COMO É OLHAR ATÉ A BÍBLIA COM OS OLHOS DO EVANGELHO?



 

 

—– Original Message —–
From: wesley alves cunha
To: [email protected]
Sent: Wednesday, October 13, 2004 10:06 AM
Subject: COMO É OLHAR ATÉ A BÍBLIA COM OS OLHOS DO EVANGELHO?

Caro Rev Caio,
Gostei muito da resposta que o sr deu ao Márcio Alexandre, pois compartilho dos mesmos sentimentos.
Contudo, só não entendi bem uma parte da resposta, a qual transcrevo abaixo:
“O discípulo de Jesus examina todas as coisas, e só retém o que é bom. É por isto que a sua fidelidade para com o reino o mantém em permanente estado critico e re-processador de todas as realidades históricas, posto que para ele são apenas realidades históricas, mas jamais seriam a verdade feita história, pois esta só se manifestou em Jesus de Nazaré. Todas as demais coisas estão abertas para exame e entendimento critico, inclusive os Atos dos Apóstolos.”
Gostaria que você iluminasse minha compreensão da afirmação, especialmente no que se refere à última frase.
Gostaria também de obter sua autorização para repassar a carta inteira para outros.
Um forte abraço,
Wesley
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Resposta:


Wesley querido: Graça e Paz!

Creio que se eu não tivesse mencionado os Atos dos Apóstolos, você teria aceito tudo; e tivesse compreendido todas as coisas. Mas como surgiu o “dado canônico”—o livro de Atos—, então, sua mente se confundiu. É ou não é?

Ora, o que eu disse se auto-explica, incluindo o fato de que o livro de Atos é um livro de atos, e que os únicos atos absolutos e irretocáveis feitos na Terra são os Atos de Jesus. Portanto, há Evangelho em Atos, mas o Atos não é o Evangelho. Digo isto porque se os critérios de Jesus forem aplicados aos atos dos apóstolos, os próprios apóstolos seriam sempre relativizados. Quando leio o Atos, eu não leio o Evangelho da Graça—esse eu só vejo plenificado em Jesus—, mas a tentativa humana de começar a viver conforme a fé em Jesus. E, em tal processo, há acertos, erros, equívocos, infantilidades, ambigüidades, diferenças, medos, dúvidas, e todas as demais coisas concernentes aos homens. Assim, o livro dos Atos Apostólicos, é um livro de história, e não quer ser visto como o Evangelho.

A tentativa infantil de dizer que a igreja é o Corpo de Cristo, logo, Cristo estava agindo como antes agira, só que agora em Seu Corpo Comunitário, é bela, mas não é verdadeira como valor absoluto. O Pedro que recebeu a revelação é o mesmo que recebeu a repreensão: Arreda Satanás (Mt 16).

Foi assim. Era assim. Será assim sempre. E o próprio Pedro está sob o Evangelho como absoluto. O mesmo se pode dizer de todos. Ou você pensa que eu não leio um monte de coisas pessoais de Paulo, Pedro, João, Tiago, Barnabé, e outros, e não penso: “Puxa, que bobagem!”

Me desculpe, mas vistas pelo espírito do Evangelho muitas das ações, emoções, atitudes e decisões deles são passíveis de observação em amor, como Paulo fez em relação a Pedro e Barnabé, conforme Gálatas; e isso não deveria tirar “um pedaço de ninguém”.
Ora, Lutero teve problemas com a Epístola de Tiago, e brigou com ela até o fim. E negou-se a aceitá-la como totalmente inspirada. E por que? É que ele tinha em mente um valor maior do Evangelho—a salvação na Graça e pela fé—, e como não conseguiu fazer a “síntese” de Tiago com o Evangelho, ele, coerentemente, deixou Tiago de fora.

O que ele teria que fazer? Deixar o Evangelho de fora? Ou deveria ele ter feito como fazem os criadores de doutrinas, que “aceitam tudo”, mas fazem sua “teologia sistemática” acerca da Escritura, “discordando” de modo ortodoxo com tudo?

