CAIO, TENHO QUE CONFESSAR?
—–Original Message—–
From: Culpado da Silva
Sent: domingo, 10 de agosto de 2003
To: [email protected]
Subject: Será que tenho que confessar?
Mensagem:
Quando o cristão comete adultério, se ele pedir perdão a Deus, e não se manifestar com a igreja, ele pode continuar freqüentando normalmente os cultos?
Ou deveria confessar também a igreja o seu pecado?
________________________________________________________________________________
Resposta:
Meu amado irmão: Paz!
O que vou dizer aqui vai arrepiar os cabelos de muita gente, mas é exatamente o que creio.
Vamos lá:
Se ele deixou sozinho, que continue quieto, e andando com Deus.
Se não deixou, mas está incomodado, que confesse a Deus, deixe, e viva em paz.
Se não quer deixar porque não ama a sua própria esposa; que, então, se separe dela, mas não a deixe dormir com esse barulho. Não ajuda em nada.
Se deixou, ama a esposa, quer continuar o casamento, e já se entendeu com Deus no coração; então, que fique assim.
Minha opinião é que quem consegue deixar algo que é pecado para si mesmo sem envolver mais ninguém, melhor será!
No caso da sua esposa, ela, de fato, não quer saber.
Ela sente a obrigação de querer saber apenas porque todo mundo diz que a decência manda que seja assim. Mas vejo acontecer todo dia. O cara pulou a cerca, se arrependeu, contou pro pastor, o pastor pra mulher, a mulher do pastor pras irmãs de intercessão, e, essas, pro mundo…
Então a mulher do cara fica sabendo! Aí surge a necessidade dela ser “honrada” e mandar o cara às favas; ou, pelo menos, se atormentar e também a atormentar a vida dele com uma desgraça de vida, que muitas vezes, acaba por separá-los; sem falar nas reuniões de oração pelo adúltero…
Disciplina é para cínicos e não deve ser um exercício de algo patético!
Se seu pastor for homem mesmo—e não um garotinho vestido de clérigo—, fale com ele, mas apenas se você desejar e confiar nele.
Se tiver um amigo que também seja homem mesmo, e, você desejar, fale com ele como irmão e amigo. Mas, lembre-se: infelizmente, dentro da “igreja” tais amizades existem muito raramente.
Mateus 18, todavia, é muito claro. É o ofendido quem tem que procurar o ofensor. Nesse caso, alguém tem que saber de alguma ofensa.
Hoje, inverteu-se o quadro. Agora é o ofensor quem tem que sair procurando e pedindo perdão até do zelador do templo.
Pelo amor de Deus!
Mateus 5 também nos fala do assunto. Naquele caso é o ofensor, que sabe que deixou alguém carregando “algo contra ele”, é quem deve procurar essa pessoa ofendida, ainda no caminho, a fim de que as conseqüências não venham sobre ele.
Mas, antes de tudo, há o que nos diz João em sua primeira epístola.
Lá está dito que a gente confessa pecados ao Advogado, Jesus.
O que passar disso tem apenas a ver com três coisas: ou o desejo de se falar com alguém sério e de confiança; ou porque o ofendido sabe da ofensa e se sente ofendido; ou ainda porque Deus constrangeu o ofensor a assim fazer.
Mas quem confessa seu pecado e deixa, alcança misericórdia.
É só não fazer disso uma mecânica brincalhona, de um cara que faz todo dia, se absolve pela infantil e cínica confissão, e volta no dia seguinte outra vez à mesma coisa…
Se você trata isso com Deus, e deixa, não procure confusão maior.
Esta é a realidade e a verdade.
O que passar disso é apenas discurso de gente adoecida e que se masturba psicologicamente ouvindo confissões de irmãos culpados; e pior: gostando do poder de exercer autoridade de absolvição pela culpa.
Eu, de minha parte, fico por aqui.
E onde quer que tenha pastoreado, tenho o testemunho dos irmãos de que nunca expus ninguém à vergonha.
Em Jesus, que é Nosso Advogado!
Caio