QUE CASAMENTO HORRÍVEL ME ASSALTOU!

—– Original Message —– From: QUE CASAMENTO HORRÍVEL ME ASSALTOU! To: [email protected] Sent: Friday, October 08, 2004 11:15 AM Subject: URGENTE! Mensagem: Boa tarde Pr. Caio! Preciso urgentemente de um conselho. Pr, tenho passado grandes lutas e muita angustia, estive casada por 8 anos , estamos separados há 18 meses, sou convertida ha 11 anos. Conheci meu esposo quando estava buscando em Deus um apresentador para um programa de TV que estava levantando na minha capital, por sinal na época era o primeiro do estado, ele estava voltando das coisas do mundo onde ele esteve afastado de Deus por 6 anos, era pai solteiro. Ora, assim que me conheceu e ao projeto, se apaixonou por mim, e começamos a ter reuniões para terminar de formatar o programa para ir pro ar. Então, como eu era só mãe solteira também, mas sem nenhuma vontade de casar—eu queria servir mais livre ao meu Senhor, pois o meu sonho era mudar, e escrever a minha história, já sofrida—, fui me abrindo para ele, mas não queria casamento. Como ele era um homem persistente e muito atencioso, romântico e cuidadoso; comecei a sentir falta dele quando ele precisava viajar a serviço… Um dia fui até ele e disse-lhe tudo sobre minha vida e a falta que sentia dele quando ele não me ligava por um dia, e do prazer que sentia em estar perto dele, e que sabia que a recíproca era verdadeira. Ele ficou feliz e disse o que sentia também; pois todos os amigos percebiam… Então ele disse que ia orar e fazer provas com Deus. Duas semanas depois ele me disse que Deus respondera todas as provas e que eu era a mulher que Deus tinha para ele. Falou das provas, e começamos o noivado; casando, assim, 5 meses depois. No dia do casamento, na noite de núpcias, Deus me inundou com um amor tremendo por ele. Foi maravilhoso! Ele é deficiente físico; e eu sou mais velha que ele 9 anos; sou uma mulher bonita e bastante alegre; mas, no namoro, percebia que ele era bastante complexado; fui ajudando ele como podia; pois ele vivia dizendo que eu era areia demais pro caminhão dele. Um dia me zanguei com ele, e disse que ele era pobre, não tinha nada, só uma cama de solteiro, e um emprego no qual ele ganhava muito pouco; e que se eu estava com ele, era por que ele era importante e o amava. Depois do casamento vivemos tranqüilos. Deus o abençoou muito no trabalho, e também trabalhávamos “na obra”; tínhamos o programa de TV, e uma vida de descobertas um do outro. Eu com um temperamento a ser moldado, e ele com problemas graves de caráter. Descobri que ele era um homem todo enrolado em dívidas com agiotas; e fui atrás de todos eles tentando resolver essas coisas antigas; consegui. Mas depois de limpar o nome dele não demorou muito e lá estava novamente ele todo enrolado. Junto a isso, tudo fui descobrindo prostituição na internet, e muitas outras coisas. Sempre perdoei o meu esposo, pois sabia das qualidades dele. Trabalhávamos ajudando casais, e muito lares foram restaurados e muitos jovens vieram para Cristo através de nós. Nos dávamos bem, nunca fomos de brigas. Fui crescendo mais em Cristo; até o dia em que ele resolveu sair de casa. Deixei que ele fosse, mas ele caiu na bebida e prostituição; peguei ele várias vezes com prostitutas na cama; e bêbado; às quedas… Lutei pela vida dele com jejuns e orações. Três meses depois ele voltou. Foi muito maravilhoso o que Deus fez. Ele foi pro encontro dos 12 (G12). Quando voltou foi relatar coisas que jamais imaginei, que ele tinha sido molestado pelo vizinho dos 6 anos aos 13 anos; e que o ódio que ele sentia o levava a molestar outras crianças; e até mesmo o irmão; e quase a irmã também. Ele contou em prantos, e deitado como uma criança no meu colo; choramos juntos… Mas ele disse que ainda tinha mais para falar e que era o pior. Não poderia imaginar o que podia ter de pior naquela história. Foi quando ele disse que tentou molestar minha filha de 7 anos, por 2 vezes. Não sei explicar como me senti naquela hora… Sei que chorei com ele compulsivamente; e senti Deus dobrar, naquele instante, o meu amor por ele; e me mostrar a cruz; o que Ele tinha passado nela por mim e por ele. Ninei ele como se nina uma criança, e senti que Deus o curou ali. Os dias se seguiram, mas adoecia na alma cada vez que imaginava toda aquela história; pois, eu não tinha para quem contá-la; e não poderia fazer isso! Depois de alguns meses recebemos juntos um convite para cuidarmos de uma igreja em um outro estado. Oramos e esperamos no Senhor. Um dia eu estava pregando nesse outro estado, quando ele me ligou dizendo que tinha feito prova de Deus, e estava entregando o emprego para só servi-lo. Senti paz, pois sabia que Deus tinha uma grande obra para ele, e precisava da disposição dele, pois, ele sempre amou mais o emprego do que a Deus. O próprio complexo de inferioridade dele, requer que ele seja reconhecido em alguma coisa. Fomos para essa igreja, e lá vimos um pastor totalmente herético, e não cumpridor do trato feito conosco. Mas Deus nos supriu em tudo, todo o tempo; e aprendemos bastante. Conhecemos um grupo que falava a mesma língua nossa e acreditava nas mesmas coisas. Levantei um programa de radio, e ele fazia. Tínhamos em 1 mês a maior audiência da