SUAS PALAVRAS REVOLUCIONAM…
From: AMIGA MUITO RESPONSÁVEL…
Sent: sexta-feira, 2 de julho de 2004 10:55
To: [email protected]
Subject: SUAS PALAVRAS REVOLUCIONAM…
Minha querida amiga,
Primeiro quero dizer da alegria de poder conhecer você, ainda que via e-mail. É bom perceber como a Palavra da Vida é mais forte que as neuroses da morte.
Responderei sua carta e suas questões dentro de sua carta!
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Pastor Caio,
Que maravilhoso e que estranho te escrever…estou com frio na barriga…nunca escrevi sobre mim mesma, e começar escrevendo para você ainda é mais estranho ainda!
É que eu nunca imaginei que faria isso!
A sensação que eu tenho é de que estou tirando a roupa na frente de um estranho; e me abrir com você vai ser mais ou menos isso, né?
Bom, quando me converti ouvia muito falar em você, mas não sabia do quê você falava.
Que pena! Queria ter te conhecido antes. Mas foi num dia desses que achei um livro seu, e já me identifiquei com ele…
Mas depois deste livro não te li mais, e vim a te reencontrar no seu site, graças a Deus!
Estou encantada com a vida que há em você…
Você é cheio de sentimentos, de emoções, de humanidade, de vida!
Você exala vida. Exala liberdade e alegria em viver…
Tudo o que estava me faltando!
Bom, deixe-me apresentar, né?!
Tenho 31 anos, sou solteira, e pertenço à XYZ. Uma igreja avivada.
Me converti aos 20 anos numa igreja tradicional. Depois me afastei por um período. Então voltei. E após alguns meses, quis pertencer à uma igreja avivada, porque as achava “igrejas mais vivas”. Pelo menos na minha cidade, são mesmo. Moro no interior de São Paulo.
Sempre fui tímida e reservada, nunca exagerei em nada. Tive alguns conflitos básicos na adolescência que logo passaram e era uma jovem feliz, porém um pouco solitária (devido à timidez, talvez).
Quando me converti teve aquele lance de abandonar o mundo e viver uma vida santa, e por conta disso me tornei uma moça séria (e eu era muito engraçada!); e mais certinha ainda do que eu já era. Minha família estranhou bastante e achou que tivessem feito lavagem cerebral em mim. Foram meses complicados, e, depois de alguns anos, se acostumaram.
Mas o caso é que na verdade, eu estava triste. Eu já era reservada antes de me converter, mas depois eu piorei bastante. Era o peso de ter que ser santa e me afastar de tudo e de todos. Me afastei da minha família, dos meu amigos mais sinceros, e de toda possibilidade de fazer amizade com o mundo, porque eu não deveria me sentar à roda dos escarnecedores. É claro que não dizia isso para eles, os tratava bem, mas estes pensamentos estavam na minha mente e eu estava longe de ser a mesma.
Bem, na igreja, fazendo tudo certinho, esperando no Senhor (Um marido. E veja bem, marido, e não namorado)… Então o mundo começou a cair na minha cabeça há uns três anos atrás; e eu não entendia, eu fazia tudo certo!
Comecei a perceber que minha família era bastante sofrida e pirada (eu sempre os achei os melhores!), e descobri que a irmã de que eu mais gostava (e ainda gosto mais dela) estava se envolvendo com homossexualismo, aos 16 anos!
Eu só chorava…tinha certeza que era culpa do inferno que queria me deixar para baixo por eu ser importante na igreja. Apesar de ter lido várias cartas sobre o assunto aqui no site ainda não entendo bem do assunto. E tudo começou na vida dela quando ela fez amizade com uma homossexual (sem saber que ela o era), e que também mexia com algum tipo de invocação de espíritos, adivinhação e coisas desse tipo.
O fato é que, juntamente com o homossexualismo, ela ouve vozes e vê espíritos. E essas vozes a incomodam ao ponto dela não conseguir dormir…É possível que o homossexualismo dela seja algo espiritual e não de sua natureza?
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Resposta:
Pode ser que haja uma conjunção de fatores. Mas duvido que a questão espiritual esteja na base do problema. Provavelmente a sua irmã seja homossexual, ou, no mínimo, uma menina com forte crise de identidade sexual. Nesse caso, pode ser que ela esteja experimentando o homossexualismo como primeira alternativa, em razão da amiga homossexual a ter induzido à experiência. No entanto, isto pode tê-la deixado vivendo em estado de grande culpa. E esse estado é fragilizante, e pode ter deflagrado a experiência da absorção da espiritualidade da outra. Além disso, provavelmente ela também tenha ficado “possessa de medo” de tudo isto ser algo do diabo—talvez por saber o que você pensa sobre o assunto—, e assim tenha mergulhado no medo. Ora, o medo é o diabo. Onde há medo, saiba, aí está o diabo. Quanto mais medo, mais diabo. E esse diabo não precisa vir de fora. Pode ser o diabo do medo. O que de melhor você pode fazer por ela—em qualquer perspectiva—, é amá-la e tentar ser amiga dela. E isto só será possível se você puder ajudá-la sem julgá-la. Só assim ela irá se abrir com você.
