada “Sei Lá”.
Um trecho da letra diz o seguinte: “De nada adianta ficar-se de fora / A hora do sim é um descuido do não”.
Fiquei pensando…
Os céticos certamente não concordariam com essa idéia.
O não crer, para eles, é fruto natural da capacidade racional humana, intrínseca no ser.
Crer somente no que se pode provar é, para os céticos, um exercício natural que a inteligência humana impõe. Inteligência essa, que sempre quer racionalizar tudo.
Se isso fosse verdade, não haveria razão para o Ceticismo. Ora, viver-se-ia com as coisas que podem ser vistas, provadas, sentidas, sem o incômodo de tentar provar o que não-existe-até-que-se-prove-o-contrário (“caiofabiei” um pouco).
Antes eu ficava incomodado quando alguém me questionava dizendo coisas do tipo: “Ah, é? Então prove que Deus existe”. Me sentia na obrigação de ter que provar.
Hoje em dia eu respondo o seguinte: “Ah, é? Então prove que Deus não existe, porque eu sei que Ele existe, e Ele sabe que você existe. O incômodo é seu e não meu. Ando em paz na certeza de que Ele existe, e vou orar para que você venha saber que Ele existe”.
Quando o descrente que diz que não, inconscientemente está dizendo “sei lá”, como diz o título da canção. É o não que tenta anular o sim, até ver que não pode; então muda as estratégias e se disfarça de sim, falsificando a verdade absoluta do sim.
Acho que viajei um pouco, Caio. Mas é que eu ouvi essa música, e resolvi trocar uma idéia contigo e com os manos “nautas” do caiofabio.com.
Até, mano!
Receba meu abraço e minhas orações,
Junior
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Resposta:
Meu amigo querido:
É o néscio quem diz “não há… Deus!”
Quem é e não pode explicar o porquê de ser — como é o caso de todos os humanos — deveria, por simples coerência com a ignorância de ser sem poder explicar e nem poder negar, pelo menos ser santamente a-gnóstico; ou seja, confessadamente sem conhecimento!
Afinal, a existência humana é inegável, conquanto, sem a fé, nossa existência seja inexplicável.
O fato é simples: se a gente não alcança explicar nem o tempo nem o espaço — até as dimensões tão enormemente bobas do universo nos deixam aquém do explicável —, como explicaremos o infinito?
O que é constrangedor para quem pede “explicação”, é a demonstração do nosso total conforto com a não necessidade de explicar!
Por isso meu amigo Enoque, companheiro do Abellardo Ramez II no Nephilim, ensinou a seguinte fórmula anticeticismo: “O que é, é; isto é tudo, e tudo é!”
Só sei o seguinte: Jesus é o Amém de Deus! Em Cristo, quem quiser, tem o “Sim” do Eterno!
Um beijão,
Caio
08 de setembro de 2003
Copacabana
RJ