PASTOR, O QUE FAZER PARA EVITAR O FALSO AVIVAMENTO?
—–Original Message—–
From: PASTOR, O QUE FAZER PARA EVITAR O FALSO AVIVAMENTO?
Sent: domingo, 19 de outubro de 2003
To: [email protected]
Subject: Bizzzzz… em no de Jesus
Mensagem:
Graça, paz e sabedoria sobre sua vida querido irmão.
Você deve ouvir todos os dias pessoas lhe agradecendo pelos seus livros e mensagens, pelo benefício que fizeram em suas vidas. Então eu serei mais um, muito obrigado irmão Caio, fui muito edificado por ti.
Eu sou pastor, tenho 25 anos, acabei de sair do seminário, estou há apenas alguns meses no ministério em uma igreja pequena, em uma cidade pequena no interior do Brasil.
Tenho sido muito amado pelos irmãos, e o Senhor, pela Sua misericórdia, tem abençoado nossa pequena comunidade.
Entro quase todos os dias no seu site, e o já indiquei para muitos outros irmãos.
Mas o que me leva a escrever para ti é uma preocupação que tenho lá no meu íntimo; esse assunto de certa forma já tem sido abordado por outros irmãos e me perturba.
Falo da falsificação de avivamento, ou “mover”…aliás nem sei como denominar essa onda que tem se alastrado no arraial evangélico brasileiro.
Sou pastor de uma igreja histórica e participo de um movimento de renovação, temos buscado um equilíbrio tão difícil nos grupos carismáticos.
Para exemplificar o que quero dizer conto o que minha esposa viu em um dos maiores congressos de louvor do Brasil, há uns dois meses.
Lá, nas ministrações, pediam às pessoas que dessem as mãos em grupos, e um dos “ungidos” passava e soprava para que recebessem a unção.
Imagine que em uma fileira de 10, se 3 ou 4 que entrassem na onda de cair, os outros automaticamente caíam juntos, por estarem de mãos dadas.
E quem não caísse era suspeito de barrar a ação do Espírito.
Eu até creio que alguém possa cair pelo poder de Deus, mas não é essa a questão.
A questão é justamente essa armação circense que grassa por aí.
Para piorar, nesse evento havia alguns, por mais ridículo que pareça, que ficavam com dois dedos em forma de V como que “dando choque” nos outros; e ainda fazendo o ruído “bzzz”, faziam isso em pessoas que nos dias anteriores já demonstravam propensão a entrar na onda; e, é óbvio que elas caíam, rindo como que fora de si.
Mas mesmo caídas “em espírito” arrumavam a roupa, o cabelo, abriam um dos olhos para ver o que estava acontecendo… pura encenação estimulada por pastores, por renomados ministros de louvor.
Minha preocupação é de que cresça esse tipo falso de avivamento e o verdadeiro seja esquecido.
Eu creio que existe o genuíno, que há o original, e que não precisamos forçar, induzir ou maquiar nada.
Esse é o tipo de coisa que imagino que a maioria das pessoas sérias nas igrejas onde isso acontece deve remoer dentro de si, até com culpa, por julgar falso o que se apresenta como verdadeiro pelos líderes.
O que podemos fazer?
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Resposta:
Meu amado irmão: Paz!
Obrigado pelo seu carinho e pela recomendação do site.
Falso avivamento!
O que podemos fazer?
Ora, a única coisa que podemos fazer é não participar.
Eu, por exemplo, só fico sabendo dessas coisas porque me contam.
Eu nunca vi.
E por quê?
1. Nunca fui para ver.
2. Sempre que fui, fui para pregar. E, não sei por que, mas a vida toda, sempre que prego a Palavra não cai nenhum espírito de circo. Sempre vejo quebrantamento e reverencia para com a Palavra. E mesmo os “especialistas” presentes, sempre ficam quietíssimos.
Então, já que você já sabe como é, não vá.
E, de sua parte, tome cuidado para não embarcar numa próxima onda, num outro “mover”.
Tudo é muito sutil.
Já vi muita gente boa pegar o bonde errado…
No mais, vamos ser gente boa de Deus e viver não de “avivamentos”.
Avivamento é coisa para quem está morto, ou morrendo.
Por que a gente simplesmente não Vive?
Jesus não veio para trazer avivamento. Ele veio para que tivéssemos Vida.
Quem ressuscitou com Cristo não precisa de “avivamento”, precisa apenas andar no Espírito.
O mais, meu amado, eu digo: até avivamento é moda. Começou no Século 18.
Paulo não falava em sermos do avivamento, mas sermos “revestidos de Cristo”, de “andar no Espírito”, de ser “cheio do Espírito”, de sermos “ricamente habitados pela Palavra de Cristo”, de “habitar Cristo em nossos corações pela fé”, e, sobretudo, no convidava a “conhecer o amor de Cristo, que excede a todo entendimento”.
Um beijão,
Caio