Sou eu: Caio! Tô apenas a fim de falar…
Perdão, mas eu estava muito mais a fim de escrever, do que de corrigir. Deve haver muitos erros. Se você os encontrar, corrija-os à gosto.
Caio
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O Politicamente Correto, e o Evangelho
Sempre fiquei impressionado em como a gente se deixa submeter às tiranias das cadeias invisíveis.
Desde cedo.
Desde adolescente.
Desde moço.
Desde adulto.
Desde Hoje que sinto assim!
A conversão ao Evangelho da Graça de Cristo, aos dezoito anos e meio, apenas agravou ainda mais essa percepção.
Antes era a contestação ao inexplicável.
Agora era contestação porque estava explicado—e o explicado ia contra o estabelecido, na maioria das vezes.
Sempre cri de modo incomunicável.
Não dava para dizer tudo o que eu cria e via. Desse modo, eu dizia tudo, mais não podia ir além de certos limites…a consciência evangélica e meu temor de ser mal julgado em alguns casos. Mas, nem por isso, deixava de tomar posições.
Desde o início do caminho consciente de fé, até ao dia de hoje, que, à exceção de umas poucas coisas, eu creio nas mesmas coisas, sempre as expus, mas, somente para os íntimos o fazia mais diretamente.
Ou seja: o cara que Deus usou durante aqueles 28 anos, era eu. Não um outro “eu”, não um outro Caio, com outras convicções e com outras formas distintas de sentir.
Garanto a todos que não!
Evoco o testemunho dos irmãos lá de Manaus, onde comecei—especialmente os muitos que foram objeto de meu carinho pastoral quando pecaram pecados objetivos e foram percebidos como tais aos olhos dos demais.
Evoco o testemunho da Igreja Presbiteriana Betânia, onde pastoreei por quatro anos, se entre eles não agi com a mesma misericórdia e graça, e, se ainda lembram do modo como foram todos cuidados, com amor e misericórdia.
Evoco o testemunho de centenas de pastores que me procuraram, no curso dos anos, contando-me suas fraquezas; e pergunto-lhes se não lembram de como foram tratados e com que graça sempre os acolhi…!?
Evoco o testemunho dos milhares de irmãos e irmãs na fé, e que comigo tiveram alguma forma de encontro e relação, e, peço que digam se não encontraram em mim sempre espírito de mansidão e longanimidade ante todas as formas de fraquezas que me confessavam…?!
Evoco o testemunho dos milhares que trabalharam comigo e para mim, e, peço que digam se em mim não encontraram sempre solidariedade e socorro para com todas as suas possíveis necessidades, e, também, peço que tentem se recordar se isso não foi sempre assim, desde o principio…?!
Bem, o que é que as cadeias invisíveis das tiranias e meu espírito de inconformismo têm a ver com o que acabo de dizer sobre o modo como me comportei para com o meu próximo?
Ora, é que a Graça é o mais revolucionário e contestatório de todos os poderes no Universo.
A Graça me permite ser politicamente incorreto no conteúdo “evocativo” de meu passado, pela simples razão de que é verdade, e, além disso, é uma verdade realizada pela Graça de Deus.
Assim, posso ser politicamente incorreto, sempre que for verdade. Bem como, posso ser politicamente correto sempre que for verdade.
Este é o principio para a gente ser-não-ser-politicamente-correto-incorreto-livre!
Não somos machistas, nem feministas, nem sexistas, nem intelectuais, nem cavalheiros, nem grotescos, nem simpáticos, nem antipáticos, nem finos e nem rudes—somos apenas o melhor de tudo o que possa haver, se formos apenas e tão somente gente da verdade da graça de Deus, vivida, crida, expressa, confessa, sentida, doída, alegre e ativa, em qualquer contexto da vida.
Isso é remar contra a maré, é não se cansar do bem, é se arriscar tudo outra vez, é meter a cara ou tirar a cara, conforme a consciência e a fé.
A referencia “validadora” não está fora de você, mas inscrita na sua consciência; e, o arbitro dessa validade, é a paz de Cristo.
É, enfim, a certeza de que nossa mente não tem outra chance de crescer, se não parar jamais de aceitar que a inscrição da verdade de Deus, atinja sempre novas áreas de nossa própria consciência.
Aqui acabam todas as modas, todos os ismos e todas as estações que desejem roubar o direito de qualquer outra, seja da primavera, seja do inverno; seja do verão, seja do outono.
A gente só cresce, crescendo.
E a gente só está crescendo quando não está num processo de “sistematização existêncial”.
Não vos conformeis com este século–lembra?
Em Cristo não há…pois nós somos todos um, em nosso Senhor!
Seja da fé e da Graça…o resto fica com cara mais bonita!
Caio