MINHA MÁSCARA CAIU…

—–Original Message—– From: MINHA MÁSCARA CAIU… Sent: sábado, 3 de julho de 2004 23:36 To: [email protected] Subject: ESTOU COM UM PROBLEMÃO Rev. O que a gente faz quando a nossa máscara cai? O que fazer quando a verdade vem à tona, arrebentando tudo o que foi construído em cima de um montão mentiras? O que fazer nessa hora? Sou “a outra”, e a namorada dele acabou de ligar aqui pra casa. Ligou pra saber de quem era o número. Ela me ligou porque hoje eu disquei pro celular dele e ela atendeu. Minha reação na hora foi desligar. Pra quem desconfiava, agora ela tem certeza… Não sei o que ele disse a ela… Eu cheguei em casa a pouco, do culto lá no Café. Você pregou sobre: Quem eu sou? (eu sou essa aí!) Agora estou com vergonha.Vergonha dela.Vergonha de escrever pro senhor. Tinha até tomado uma decisão em relação a esse caso –DUROU UMA SEMANA. E se ela me procurar? Se ela falar pra minha família? Como é que eu saio dessa furada que eu me meti? Me ajuda Caio ____________________________________________________________ Resposta: Minha querida amiga e irmã no Caminho, Comigo você não tem que ter vergonha de nada. Não há nada em você que não exista em mim também…somos semelhantes uns aos outros…assim como Elias era homem semelhante a nós…e orava…e Deus atendia. Portanto, não só seremos ouvidos, mas não teremos que usar máscaras uns com os outros, pois somos todos semelhantes…em tudo e todas as coisas. Há uma coisa a fazer e algumas outras a pensar. Quanto ao que fazer, lhe digo: não faça nada! E não fazer nada é também não falar nada. Ficar quieta, é meu conselho. Quanto ao mais, e o mais é muito, você deve se perguntar algumas coisas: 1. Por que você ligou para um cara que tem namora, sendo você a outra? 2. Em sua mente não havia pelo menos a suposição de que outra pessoa poderia atender? 3. E essa pessoa não poderia ser a namorada oficial? 4. E, se fosse, era de seu interesse ser checada, ainda que do modo como aconteceu? 5. Lá no fundo você não quis “sem querer” dar uma estragada na relação deles, a fim de apressar o processo com você? 6. Será que essa vergonha de agora não delata o fato de você saber que houve certa intencionalidade de sua parte? 7. Será que sua preocupação em que a namorada dele “fale”…não é, de fato, seu maior desejo? 8. Será que a máscara que falta cair, nesse caso, não é exatamente esta que aqui descrevo? 9. E se for, você quer ser curada? Bem, se você quer ser curada, não faça nada. Fique quieta. Além disso, seja honesta com você mesma, e pergunte-se se você mesma não “criou” a sua própria vergonha. E mais: veja a razão de você ter dado essa “ajuda”, mesmo que inconsciente ou auto-enganadamente. E só um pouquinho mais. Pergunte-se que mascara é que cobre você. Veja se tem alguma coisa a ver com uma profunda insegurança, sendo também essa a razão pela qual você aceita ser “a outra” de um namoro. Você não precisa disso. Você pode ser a única. E, até para ser a única, não seja a outra. Ser a outra, no seu caso, pode dar um certo tesão no momento, mas logo se tornará algo que lhe baixará muito a auto-estima, especialmente quando você perceber que, em geral, a outra põe a si mesma num lugar de onde raramente sairá. Então até para ver se você pode ter esperança de ser a única, não seja a outra. Sem falar que deixar o cara nessa é muito ruim, ainda que ele queira. Afinal, uma das fantasias de quase todo homem é ter uma esposa muito “legal”, e uma amante muito “caliente”. Só que depois de um tempo isso o abismará—caso ele seja um cara legal—num estado de irresolução sufocante, pondo o coração dele em posição de sentido em relação a “de quem ele é”, o tempo todo; e isto poderá fazer muito mal a ele…caso consiga fazer a “manutenção” de vocês duas. Esta é minha ajuda a você como pastor e amigo. Como você sabe, não persigo receitas comportamentais, pois creio que os que as procuram não conseguem mais buscar a verdade, visto que para eles a verdade não tem aplicativos pessoais e circunstanciais. Mas tem. E só tem. Por isto, cada caso, é, realmente, um único caso, e um caso único, por que as pessoas são únicas. A Verdade é Espírito, diz I João. Portanto, há o espírito da verdade, e a esse espírito temos que seguir. Afinal, a verdade não apenas liberta, mas também é invencível. Isto porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade. Assim, conforme eu disse ontem, não busque a verdade e a mascara caída do lado de fora apenas—no seu caso, no “telefonema” e suas conseqüências. Mas sim, busque “em” por que você achou que o “telefonema” era a máscara caída. Não seria isto apenas uma mascara boba, do lado de fora, e que ainda encobre o seu real encaramento da verdade? E olhe… todos nós ainda vamos ter que dar de cara com a verdade milhares de vezes na vida…e muitas máscaras ainda serão retiradas de nossas faces. Mas é assim que se vai…com o rosto desvendado, contemplando a face do Senhor como se víssemos um espelho embaçado, até o dia em que ficaremos cara a cara com Ele; e no Caminho, esse é um trabalho do Espírito da Verdade em nós. Ou seja: estamos falando da mais profunda obra do Espírito Santo. Obrigado pelo carinho e pela confiança. Nele, um beijão, Caio