—–Original Message—–
From: AJUDE A UM HOMEM ESFARELADO…
Sent: terça-feira, 8 de junho de 2004 03:54
To: [email protected]
Subject: SOU GAY E TENHO ESPÍRITO DE PROSTITUIÇÃO
Pastor Caio,
Preciso muito de sua ajuda. Tenho 27 anos e nunca tive uma namorada, pois sempre tive atração por pessoas do mesmo sexo.
Perdi minha virgindade aos 23 anos, e foi com um homem que conheci numa sala de bate-papo na Internet.
Desde então, não parei de procurar outros parceiros para que eu experimentasse coisas novas; pois, sempre quando adolescente, ouvia meu amigos falando de experiências sexuais, e eu me sentia obrigado a mentir, dizendo que já tinha transado com várias mulheres. Isso tudo para não ser inferiorizado.
Há algum tempo eu me converti ao Evangelho de Cristo; e sempre ouvir dizer que os homossexuais são abominações aos olhos de Deus.
Tenho pedido a Deus para que Ele trabalhe em minha vida, e que me mostre uma moça fiel para que eu possa namorar e casar. Mas, ultimamente, o meu desejo por homens voltou; aliás, nunca superei; e voltei a freqüentar salas de bate-papo atrás de parceiros.
Já ouvi dizer que quando uma pessoa é promíscua, isso se chama “ESPÍRITO DE PROSTITUIÇÃO”.
O que devo fazer? Continuo pedindo a Deus que opere em minha vida?
Minha família não sabe, mas também não cobra namorada. O lado de minha mãe é todo cristão, e eu sei que eles não aceitariam; e meu pai é muito preconceituoso.
Será que devo entrar em abstinência sexual? Já que o sexo fora do casamento é adultério?
O que faço?
ME AJUDE!!!
Meu querido amigo: Luz sobre sua alma!
Sem rodeios e direto ao assunto.
Primeiro, não traga nenhuma moça crente para dentro de seu conflito, pois poderá ser desastroso para ela e para você. Ninguém deve casar para saber se é ou não é alguma coisa. A gente deve se casar porque sabe quem é, não quem não se é.
Segundo, você nunca saberá se é gay se nunca der a você mesmo a chance de saber se gosta de mulher.
Outro dia atendi a uma jovem mulher que havia sido casada com um irmão na fé, e nunca tinha tido um único orgasmo na vida. Casou crente e virgem. O marido também veio assim… saindo da casca… virgem e complexado sexualmente — sem falar nas culpas neuróticas que ele e ela traziam em relação ao ensino moral da “igreja” nesta área.
De fato, quando a moça me procurou ela e o marido já estavam separados há algum tempo, talvez dois anos.
Um pouco antes da separação acontecer, ela havia decido procurar uma psicóloga evangélica a fim de abrir o coração e ver se o problema era dela; e, se fosse, o que ela precisaria fazer a fim de melhorar.
Encurtando a história: Conquanto a psicóloga se vendia também como especialista em “questões de homossexualidade”, sempre propondo a cura de gays, rolou uma paixão da psicóloga por ela; e ela acabou correspondendo.
O caso de ambas durou dois anos. A moça —a paciente— teve todos os prazeres que não conhecia, e mergulhou em paixão louca pela psicóloga especialista em cura de gays.
O caso durou dois tórridos anos. A moça convenceu-se de que era gay, e a psicóloga dizia que sabia que ela mesma também era, conquanto fosse casada e tivesse filhos, e “ajudasse gays” a se reorientarem sexualmente.
Depois de dois anos a psicóloga veio a ela e disse que aquilo era pecado, e que tinha sido uma queda dela, mas que não poderia mais continuar o caso. A moça queria levá-la à polícia, e encheu-se de ódio e ira; decidira acabar com a carreira da psicóloga evangélica. Então veio falar comigo!
Eu ouvi longamente aquela história. Aconselhei-a a deixar a psicóloga “pra lá” e nas mãos de Deus. Afinal, se a psicóloga quebrou um código ético-profissional —o de não se envolver com pacientes—, ela, a paciente, também não era criança; e entrou e ficou porque quis na “relação”; e só “decidiu” que isso era crime depois que tudo acabou.
Coisa de criança!
Se fosse para denunciar, ela teria que ser menor de idade ou ter se rebelado quando os primeiros assédios iniciaram. Mas não agora, depois de ter levado um fora e estar com dor de cotovelo.