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Bom, por ser a certinha da igreja, fui chamada para ser liderança de jovens. Eu amo os jovens, mas não sei se tenho o dom da liderança. Eles querem eventos, agito, barulho, e eu só quero sossego. Eu acho que estou confundindo o amor que tenho por eles e a vontade que eu tenho de que eles tenham prazer em ser de Deus, com espírito de liderança. Na verdade eu quero que eles tenham uma alegria de ser de Deus que eu estou apenas começando a conhecer com você. Antes era só um peso de ser perfeita e fazer tudo certo.
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Resposta:
Você não tem que cumprir papéis que não sejam seus. Sem amor nada nos aproveitará. Deus prefere um mudo alegre que um palrador enfatuado e infeliz. Não faça nada em que seu coração não esteja. Especialmente porque, para Deus, só tem valor o que é feito com amor, e não de modo constrangido. Sem falar que há milhões de modos de fazer o que é bom nesta vida, embora a “igreja” ensine que fora das atividades dela não há nenhuma causa de Deus. Pois lhe digo que a maioria das causas de Deus—os bons combates—acontecem muito longe das paredes dos templos cristãos. O melhor exemplo que você pode dar aos jovens é ser uma jovem normal, cheia de vida, misericórdia, amor e graça.
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Quando comecei a ler o site, minha cabeça pirou totalmente. Isso aqui é tudo que eu queria ouvir, mas tão diferente de tudo que eu já ouvi até hoje que me dá muito medo; e eu sempre tive medo de tudo, inclusive de viver!
Sempre tive medo de arriscar e errar, e perdi inúmeras oportunidades de fazer o que eu estava com vontade.
Eu quero ter alegria de ser de Deus, alegria de ser livre, alegria de viver. Mas ser de Deus me foi mostrado como algo pesado e difícil, cheio de certos e errados, cheio de pode e não pode. Eu já era assim antes de me converter, imagine agora!
Eu, como liderança, tenho que ser a certa, não posso errar, tenho que dar exemplo, tenho que estar em todas as programações da igreja. E eu cansei disso! (e te escrevendo essas coisas, eu tenho um temor muito grande por estar jogando fora uma oportunidade que Deus me deu…aí eu piro mais ainda!).
Nestes anos, o que eu “tenho que ser”…no fundo nunca bateu com quem eu realmente sou.
Eu tenho visto os pastores ensinarem mais ou menos assim: Você é nova criatura, as coisas velhas já passaram, deixe o mundo e suas concupiscências e seja santa!
E então eu devo ser um ser iluminado e totalmente espiritual, morrendo para mim mesma e vivendo para obra de Deus.
E então, conflitos e mais conflitos…eu não sou tão boa assim!
Mas você me mostrou que eu posso continuar a ser humana e a ser de Deus.
Que alívio!
A igreja esquece que eu sou um ser humano cheio de conflitos e bem mais complexo do que um simples “seja assim”!
Eu quero viver, eu quero sentir, eu quero me alegrar sem culpa de estar fazendo algo errado no lugar errado!
De repente tudo virou do “mundo” e pra mim só restou o templo (no sentido físico)!
Eu quero retomar minhas amizades, sair, passear!
Eu também faço parte do ministério de louvor, e é uma luta quando eu quero me ausentar por qualquer motivo que seja, e eles falam tanto na minha cabeça que, se eu consigo sair, nem me divirto, a culpa não deixa!
Isso não é vida, é prisão, mas ninguém me entende e nem eu sei se estou certa ou não…
Qual é o limite entre essa liberdade que eu quero ter, e “estar voltando para o mundo”? Será que eu quero voltar para o mundo?
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Resposta: Jesus disse que os discípulos não deveriam sair do mundo, mas apenas ficar livres do mal. O mundo ao qual a Palavra manda que odiemos é o “sistema” que dá as referencias de valores para os humanos. Portanto, neste sentido, a igreja é profundamente mundana—no pior sentido da palavra—quando ela se alimenta das mesmas ambições do sistema do mundo.
Ou será que você não viu ainda que a coisa toda tem a ver com influencia, poder, impressão, imagem, aparência, inveja, ambição, dinheiro, e controle?
Ora, o mundo é isto; e deste mundo a igreja anda lotada, até o gargalo. O mundo do qual se tem que andar livre é esse aí…e como você vê, a própria “igreja” está cheia dele.