Melhor seria dizerem “concordo” ou “não concordo”; “entendo” ou “não entendo”, como fez Lutero, do que escreverem um “Talmude Cristão”.


Precisamos saber que existe Um Caminho Sobremodo Excelente, e que é desta excelência que procede o espírito do Evangelho, e que é à partir desse espírito que se deve discernir os espíritos, não discutir doutrinas.

Assim, por favor, releia o que eu disse:

“O discípulo de Jesus examina todas as coisas, e só retém o que é bom. É por isto que a sua fidelidade para com o reino o mantém em permanente estado critico e re-processador de todas as realidades históricas, posto que para ele são apenas realidades históricas, mas jamais seriam a verdade feita história, pois esta só se manifestou em Jesus de Nazaré. Todas as demais coisas estão abertas para exame e entendimento critico, inclusive os Atos dos Apóstolos.”

Agora, a fim de ilustrar esta minha liberdade no Evangelho, transcreverei como exercício o que para mim significa ler até o livro de Atos com os olhos do Evangelho do Reino, e conforme o seu espírito.


Transcrevo um texto aqui do site, intitulado “Ei, Pedro! Onde vais?”
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O que será que Jesus tinha em mente quando disse aos seus discípulos que permanecessem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder?

Esperava Ele que após o derramar do Espírito eles ficassem Jerusalém? Que ali fizessem uma base? Que ali se tornasse um centro de decisões? Que ficassem e tentassem converter o judaísmo à fé de Jesus? Que buscassem tornar fariseus em discípulos fariseus? E fazer sacerdotes saduceus (a classe sacerdotal) tornarem-se discípulos sacerdotes? Será que Ele desejava que dali para frente o que quer que acontecesse em qualquer lugar, tivesse que ser referendado pelo poder dos discípulos de Jerusalém? E que toda e qualquer expressão dos novos discípulos, de outros lugares, tivesse que ter o carimbo de autenticação feito no cartório de Jerusalém?

Paulo vai até eles, “aos de Jerusalém”, apenas duas vezes. A primeira vai constrangido pela bobagem dos motivos da ida, mas vai assim mesmo, buscando paz e a diminuição da opressão que ele mesmo sentia na pele, sendo sempre perseguido ou por fariseus em “missão” no estrangeiro, ou por cristãos judaizantes. Assim, em Jerusalém, Paulo consegue uma carta com algumas concessões para os cristãos gentios. Para Paulo era apenas uma tentativa de diminuir o conflito, mas, certamente, era uma carta básica demais para as alturas de entendimento pelas quais o espírito de Paulo já planava ao sabor do vento da Graça. Na segunda vez que lá esteve também fez de tudo para acalmar os “líderes de Jerusalém”, e até se submeteu a um “voto”, e raspou a cabeça, e foi fazer orações no templo, até que foi apanhado pelas autoridades judaicas que se deixaram levar pelas provocações de juidaizantes que encontraram a Paulo na cidade, e que já o perseguiam desde há muito; e, assim, alegraram-se com a possibilidade de matar aquele piolho contra as paredes pedradas de Jerusalém.

Paulo acabou preso, tendo que se defender sozinho, sem contar com uma única voz apostólica a seu favor, e sem nenhuma aparente ação de Tiago—o líder de Jerusalém—ou de seus seguidores; e foi deixado à sorte e aos humores dos judeus.

Para mim, o desconforto de Paulo com a igreja de Jerusalém—e a ação deles em relação a Paulo—, bem expressa o que ele cria que não deveria ter acontecido jamais. Paulo queria ver seus compatriotas convertidos e crendo em Jesus, mas não desejava que a fé tivesse um centro físico de decisões, um vaticano; e que, efetivamente, foi aquilo no que a incipiente igreja de Jerusalém desejou fazer de si mesmas: um centro de decisões para os demais cristãos.