Então eu disse a ela que ela precisaria conhecer um homem maduro, experiente e livre para ser homem, sem neuroses culposas e sem amarras religiosas… Também disse que ela não precisava estar apaixonada, visto que não se tratava de uma relação, mas de uma descoberta. Se fosse bom e eles se gostassem, que prosseguissem. Caso contrário, que ela desistisse, mas não sem saber “qual era a dela”.
Sei que muita gente fica chocada com um conselho desses!
Sei onde estou pisando e conheço o espírito de meus detratores!
No entanto, entre manter a moralidade cristã ou salvar uma alma de sua angústia e indefinição, sinceramente, mando o “Sábado” para as cucuias, e tento tirar a pessoa primeiro do buraco, depois então a ajudo a andar com consciência e conforme a fé que Deus dá a cada um.
Tenho dito muito aqui neste site que este não é um mundo ideal, muito menos perfeito ou bom. Ao contrário, é um mundo caído e feito de gente doente… todos nós!
Assim, muitas vezes, num mundo caído, a gente tem que usar o veneno que mata uns a fim de que seja é o remédio que salva outros. É por isto que sempre cada caso é um caso, e não pode haver receitas pré-fabricadas.
Meu Deus! Se é assim que um médico trata do corpo —que é básico e simples quando comparado com a alma—, que não dizer e fazer quando a questão é a complexidade de cada indivíduo e os mistérios do coração? E até do próprio corpo-alma?
Duas semanas depois de nossa primeira conversa ela encontrou um irmão na fé, mais ou menos da idade dela, e “pintou um clima”. Ela me disse que depois de algumas saídas e muita conversa —inclusive sobre a situação dela—, o rapaz investiu, e ela aceitou de bom grado.
Um mês depois ela me procurou pra me dizer que tinha ficado sabendo que definitivamente não era gay, e que o negócio dela era homem mesmo.
Agora me diga: como ela teria ficado sabendo disto sem ter experimentado? E como experimentaria se a condição para tal fosse apenas o casamento de papel passado e um pastor-de-corpo-presente oficiando o funeral? Teria ela que primeiro casar a fim de então “resolver” essa questão essencial?
Digo a você que os fariseus dirão: “Pecado!” Eu, porém, digo: “Cura!”
A questão é que a religião diria, farisaicamente, que essa pessoa teria que se casar —isso na melhor das hipóteses, visto que para muitos o segundo casamento é pecado também— a fim de saber se é ou não um gay. E mais: no caso da pessoa descobrir que é gay, ao invés de se ter uma única questão para tratar, teríamos então duas, três… sei lá quantas mais… Afinal, ninguém se casa impunemente no caso de desejar se separar depois. Nenhum divórcio é bom e sempre tira pedaços, e só se deve recorrer a ele quando não há outra saída.
Como eu disse, dependendo da situação, meu conselho jamais seria esse, mas num caso como o que descrevi, se vejo que a pessoa não é débil e tola, mas que procura a verdade em si e com o coração corajoso, não hesitaria em dizer a mesma coisa outra vez.
Isto aqui, todavia, não é uma regra; visto que até situações semelhantes não podem receber o mesmo conselho se a consciência da pessoa for infantil demais, o que pode criar outros problemas.
Quanto ao conteúdo final de sua carta, sobre a Promiscuidade, quero dizer o seguinte:
1. Se eu puder ajudar a todo macho viver como homem e todo homem como macho, é isto que sempre buscarei de todo o coração; visto que sei que esse é o plano original de Deus, e que a plenitude relacional só se estabelece conforme esse modelo.
2. Se eu puder fazer com que todo macho viva como homem e todo homem como macho, é isto que buscarei, visto que também sei o tamanho da dor e da angústia que um ser humano experimenta quando vive como gay. E se for cristão, maior será a dor. E as dores brotam de todas as direções: do coração, da família, dos pais, dos amigos, da igreja, e de boa parte da sociedade.
3. Se eu puder fazer todo macho viver como homem e todo homem como macho, é isto que buscarei, pois sei que somente o louco e autodestrutivo “faz opção” por tal vida. Nunca vi ninguém que não seja apenas sem-vergonha e tarado —cheio de perversões e fetiches— fazer tal “opção”. A maioria nasceu sem opção, não tendo outra lembrança de si que não carregue essa inclinação; assim como também acontece com meninos-meninos, que desde a mais tenra infância lembram-se de como se sentiam em relação às meninas, e não aos meninos.
