CAIO, O QUE VOCÊ PENSA ACERCA DOS DISCOS VOADORES?



—– Original Message —– From: O QUE VOCÊ ACHA DOS ETÊS? To: [email protected] Sent: Sunday, October 03, 2004 1:52 AM Subject: Objetos Voadores não Indentificados. O que você acha? Mensagem: A paz! Pastor conheço pouco da sua trajetória, mas o suficiente para admirá-lo e respeitá-lo. Sou evangélico e me considero uma pessoa razoavelmente esclarecida, mas gostaria de saber sua opinião sobre ET’s, discos voadores, alienígenas, toda essa história que anda tão em moda nos meios de comunicação, com imagens de naves e dos seus supostos seres. Sou um bom leitor da Bíblia e nunca vi nada a respeito. Desde já muito obrigado! E que Deus te abençoe sempre! _____________________________________________________________________________________ Meu querido amigo: Graça e Paz! Desde menino que me interesso por tais fenômenos. Na adolescência fiquei impressionado com o livro “Eram os Deuses Astronautas”, de Erich von Däniken, com suas interpretações ovinistas acerca do livro de Ezequiel, dos mitos dos povos, e de todas as divindades antigas. Foi nessa mesma época, ou um pouco depois, que também me impressionei com os desenhos do deserto de Nazca, no Perú. Eu mesmo, juntamente com meu pai e mais uns 13 a 15 amigos, quando tinha algo em torno de 14 anos de idade, a caminho de Itaperuna, no Estado do Rio, avistei uma esfera que reluzia como se feita de prata, em plena luz do dia, pairando sobre nossa cabeça, enquanto o nosso carro andava pela estrada. Paramos, saímos, e nos pusemos a olhar aquele fenômeno. Meu pai descartou qualquer possibilidade de que fosse um artefato fabricado pelo homem, especialmente porque ficava parado imóvel no ar, sem som e sem fumaça; e, de súbito se movia em velocidade inimaginável. De repente se foi, deixando nada para trás… Depois de convertido ao Evangelho de Jesus, aos 19 anos, eu e milhares de pessoas na cidade de Manaus (1974), vimos uma grande massa, com formato de uma traça gigante, como se fosse um meteoro, e que emanava uma luz que aparecia através de pequenos orifícios que na massa havia (era como se a luminosidade viesse de dentro daqueles pequenos buracos). Parecia uma montanha voando como um Zepelim, e cujo balão tinha a aparência porosa de uma traça de armário. Eu estava na classe de Física, no curso de Edificações, na Escola Técnica Federal do Amazonas. A escola inteira viu. Para nós durou algo em torno de 1 minuto ou um pouco mais. Fez uma curva de Jumbo sobre nossas cabeças e seguiu a viagem na direção do Rio Negro. Na Capitania dos Portos, às margens do Rio Negro, onde morava Alda, a mãe de meus filhos, o espetáculo foi visto por ela, os irmãos, e os marinheiros, e por mais de cinco minutos. E a coisa andava sobre o rio, gigantesca, imensa. No dia seguinte os jornais só falavam no assunto. Ora, eu, recém convertido, olhei para aquilo, e apenas disse para mim mesmo: “Não sei o que é, mas é sinal dos tempos. O Senhor está voltando!”—e pronto! No curso dos anos sempre li e vi tudo o que sobre o assunto é mostrado. É inegável que os aparatos que seguem os seres viventes de Ezequiel têm aparência bastante parecida com as descrições da maioria de tais aparições. Na minha opinião o assunto está mais para uma ciência que seja Psicofísica, com categorias Junguianas, do que para ser entendido pelas ciências exatas, do ponto de vista da possibilidade de estudo e detecção que possa ser feito pelas categorias cientificas apenas físicas. Minha opinião sobre o assunto é meramente especulativa. O que não é afirmado categoricamente na Palavra é tratado por mim como pura especulação, até que se mostre como incontestavelmente real. O que penso então sobre o assunto? E isso sem apelar para uma saída escatológica simplista, e que apenas diga: “É sinal dos tempos”? Ora, eu creio na existência de um Inconsciente Coletivo, tanto quanto creio na existência do Inconsciente Individual. Ou seja: assim como creio que todo indivíduo tem um inconsciente, também creio que a partir da produção psíquica de cada indivíduo, inicia-se a construção de um inconsciente coletivo familiar, da parentela, da tribo, da comunidade, da cidade, da região, do país, e de toda a humanidade; e de tal modo, que de tempos em tempos cria-se uma grande acumulação de massa psíquica sobre toda a humanidade, e tais energias psíquicas buscam se manifestar mediante meios os mais diversos, criando por vezes um sentir unânime numa nação (a Alemanha de Hitler é um bom exemplo), ou em toda a humanidade, como quando a gente percebe que independentemente de haver ou não algum modo formal de comunicação, o mesmo padrão de sonho ou sentimento se faz perceber por toda a Terra. É interessante observar que tais fenômenos são bastante “ocidentais”, havendo pouco registro deles em países árabes, africanos ou orientais. Portanto, minha leitura do “Eram Deuses Astronautas”, hoje, se faz de modo invertido. Ou seja: creio muito mais que seja a nossa mente ocidental-cristã, impregnada que é pelos arquétipos