Ora, a ordem de Jesus era para que se pregasse também em Jerusalém, mas que de lá se fosse pela judéia, pela Samaria, e até aos confins da terra. Eles, todavia, ficaram, ficaram, e ficaram em Jerusalém. E de lá só começaram a sair quando da perseguição de Estevão, tempos depois. E logo retornaram; e logo lá se re-estabeleceram, a ponto de Tiago se orgulhar, dizendo a Paulo: “Vê, irmão, quanto milhares de milhares há entre nós que crêem, e são todos zelosos da lei”. O que para Tiago era uma alegria e uma vitória da fé, para Paulo, era, todavia, uma derrocada.

É insistente a rejeição de Paulo com relação ao papel cartorial e papal que a igreja de Jerusalém evocava para si mesma. O centro do poder!

Esta é uma demonstração simples de como o “poder do Espírito”—“permanecei na cidade até que do alto sejais revestidos de poder!”—pode, rapidamente, se transformar em poder político-religioso, mesmo que o argumento seja tão supostamente nobre quanto dizer: “É para regular a fé”.

Eu comecei fazendo a seguinte pergunta: O que será que Jesus tinha em mente quando disse aos seus discípulos que permanecessem em Jerusalém até que do alto fossem revestidos de poder?

Na minha opinião Ele esperava que tudo quanto Ele havia dito antes acerca de como se deveria proceder, de cidade em cidade, fosse, agora, não mais “treinado”, como antes Ele os fizera experimentar—Mateus e Lucas narram esse eventos preparatórios—, mas sim, que agora, tudo aquilo fosse vivido como uma ação continua, num fluxo ininterrupto, num vai e vem constante, e como um poder que nunca tivesse um trono, nem uma cidade santa, nem um vaticano, nem um centro de poder.

Tudo o que Jesus queria era que os discípulos continuassem discípulos, e que os apóstolos fossem os servos de todos; sem haver nem alguém maior, e, muito menos, um lugar mais santo, ou um centro de poder.

Eu vejo Paulo sendo acusado de ter criado o cristianismo. Que terrível acusação!

Não, não acusem Paulo disso. Pode-se dizer que dele vieram as elaborações e as conclusões “teológicas” acerca do significado daquilo que entre eles havia acontecido como fato histórico, mas que não tinha ainda tido sua síntese reflexiva e aplicativa feita por ninguém antes. Os apóstolos pregavam a salvação no nome de Jesus, mas não sabiam das implicações mais profundas da fé, e nem tampouco acerca da desconstrução religiosa que tal fé, sendo discernida, provocaria.

Acusem sim os “pais da igreja” e seus “mestres” de haverem feito doutrinas sobre as afirmações de Paulo, e de terem usado suas revelações acerca do “mistério antes oculto, agora, porém, revelado de uma vez por todas”, em um pacote de doutrinas, e que vieram a moldar o pensar do cristianismo, embora, a pratica religiosa posterior dos cristãos, seja tão somente filha do casamento da igreja de Jerusalém com as autoridades do templo, e com os legalismo dos fariseus “convertidos à fé”. À isso, posteriormente, se fez sincretismo, incorporando noções dos cultos de mistério dos gregos, abrindo-se também para as influências gnósticas, e adotando o método grego—mais precisamente o Aristotélico—, a fim de ser o “modo cientifico” da igreja pensar e fazer teologia; e sua filhas: as doutrinas.

Jesus não havia dito fiquem. Mas apenas fiquem até que sejais revestidos de poder.

Jesus esperava que o poder do Espírito os fizesse sair em desassombro pelo mundo, pregando a Palavra da Boa Nova, ensinando singelamente os discípulos a serem de Jesus em suas próprias casas e culturas. Desse modo, se teria sempre um movimento hebreu, crescente, progressivo, livre, levado pelo vento, guiado pelo Espírito, e complemente semelhante ao que eles haviam vivido com Jesus durante o Caminho, naqueles três anos de estrada que construíram o Evangelho ao ar livre, nas praias da Galileia, nos desertos da judéia, nas passagens por Samaria, nas terras de Decápolis, e nas regiões onde os cachorrinhos, debaixo da mesa, aguardavam as migalhas que poderiam saciar a fome de toda a terra.