4. Se eu puder, todo macho vive como homem e todo homem como vive macho, porque sei que a tendência de um homossexual é se tornar promíscuo, pelas seguintes razões:
4.1. Gays, mesmo sendo homossexuais quanto à orientação, são ainda homens — exceto em casos como o da Roberta Close. Assim, sendo homens, carregam em si a semente instintual do homem, que sexualmente é muito mais tendente a diversificação sexual, pela via do impulso que se faz naturalmente muito mais presente na alma masculina que na feminina. Assim, se homens tendem a se inclinar para a diversidade sexual —diferentemente das mulheres, como todo mundo sabe—, o mesmo lhes acontecerá sendo gays, assim como acontece com os heterossexuais. A questão é que diversidade sexual para heterossexuais é “galinhagem curricular”, mas para o gay é promiscuidade; e para a mulher é piranhice — sem falar que corrompe a alma, diluindo a própria solução interior, visto que dis-solução é isto: a perda da solução do ser. Portanto, a tendência de gays, por serem homens, é a diversidade, o que faz muito mal para a alma (digo “alma” como psique).
4.2. Também observo, conversando com gays há muitos anos, que uma questão que habita a base de boa parte da promiscuidade gay é a mentira, é o encobrimento, é o proibido, é a fuga, é o fruto do escondido… que é profundamente promotor de compulsões, e que sempre acaba levando a pessoa para a busca de encontros aleatórios. Assim, a fim de manter a moral social e religiosa, muitos se escondem, embora “soltem a franga rasgado” às escondidas… E assim a coisa só fica pior, visto que o que era só uma questão, agora se tornou uma Legião.
4.3. Sinto também, e vejo, que os gays “assumidos” tendem a parar com a promiscuidade e buscar relações afetivas, muito mais que apenas relações sexuais, deixando assim a promiscuidade. Desse modo, entre ter alguém gay e promiscuo ou ter alguém gay e quieto e acalmado, prefiro a segunda possibilidade; visto que se não se puder ajudar a pessoa a viver o mais próximo possível do ideal, prefiro, todavia, vê-la longe de um mal que pode ser infinitamente maior que a questão original.
Como você sabe, a igreja cristã está cheia de gays. Gays pastores-casados, gays pastores-solteiros, gays pastores-promíscuos, gays filhos de pastor, gays ministros de louvor, gays freqüentadores, gays proibidos de falar no assunto, gays casando com “mulheres geladas” a fim de se protegerem sem ter que “mostrar serviço” — sim; há na “igreja” gays fazendo filho e criando-os com a esposa enquanto têm seus casos na rua… Enfim, são muitos e muitos os gays que ministram às escondidas nas “igrejas”.
Ora, aqui neste site, a maioria esmagadora que me escreve, assina o que escreve e o que faz, exatamente como você fez. Sim; dizem quem são, onde moram, de quem são filhos, e a que igreja pertencem; e também quais os conflitos que vivem.
Desse modo, o que digo, faço-o baseado não apenas na experiência, mas também de modo documentado. Sei tudo o que sei não apenas por causa da experiência da rua e do caminho, mas também em razão da imensa documentação que aqui tenho e que é objeto de minha mais absoluta discrição e sigilo. Tudo aqui fica entre mim, a pessoa que me escreveu, e o nosso Deus de Graça e Misericórdia.
No entanto, o que mais me assusta é ver, às vezes, o filho ou o parente de um pastor bem legalista me confessando sua agonia enquanto vejo o pai descendo a ripa nos gays, sem ter nem idéia de como anda aflito e perturbado o coração do próprio filho.
Há filhos de pastor se suicidando ou tentando o suicídio em razão de viverem sob tais disfarces.
Outro dia o pai de um rapaz gay descobriu que o filho era, e disse: “Tu fica aí, e não deixa ninguém saber… senão você acaba meu ministério”.
Ora, um dia a chaleira vai explodir, e espero que não seja tarde demais!
Isto sem falar na história recente que ouvi de um garoto que já tentou o suicídio cinco vezes. Obviamente não queria morrer, mas apenas pedir socorro.
Como macho-macho e homem-homem, sinceramente, faço o possível para que todos sejam tal qual eu sou, pois sei como é bom ser macho-homem e homem-macho, em total harmonia com a constituição original da natureza masculina, em todos os aspectos.
Mas quando vejo que não é o caso —conforme já falei em outros textos aqui no site—, eu tento ajudar o cara a chegar a Romanos 7 e depois tento ajudá-lo a entrar em Romanos 8, onde o coração fica livre da condenação a fim de poder ser ajudado.