O segredo é ser. Quem é, não se contamina. Nem com a “igreja”. Daí você poder também freqüentá-la; isso se a sua cabeça não se deixar corromper.
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O interessante é que quando comecei a te ler, me assustei um pouco, mas, observando os acontecimentos ao meu redor, vi que você fala a verdade que eles maquiam!
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Resposta:
Este é um bom teste para se discernir a verdade. A verdade tem que ser compatível com o real. Uma verdade que negue a realidade é fuga, é doença. Ora, a verdade a gente conhece no teste da vida.
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O que realmente acontece é que o modo como eles vivem e fazem suas escolhas não combina com que eles me dizem ser o certo a fazer.
Eu sou a teoria deles, mas estou desfalecendo por dentro!
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Resposta:
Essa sua afirmação é uma das mais próprias e precisas que já ouvi em relação à questão da tentativa de se praticar algo que os que ensinam não querem experimentar e nem mover sequer com a ponta do dedinho.
Sim, eles acabam fazendo você de “teoria”, e quando o experimento não dá certo, a culpa é sempre do “cobaia”.
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Para eles você é polêmico e revolucionário, mas você me fez ver que era isso que Jesus foi no Seu tempo. E os da igreja é que eram contra Ele!
Você me fez conhecer um evangelho que eu não conhecia e nem imaginava que existia…..Meu Deus!
Ser crente na minha igreja é um peso de responsabilidade e exemplo sem fim!
E como liderança, então…piorou tudo. Tudo tem um “peso”, meu atos tem um “peso”….uma coisa meio fúnebre…eu não quero peso, quero que Jesus leve minhas cargas!
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Resposta:
Veja a quantidade de vezes em que você falou em Responsabilidade e Peso para você. Excesso de responsabilidade faz tão mal quanto responsabilidade nenhuma. A primeira gera neurose. A segunda não permite que haja caráter no ser. Ambas as coisas são ruins. Não assuma esse papel. Sirva a Deus, não aos homens como se fossem o próprio Deus. Todavia, saiba que para servir a Deus você precisar amar os homens. Mas isto nada tem a ver com a aceitação dos scripts que lhe são dados pela fôrma da religião.
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E quando eu falo de mais liberdade, eles vêm com “tudo é lícito, mas nem tudo convém”, e se eu insisto, eles me dizem sobre galardão e coroa.
Ou seja: quem for melhor, ganha mais galardão e mais coroa; e de repente se começa uma corrida para o sucesso no céu…não se almeja a vida na terra, pois a agora a ambição é outra.
E o quê que eu faço com tudo isso?
Eu também não quero passar vergonha no céu!
Isso é assim mesmo? ____________________________________________________________
Resposta:
Não, minha querida. O galardão é o oposto disso. Veja que no Apocalipse os galardões todos têm a ver com individuação. Ou seja: com assumir quem se é, em Jesus, e não negociar a alma com nada. É daí que se ganha um “novo nome”, ou aquela “pedrinha branca”, ou que se come “da Árvore da Vida”. Todas as imagens e idéias são de crescimento da consciência. O galardão cresce apenas como consciência da Graça. O resto é capitalismo barato. É mundo!
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Olha só o que eu quero: Viver a vida com alegria sem me importar se estou agradando a todos; sair com meus amigos, mesmo que eles não sejam crentes; viajar; namorar sem ser pra casar (tem que ser crente?); ouvir música do mundo sem pensar que estou entristecendo o Espírito Santo que habita em mim; estar mais com a minha família.
Eu posso viver assim e ser útil para Deus ao mesmo tempo?
Como que se realiza a obra de Deus?
Eu sempre achei que deveria largar tudo e só servir a Deus. Nunca dei muita importância para os meus estudos e nem para o meu trabalho. Eu achava que iria ser missionária, eu queria viver só para Deus…
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Resposta:
Minha querida, se você não puder servir a Deus assim, como será que você conseguirá?
Eu só sei servir a Deus assim: vivo e com vida.
Guardadas as diferenças de idade e interesse, é apenas assim que sirvo a Deus.
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Nesses dias eu tenho feito um balanço da minha vida, e nada disso aconteceu. Acho que eu me iludi, e nisso a culpa é só minha mesmo. Eu parei no tempo, me isolei de tudo e de todos, e minha vida realmente não saiu do lugar. Todos falam que eu estou certa (os da igreja), mas, analisando a vida deles, a prática deles é totalmente outra.
Será que eu perdi minha vida? Dá pra começar tudo de novo?
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Resposta:
Pelo amor de Deus, você é apenas uma menina. A vida, minha querida amiga no Senhor, pode recomeçar sempre, desde que exista. Ora, se você me dissesse que estava com setenta anos, ainda assim eu lhe diria que a vida só está começando, pois a vida nunca é maior que a consciência. Portanto, com a chegada da consciência, é agora que a vida está começando.
