AVACALHANDO A FÉ

Um dos mandamentos da Lei é não usar o nome de Deus em vão. Vão mandamento, no meio evangélico, que deveria segui-lo, e também no secular. O nome de DEUS é usado por todos,com honrosas exceções, e para todos os fins, do mais nobre ao mais vil, sem o menor constrangimento ou pudor. É mercadoria de camelô. Palavras e expressões que deveriam transmitir graça, são travestidas de maldição. BÊNÇÃO, se transforma em maldição,por exemplo, quando se comenta a respeito de alguém de cuja atitude não gostamos – “aquele irmãozinho é uma BEEENÇÃO”- ou seja, ele é uma pessoa difícil, um problema, um “mala”. QUERIDO e AMADO, são outras duas palavras também muito usadas no meio evangélico, mas totalmente desvestidas de seu real conteúdo. O querido e o amado a quem são dirigidas as palavras muitas vezes é um desafeto ou coisa parecida. Às vezes é uma mera expressão de uso coloquial, vazia de sentimento. JESUS CRISTO, não é JESUS CRISTO. É J.C.(Jotacê), é “meu Jesuscristinho” … ESTAR NA BÊNÇÃO, é estar enquadrado nos regulamentos da igreja/denominação, e não debaixo da graça e com o coração na presença de Deus. A coisa não para por aqui. Há muitos outros exemplos da imensa capacidade do povo evangélico de avacalhar, de torcer e de distorcer palavras e expressões tornando-nos vítimas de nós mesmos, denotando incapacidade de, em amor, dizermos a verdade uns aos outros. Ao abusarmos do uso de eufemismos no enfentamento das situações e das pessoas difíceis; ao expressarmos as palavras, sem o seu real conteúdo, validamos a hipocrisia, que transforma a bênção em maldição – criamos um sistema de relacionamentos que nos aprisiona. A beleza do evangelho e da fé só pode ser manifesta e vivida na verdade – só a verdade liberta – pois, “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Um forte abraço. Naquele que nos libertou, WASHINGTON