Acho que você pode não ser gay, mas apenas um cara que não se definiu porque foi mal iniciado. Acho, apenas acho…
Ora, a maioria dos homens não tem esse conflito e nem carrega tais indecisões, visto que, como eu, já nasceram sabendo do que gostam e o que querem. Há outros, porém, que carregam desde a infância a certeza em outra direção, e para tais pessoas, o máximo que se pode conseguir —pois “nem todos estão aptos”, conforme disse Jesus— é conduzi-los a um celibato pacificado, como quem se faz “eunuco por amor ao Reino de Deus”.
O que os gays cristãos precisam saber é que ser gay NÃO É UMA BÊNÇÃO. É, ao contrário, uma terrível condição de constituição ou de construção psicológica, pois ninguém tem dúvida de como um gay sofre.
Fico irado quando vejo a questão sendo tratada como benção e dom. Não é. Assim como não é benção nascer cego ou manco ou com qualquer outra coisa que fuja ao padrão da constituição prevalente entre os humanos.
Nascer gay é um problema, e aqueles que o são jamais devem tratar sua própria condição como uma BÊNÇÃO, mas tão-somente como um fato, e, assim, fazerem o possível para ajudarem a si mesmos e uns aos outros; porém sem fazer disso um privilégio, e nunca, sob hipótese alguma, transformar sua condição numa “pregação”, como tenho visto acontecer em alguns lugares.
Por outro lado, a “igreja” continuará a ser uma fábrica de gays enquanto ela mesma não deixar de tratar a questão com preconceito e como tabu, visto que é na sombra que todas as coisas não manifestas crescem para o mal.
Assim, eu digo que enquanto a “igreja” tratar a questão com segregação e com o olhar da maldição, apenas ajudará a destruir as almas dos gays que a freqüentam, e empurrarão a muitos para a formação de “igrejas-gay”, pois será impossível impedir aqueles que se vêem como cristãos de não se reunirem, especialmente porque a “igreja” não abre espaço para que as pessoas sejam quem são, deixando para a Palavra e para o Espírito o trato de cada alma humana.
Digo tudo o que digo… assim… com a cara para fora e sem medo.
E mais: quase todos os que trabalham nos “ministérios de recuperação de gays” sabem, eles mesmos, e na própria carne, que “matam um leão por dia” a fim de não praticarem o que desejam; e muitos deles comigo já conversaram e me disseram que aqui e ali “derrapam” fora… visto que do lado de dentro a maioria vive em estado de constante e contínua derrapagem. E eles sabem o que estou dizendo.
O que me irrita é ver tais pessoas vendendo o testemunho de uma cura que 99% deles jamais conheceram e provavelmente não conhecerão. Mas o testemunho, mesmo que não sendo verdadeiro, gera grana… E depois de um tempo a pessoa não pode mais parar de testemunhar… e vai ficando cada vez mais doente, pois a enfermidade não é pessoa confessar ser quem é, mas o oposto: disfarçar quem é, e ainda acusar outros de serem como elas mesmas são.
São médicos doentes vendendo cura a pacientes que são exatamente como eles são!
Isto é hipocrisia e doença, e a ira de Deus é grande quando isto acontece. Aliás, se em Romanos 1 temos a descrição de uma sociedade onde reinava o homossexualismo como depravação e cultura estimulada, em Mateus 23 nós temos o outro lado da moeda, que é uma ira de Deus ainda maior, e quem vem sobre “esses” que acusam “aqueles”, e que os acusam enquanto dizem que os ajudam, e em não podendo, condenam o outro ao inferno, sem perceber que a si mesmos si condenam, visto que podem até não fazer o que condenam com a regularidade dos outros, mas o fazem na constância de seus próprios corações.
É o típico caso de um doente que pensa que por vestir uma bata de médico ficou curado!
Mas há muito mais coisas que já escrevi aqui no site sobre o tema. Leia tudo o que puder e me escreva outra vez. Basta escrever em “Busca” as palavras “Gay”, ou “Homossexual”, ou ainda “homossexualismo”, e você achará tudo.
Enquanto isto estou orando por você!
Que o Senhor Jesus ilumine a sua mente, e lhe dê sabedoria para se enxergar e tomar as decisões que mais cedo ou mais tarde você terá que tomar, uma vez sabendo QUEM É VOCÊ PARA VOCÊ MESMO.
E não esqueça: conhecer a Verdade liberta!
Nele, que ama publicanos e pecadores, e que é amigo de todos os que Dele não escondem a cara,
Caio