Pós-Caio
Rev. Caio,
Sou alguém que acompanha você, de longe, por muito tempo. Você foi para a minha geração o grande catalisador de nossos sonhos de um evangelho verdadeiro, sem máscaras e de uma igreja sem fronteiras!
Você era tudo aquilo que não conseguíamos verbalizar, pois entendíamos que em cada geração Deus investe e levanta um, e na nossa levantara você.
Quando você “caiu” caímos todos nós!
Ficamos uma geração mais triste, mais pobre, mais céptica, o nosso horizonte mais cinzento. Não era a mesma coisa daquilo que diziam os “algozes” humanos, que designavam aquele estado como o do ser-o-pós-Caio.
Hoje ao lê-lo e ao ouvi-lo, levanto-me também dos escombros de nossa fé—a nossa fé não é só herança dos grandes homens dos tempos primevos da igreja, ou dos tempos áureos da reforma— nossa fé tornou-se mais rica, mais profunda, mais cristã, depois do fenômeno Caio.
Sem você ela ficaria menos herança, menos apostólica, menos fé.
Não porque você seja objeto dela, mas porque você soube como nunca direciona-la para os seus próprios fundamentos.
Obrigado por hoje, poder colocá-lo no boletim de minha igrejinha.
Muito obrigado por poder desenvolver um pensamento mais bíblico em minhas mensagens, as quais tiro muito das muitas mensagens que de você ouvi.
Sou um nostalgista inveterado!
Sempre me lamentei ter sido da geração “pós-alguma coisa importante”: pós-beatles, pós-Pelé, pós-Garrincha, pós-Martin Luther King, mas jamais acreditei e aceitei ser a geração pós-Caio.
O que sobra?
A mesmeridade da obviedade clerical!
Obrigado por você existir na Graça!
Que Deus o abençoe em todas as suas de-cisões a serem tomadas.
José Kleber