—–Original Message—–
From: ISRAEL E A VOLTA DE JESUS!
Sent: terça-feira, 5 de agosto de 2003
Subject: Israel e a Volta de Jesus!
Pastor Caio,
Li uma reportagem, na revista Carta Capital desta semana, uma matéria com o titulo “SHARON DRIBLA A PAZ”.
Alem da ênfase dada ao perceptível envelhecimento do primeiro-ministro israelense, o que prendeu minha atenção foram as palavras transcritas de seu discurso.
Sharon avoca a responsabilidade de soberania de Israel, por pertencer à geração da fundação do Estado de Israel.
Na reportagem é observado também que Sharon é um dos poucos remanescentes desta geração.
Após ler essa reportagem, pensei nas palavras do Senhor Jesus em Mt 24.32-34, na qual somos orientados a “aprender”…
O quadro político-econômico-social mundial, e em particularmente o de Israel, pode nos levar a aprender alguma coisa acerca desta profecia?
O fato é que não tenho mais percebido a Igreja clamar: Maranata!
Meus amigos, irmãos em Cristo, estão mais preocupados com seu presente-futuro, com a sua preparação para o mercado de trabalho do que com o Reino e se está próximo o “fim”.
Gostaria de lhe agradecer, pois, mudei de perspectiva ao ler seu livro DÊ FRUTO ONDE DEUS PLANTAR VOCÊ, da coleção LEVANDO DEUS A SÉRIO.
Obrigado!
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Resposta:
Querido amigo: Graça e Paz!
Leia o que escrevi em “A Mente de Paulo”, sobre os judeus.
http://www.caiofabio.com/novo/caiofabio/pagina_conteudo.asp?CodigoPagina=0019600005
Temos que “aprender”. Mas aquela “geração que não passaria”, não deve ser interpretada como 40 anos, como tolamente muitos já fizeram. Especialmente os “dispensacionalistas”.
O judeu é “a geração” em cada geração.
Sharom está apenas falsificando a interpretação do significado de História e Geração para os judeus.
No meu texto em “A Mente de Paulo” você entenderá isso bem melhor.
Geração para o judeu era a própria história judaica.
Em Mateus 24 o que Jesus estava dizendo era o seguinte:
Vocês — não aqueles indivíduos, mas a geração de Abraão — verão tudo isto acontecer. Vocês não deixarão de existir. Vocês enxergarão. Vocês verão, com os olhos da geração que estiver viva.
Existe uma “federalidade” contínua na consciência de história e geração na concepção judaica de “filho”.
Daí as “genealogias” da Bíblia não se importarem com os “saltos” que muitas vezes acontecem, de um bisneto ou neto, que é mencionado como filho de alguém.
O que passar disso é falta de compreensão sobre o significado linear que o conceito de geração tinha também para Jesus, que era “judeu”.
Mateus 23 nos fala disso, quando nos mostra os “filhos” tentando “remendar” a história pelos próprios pais, erguendo monumento aos profetas antes mortos por seus pré-genitores.
Ou seja: ali está estabelecido esse “princípio”.
Daí Jesus dizer que “daquela geração” se cobraria pelo sangue de todas as gerações anteriores.
Entendeu?
Tenho escrito aqui no site como sinto que os cristãos deixaram de ser “hebreus”, existencialmente falando.
Ninguém aspira mais a uma “pátria superior”.
A Teologia da Prosperidade sepultou a existencialidade escatológica dos cristãos.
Era a pá de cal que faltava. Por isso a “igreja” está este caos.
Quem tem essa “esperança”, diz João, “se purifica” na verdade. Sem essa “esperança” a gente se aperfeiçoa na “esperteza”.
Fiquei feliz com a notícia de que o livro ajudou você a se saber hebreu, em Cristo; ou seja: a dar fruto onde Deus semear você!
Um abração,
Caio
2003
Copacabana
1º ano do site.