Alguém, com razão, diria que tal projeto não seria possível, visto que ninguém consegue viver sem um centro de poder. Entretanto, parece que ainda não se discerniu que o convite de Jesus é contrario a toda lógica de poder, e não propõe nada que não seja Hoje, e que não obriga a ninguém a pavimentar o futuro de Deus na Terra mediante a construção de algo duradouro.

Para Jesus o algo duradouro era justamente aquilo que não se poderia pegar, nem fixar, nem pontuar, nem ser objeto de vistas turísticas, dada a sua impermanência num chão marcado pelas urinas dos mandões. Ele esperava que os discípulos fossem como o Mestre, e que aqueles anos de Caminho não ficassem cristalizados nas páginas dos registros dos evangelhos, mas que se tornassem um modo de ser de seus discípulos.

Jesus não era pragmático. Se o fosse, teria logo se mudado para Roma, ou teria aceitado o convite dos gregos, conforme João 12. Se Jesus fosse pragmático jamais teríamos o Evangelho. Isso porque o Evangelho propõe o Caminho Inviável, e que só se faz possível quando os homens são capazes de esquecer todas as suas formas de controle e poder.

O poder dos discípulos, paradoxalmente, está em não ter poder. E o convite para que se morra a fim que se tenha vida, é também valido para a igreja, que, ao contrário do discípulo, quer mandar na vida, e controlar os homens e o mundo. Assim, pretendo salvar a sua vida neste mundo, a igreja não só perde a sua própria vida, mas deixa de ganhar o mundo.

O que Jesus queria era uma multidão de seres-sal-e-luz se espalhando pela terra, e, se diluindo em sabores e luzes que só seriam sentidas, mas não pontuadas, jamais se tornando uma Salina ou uma Usina de luz cristã, a serem visitadas pelos curiosos.

O reino é como o fermento escondido…até que pervade toda a massa da humanidade…sem ninguém saber como…e sem que ninguém possa dar gloria a mais ninguém, se não ao Pai que está nos céus.

Aliás, a proposta de Jesus é tão pouco pragmática, que a vontade de aparecer não pode resisti-la. O sal, por exemplo, foi usado por Jesus como metáfora desse desaparecimento da igreja na terra. Tudo ao que Ele associa a metáfora do sal é ao sabor, e nada mais. O sal tem que ter sabor, se não já não presta para nada. E para que o sal salgue e dê sabor, de fato, ele tem que se dissolver nos elementos que recebem o seu benefício. O sal só salga quando morre como sal visível e se torna apenas gosto, presença, realidade, inescusável benefício, embora ninguém possa dizer onde ele está, podendo apenas dizer: ele está na panela. Mas onde?

Já a Luz do mundo—vós sois!—, deveria ser a ação contínua da bondade e da misericórdia, de modo completamente discreto, porém pleno de efetividade; de tal modo que os “de fora” é que ao receberem os benefícios da luz, discirnam-na como boas obras, e, assim, eles mesmos, agradeçam a Deus pelos filhos da misericórdia que Ele espalhou pela terra.

O que Jesus propõe como simplicidade total, entretanto, logo deu lugar às complexidades regimentais e aos centros de poder. Mesmo dizendo “tal não é entre vós”—referindo ao poder de governar dos reis e autoridades—, o que se criou desde bem logo foi aquilo que era comum, não o que era completamente incomum.

“O meu reino, agora, não é deste mundo”, os fez pensar que aquele “agora” já havia passado, e que, “agora”, eles estavam livres para facilitar as coisas; ou seja: para complexificá-las, conforme os governos da terra, deixando de lado a leveza do caminho, e o verdadeiro espírito hebreu—andarilho, cruzador de fronteiras—, e que havia sido também encarnado em Jesus.

