NÚMEROS 5:11-31 VERSUS ARREPENDIMENTO
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From: NÚMEROS 5:11-31 VERSUS ARREPENDIMENTO
Sent: sábado, 17 de janeiro de 2004 20:19
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Subject: Contato do Site : Confidencial
Mensagem:
Amado Caio,
Sou aquele irmão que sonhou com você no Café. Por dificuldades financeiras infelizmente não pude ir no encontro da comunidade virtual em Dezembro, mas lembro-me do sonho todos os dias e ele ainda vai se realizar!
Sobre a temática do “espírito de ciúmes”, achei magistral seu comentário. Me ocorreu, durante a leitura, que aquela “bizarrice” narrada ali provavelmente quase nunca acontecia de fato, digo isso levando em conta alguns itens da cultura da época:
1-A mulher adúltera somente era apedrejada se fosse “pega em flagrante” (infelizmente o homem às vezes dava um jeitinho de fugir e deixar o juízo somente para a mulher).
2-A infidelidade descoberta tardiamente não acarretava morte à mulher, mas sim legava-a a receber uma das duas opções a seguir: (1) o perdão do marido (raro naquela cultura); ou (2) A carta de divórcio.
3-Sendo assim, essa mulher aqui de Números 5, se culpada, somente deflagraria as conseqüências psicossomáticas associadas no texto se mantivesse até o fim a versão de “inocente” na história. Se, aos primeiros manifestos ciumentos do marido, a verdade viesse à tona, o carnegão espremido e o arrependimento declarado, o problema se resolveria dentro das “quatro cortinas” da tenda do casal.
4-Tudo no texto indica que a mulher que se submetia às chamadas “águas amargas” em geral teria convicção de que não adulterou e se submeteria a esse tipo de “teste de DNA” daqueles tempos para provar sua fidelidade diante da neurose ciumenta do marido
5-Meninos e meninas cresciam aprendendo a Lei. Se a mulher, após um adultério, fosse alvo do “espírito de ciúmes” e levasse a mentira às últimas conseqüências, saberia de antemão que estaria trocando, nesse contexto, um “pequeno” divórcio por conseqüências mais marcantes em sua alma e em seu corpo. Somente uma mente cauterizada levaria a situação para um inferno público e ritual diante daquela comunidade machista.
6-Sou homem, mas se fosse mulher nessa condição, preferiria dizer a verdade (que me libertaria) e sofrer as conseqüências dentro do convívio do lar, ainda que a convivência conjugal terminasse por se tornar insuportável a partir daí, do que me expor ao escárnio dos religiosos.
Se falei alguma besteira, me perdoe. A pergunta que faço é só se você objeta algo que enumerei.
Um abraço carinhoso de quem acessa todos os dias para ser edificado por seus textos.
Ed Zímerer
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Resposta:
Meu amado: Paz!
De fato, amei sua visão do texto!
Que Deus o abençoe e alargue sempre a sua compreensão!
Nele,
Caio