cidade, que tem 700 mil habitantes. No terceiro mês ele viajou para a cidade onde morávamos, para ver umas coisas com um amigo nosso. Chegando lá, ele caiu; e ligou dizendo que não voltava mais, e não queria viver mais casado. Bem, eu disse a ele que fosse em paz; e continuei com o programa no ar; a igreja não entendeu; e se escandalizaram com a atitude dele; pois vivíamos bem. Não orei dessa vez. Mas tinha uma tristeza que rasgava a alma, mas firme com o programa de rádio, e amando mais ainda o meu Senhor, um dia estava entrevistando Antony Garotinho ao vivo, quando pedi o intervalo. Tomei um susto quando alguém entrou via fone e falou ao vivo para toda cidade. Era ele fazendo uma declaração belíssima, e falando do que eu era a esposa que Deus dera pra ele. Todos ficaram emocionados e os telefones da radio não pararam de tocar; ninguém sabia de nada; só minha igreja; todos pensavam que ele estava em missões por uns dias. Dois dias depois ele retornou, pra casa e pra rádio; e, novamente, o perdoei como se nada tivesse acontecido. Depois de alguns dias consegui com um amigo um bom emprego pra ele, na área dele. Ele começou a trabalhar, e quis começar um curso de casais na nossa igreja. Topei. No meio do curso senti que ele estava diferente, falei pro pastor e ficamos aguardando. Chegou o dia da formatura dos casais, e todos que ali estavam se curvaram diante das maravilhas de Deus. Foi lindo e com muita unção. Mas senti de Deus que algo ia acontecer. Um mês depois fiquei sabendo coisas horríveis dele; e ele saiu novamente… Eu disse que ele fosse em paz; mas ele me deixou completamente na mão; tinha usado meu cheque e cartões; tive que vender tudo o que tinha; até a cama, para pagar algumas coisas; e fui sem nada para o interior, pra casa de minha mãe. Ele, depois de um 2 meses, me procurou para entrar com a separação. Falei que poderia entrar. Mas ele entrou, e nunca me deixou completamente em paz. Agora a minha situação tá cada dia mais difícil. Ele disse que conheceu uma moça na internet, e que está morando com ela. Não quer me dar o divorcio para não ter que me dar pensão. Ele está ganhando bem, e ainda quer me tirar a assistência médica. Sofro muito, mas continuo confiando no meu Senhor. Não perdi minha alegria Nele. Mas, Pr. Caio, não sei o que fazer. Não sei se peço a pensão e o divorcio; ou se continuo esperando. É difícil aos 40 anos arranjar emprego. Meu filho faz faculdade e trabalha ganhando 270.00 reais; e mora na cidade onde estávamos; e eu vim para o estado onde o conheci; e estou morando de favor com uns amigos; e tentando achar emprego. Meus amigos me ajudam como podem, e todos me aconselham a pedir pensão, pois é um direito meu! O que o senhor me diz? Desculpe o livro que escrevi… Grata em Cristo! ____________________________________________________________ Resposta: Minha querida: Sua carta é a própria resposta! Faça o que o bom-senso manda. Ora, o bom-senso mandaria esse cara estar respondendo às autoridades por abuso de menores, e aliciamento; e, no mínimo, assumir todas as responsabilidades conjugais e familiares. Procure um bom advogado e deixe que ele resolva a questão! No mais, você é um problema tão grande quanto o cara é. Pelo amor de Deus! Você se sujeita a essa maluquice, faz tudo em nome “de Deus me falou”, “senti de Deus”, “Deus me disse”, “o Senhor me mostrou”, “senti o amor de Deus”, “fiz de conta que nada aconteceu”, “dei outra chance”, “fiquei feliz que ele voltou”, “Deus o curou ali”…etc… Ora, tudo maluquice! Sem falar que o cara tenta molestar a sua filha, que é um irresponsável e aproveitador, e que se oferece para ser guia de casais cegos, sendo que ele carrega uma trave de futebol enfiada no meio da cara. O que me espanta, também, é sua deliberada credulidade. Seu auto-engano é completamente patológico, e você o chama de “Deus”, de “amor” e de “perdão”. Pelo amor de Deus, procure um psico-terapeuta e conte a história. Ele ajudará você a ver seu nível de dependência e de co-dependência, em relação a toda essa maluquice. Sim, sua atitude frente a tais coisas, revela a profundidade de sua doença de alma; e revela a seriedade de seus mecanismos de auto-engano e co-dependência. Portanto, resumindo, são duas coisas a fazer: 1. Procurar um bom advogado e tratar desse cara na justiça. Ele também tem que crescer. 2. Procurar um bom terapeuta, pois, você também está doente; e sua enfermidade é anterior ao encontro com ele; aliás, foi pela via de sua enfermidade de alma que esse cara teve toda a chance de criar esse caos em sua existência. No mais, leia o site. Senti que você ainda não leu nada. Se tivesse feito isto, não estaria, agora, tendo que lidar com essa confusão nesse estado atual, visto que, caso você lesse o site, há muito que você já teria tomado uma de-cisão. Há diante de você há dois caminhos: a vereda da saúde e a vereda da doença de alma. O que você quer? E mais: não fale mais com esse manipulador. Se você ficar de papinho com ele, sem dúvida, ele vai manipular você mais uma vez. Você vai acabar pagando a ele alguma coisa. Esse é o modo dos manipuladores; e, no caso dele, até a deficiência física serve como álibi. “O prudente vê vir o mal, e se esconde”. Nele, em Quem o direito é o justo, Caio