O que estou dizendo? Que nada valeu a pena? É claro que não! O que estou dizendo é que o mundo ainda não acabou, e que a cada nova geração os discípulos de Jesus têm, outra vez, a chance de viver o Evangelho, simples e puro, leve e livre, dissolvido em sabores sentidos, mas sem sede física de poder, sem qualquer mandão entre nós; e que a luz do mundo pode ainda brilhar no mundo, não como uma ação da igreja, mas como fruto da bondade justa e misericordiosa de cada discípulo que não queira ser um agente da igreja, mas apenas um filho do amor de Deus solto nesta terra.

E não nos reuniremos mais?—é a pergunta angustiada de alguns.

É claro que nos reuniremos sempre. Mas tais encontros não visariam centralizar as forças e organizar as ações de poder, mas apenas renovar as alegrias da fé e da esperança, fortalecer o amor, e devolver as pessoas à vida com a simplicidade do sal e da luz. Ou seja: com sabor e boas obras.

Eu sei que pareço louco para alguns. Não nasci ontem. Conheço os mecanismos de poder dos quais a “igreja” se alimenta. E também sei que apenas um punhado mínimo de pessoas têm a coragem que o Evangelho do reino demanda, que é a coragem para abrir mão do poder, e para liderar pela simplicidade, sem trono a nos acolher em honras.

Quem, no entanto, tiver tal coragem da simplicidade, esse conhecerá o significado de ser discípulo de Jesus no reino deste mundo, e que é o poder que nasce da fraqueza—que, aliás, é o único poder Jesus quer ver sendo vivido pelos Seus discípulos.

Minha esperança é que pelo menos alguns poucos entendam e creiam.
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Continuando:

A Revelação de Deus em Jesus Cristo não tem igual ou um equivalente. E as palavras de Jesus são espírito e vida, e não palavras cristalizadas e atos humanos canonizados.

Assim, Jesus é a chave hermenêutica de todas as coisas, pois Ele é a Verdade!

É em Jesus que tudo e todos precisam ser entendidos e discernidos, e conforme o seu espírito. Aqui no site há muita coisa sobre o espírito do Evangelho de Jesus. Leia.

E veja, quando falamos do livro de Atos, claramente falamos da história dos homens. Não estamos falando do mistério de Deus.

Deus! Ora, Deus é insondável, é invisível, apesar do Seu poder. O mundo não o conhece. Se reis, príncipes, papas, bispos, pastores, monges, filósofos e todos os crentes tivessem consciência de Deus, todas as criaturas o adorariam em toda a terra. Sim, nós os ouviríamos oferecendo a Deus os risos de seu amor por Ele. O céu e a terra se uniriam em júbilo para fazer descer suave orvalho, e os homens viveriam em paz, MESMO SEM GOVERNO ALGUM. Quando Deus assumiu Forma, em Jesus, esse fato pôde ser reconhecido mentalmente, e os apóstolos e outros receberam essa percepção como revelação. Mas todos os conceitos teológicos são apenas ainda indícios que apontam para o inconcebível. Isto é assim para que o homem não se esqueça jamais de sua limitação. Quando um homem, mesmo um apóstolo de Jesus, fica consciente da sua limitação não há perigo para ele e nem para aqueles que olham para ele buscando inspiração. Neste caso, a relação entre o Concebível e o Inconcebível é como aquela que existe entre igarapés e os rios; entre os rios e o Amazonas; e entre o Amazonas e o Mar. Sim, porque as grandes águas só encontram seu sentido quando encontram o Mar.

Com isto lhe digo que para o bem de todos, o livro de Atos deve ser visto como um rio, mas o Evangelho é acerca do Mar. Pedro é um igarapé. Jesus? Ora, Nele é o próprio Mar.

Um beijo muito carinhoso!


Caio