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E o que eu faço agora com a liderança de jovens? O que eu faço com eles? Eu só consigo pensar em orar por eles e propor que nós nos encontremos nas casas uns dos outros pra compartilharmos e aprendermos a andar juntos. Mas eles querem eventos. As mães querem que eu faça programações pra salvar os filhos delas que não tem nenhum interesse pela igreja; e, se eles se perdem, é porque a liderança não faz nada.
Não posso ser responsável pela vida dos outros!
É um peso que me faz sentir impotente e desperdiçadora de oportunidades…e isso pira minha cabeça!
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Resposta:
Ora, viva de tal modo, e seja tão cheia de Graça e misericórdia, que as pessoas virão a você. Apenas seja…no Caminho…na Verdade…na Vida…e todos virão saber de Jesus e do Pai em você. Mas não faça dessa obrigação a sua missão, pois, não é enquanto não for. O que é, é!
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E agora chegou a parte mais maluca desta carta: acho que estou apaixonada por um moço da igreja 9 anos mais novo que eu (eu me formei em 1998, e ele ainda faz cursinho!)!
Você também já me explicou isso: é a vida cobrando a conta de uma adolescência não vivida!
Ele me remete a tudo que eu não vivi na minha adolescência, e foram tantos amores perdidos…!
Ele é livre, cheio de vida, inteligente, engraçado, cheiroso e gostoso!
Quando ele chega perto eu sinto o meu interior se contorcer, minha mão fica fria e tudo mais que eu sentia nas minhas paixões da adolescência (que eu não vivi para não ficar parecendo “mulher fácil”).
É ótimo e é horrível…mas eu entendo que isso é só um reflexo de uma carência, vai passar….a vontade que eu tenho é de agarrar ele (rsrsrsrsrs), mas seria um relacionamento bastante sem lógica. E ele é todo carinhoso, cheio de beijos e abraços…e quando ele fala no pé do ouvido, meu Deus!
Caio, eu não beijo na boca há uns 6 anos!
É difícil resistir…
Eu não sei se ele gosta de mim sem ser apenas amizade, acho que é só o jeito dele mesmo. (E foi pensando assim que eu não vivi os amores descritos acima! E que irônico, todos queriam!)
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Resposta:
Veja como são as coisas. Você disse que agora começaria a parte maluca da carta, e me apresentou a única parte natural e normal. Pense nisto. Onde está a doença? No amor ou no medo?
É verdade que existe a desvantagem da idade, mas ainda é um problema bem menos ruim que todos os demais que você apresentou em relação à “igreja”. Digo isto porque o potencial de desagregação mental, psicológica e espiritual que a “experiência” de usar você como “teoria” tem, é infinitamente maior e mais perigoso. Já namorar e conhecer um jovem mais novo, e que pode estar interessado em você, não é anormal, antes é parte da vida.
Talvez, até inconscientemente, você esteja se abrindo para o “menino” pelas razões de seus medos e timidez. Todavia, você só saberá, sabendo. Ninguém pode se poupar da vida pela via do medo. E ninguém deve se entregar a tudo apenas porque não tem medo.
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Concluindo esta carta gigante, eu quero saber viver com Cristo sem me anular! Eu quero viver a vida real, não uma utopia de pureza, santidade e perfeição.
Sua humanidade me fascinou, eu queria te beijar, abraçar e dizer MUITO OBRIGADA!
Sei que você tem milhões de cartas te esperando. É muito trabalho para você, mas o bem que você nos faz respondendo à cada uma delas…a gente conta pra você coisas que a gente não conta pra ninguém…se não fosse você… Obrigada de novo!
Eu conheço só um pouco de você, mas já deu pra te amar bastante!
Fico esperando sua resposta!
Deus te abençoe!
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Continuação:
Você falou que seu desejo é viver a vida real, não uma utopia de pureza, santidade e perfeição. Pois é isto que o Evangelho oferece. E o mais estranho é que ele realiza a utopia, não conforme os ideais farisaicos da religião que serve ao Deus Moral. Mas realiza a utopia quando você confia que já “Está Pago”, e descansa. Nesse dia tudo começa a ir para o lugar, e o coração encontra paz para crescer em paz.
Aliás, é sempre assim. Afinal, nós só o amamos porque Ele nos amou Primeiro. Tudo começa Nele e termina Nele. Ele é o Princípio e o Fim. Servir ao Alfa e ao Ômega é isso: é ter em Jesus seu começo, seu caminho, sua vida e sua finalidade!
Receba meu beijo carinho e minhas orações!
Nele, em Quem os mandamentos não são penosos, e em Quem o fardo é leve,
Caio