bíblicos em nosso inconsciente individual e coletivo, justamente aquilo que “projeta” tais fenômenos, e os cria de modo extremamente parecido com os fenômenos descritos na Bíblia, no livro de Ezequiel. Ora, depois de dois mil anos de história ocidental-cristã, com toda a produção arquetípica relacionada aos temas apocalípticos da Bíblia, e com todo o suscitamento de expectativa de uma “hecatombe universal”, e que está presente no inconsciente de nossa civilização cristã, não seria surpresa se a soma dos inconscientes humanos não gerasse algo misterioso e que venha dos céus para a Terra. Então, alguém pergunta: “E como é então que alguns desses fenômenos foram objeto de detecção de radar?” Ora, eu creio que a mente humana tem muito mais poder inerente e intrínseco do que nós conseguimos avaliar. Creio que as energias psíquicas produzidas pelos humanos existem como energias mesmo; energias sutis, porém poderosas. E creio que assim como indivíduos se comunicam de modo inconsciente, seja por sonho, seja por telepatia, assim também a humanidade toda se comunica. E mais que isto: creio que tais energias podem ganhar configurações de densidade psicofísicas; ou seja: elas podem se adensar e formar a aparência do objeto arquetípico prevalente no Inconsciente Coletivo, e que se manifesta em razão do adensamento que surge da afinidade de projeções arquetípicas coletivas. Daí tais fenômenos serem mais comuns em nossa civilização ocidental, que é bíblica em seu imaginário, e tecnológica em sua cultura vigente; daí tais aparições serem parecidas com nossas próprias ficções. Então, você me faz duas outras perguntas: O diabo ou os anjos entram nessa história? Ou será que você também descrê da possibilidade de que possa haver vida em outras galáxias? Bem, quanto ao diabo e os principados e potestades, é minha opinião, bastante expressa neste site e em livros meus, que eles se alimentam de todas formas de produções dos humanos. Sim, ele se alimentam das produções psíquicas ligadas à culpa, ao medo, ao ódio, à inveja, à busca de poder, e da sensualidade objética, indo até as produções que se tornam cultura, arte, relacionamentos, ações políticas, e todas as formas de expressão humana carregada pela espiritualidade do medo ou da desesperança. A serpente come o pó do chão pelo qual caminham os humanos! Portanto, não é de admirar que a categoria chamada de “poderes” no N. Testamento, designe apenas “forças impessoais”, porém existentes de modo real, e que aparecem em “conjunção” com os “principados e potestades”, os quais carregam certa dose de “pessoalidade” e de “intencionalidade” nas suas manifestações. O Inconsciente Coletivo dos humanos é o “ambiente” dos principados e potestades. Portanto, também não me admiraria que as produções do Inconsciente Coletivo possam ser usadas por forças conscientes dentro do Inconsciente Coletivo. Nesse caso, os “principados e potestades” seriam as forças conscientes operantes no ambiente inconsciente da coletividade humana. No entanto, eu não tenho nenhum problema quanto a possibilidade de existir vida inteligente em qualquer outro lugar do Universo. Todavia, as manifestações todas que vi, estudei, pesquisei e tomei conhecimento até o dia de hoje, me remetem muito mais para a elucubração fenomenológica que fiz acima, do que para a explicação de que tais fenômenos são fruto de uma invasão oportunista de “Etês”. Todas as civilizações viram nos céus sinais que eram correspondentes à sua própria produção arquetípica, conforme os padrões feitos comuns no Inconsciente Coletivo do grupo em questão. Um dia nós vamos descobrir que muito do que chamamos de “mundo externo” é apenas projeção de nosso “mundo interior”. Um dia nós vamos saber que a humanidade inteira está conectada a si própria, e que tanto nossos sonhos quanto nossas percepções estão profundamente condicionados por uma produção que nos é ulterior, superior e inconsciente. Eu também creio duas outras coisas acerca da questão: 1. Creio que anjos e demônios se movimentam nesses ventos… nesse ambiente do Inconsciente Individual e Coletivo. Daí as aparições de anjos também quase sempre corresponderem aos modos da cultura antiga (anjos do V.T. tem “pinta” de homem antigo); ou aparecem conforme as concepções da cultura vigente. Hoje em dia tem anjo que dirige carro. E falo sério. Conheço pessoas que foram socorridas por anjos que se vestiam de bombeiro ou de socorrista, no meio do nada, na floresta, no ermo desabitado. E por que? Porque o inconsciente humano veste o socorro divino com os códigos e símbolos de socorro de seu próprio tempo. 2. Creio que o que Paulo diz em Colossenses 2, quando afirma Jesus despojou os principados e potestades na Cruz, e que fez isso quando “rasgou o escrito de dívida”—a dívida da culpa inconsciente e consciente; e da culpa que é fruto do ato deliberado ou da ação “à revelia” da consciência—, tem algo também a ver com isto. Assim, eu penso que o apóstolo estava também nos ensinando, ou, pelo menos nos ensejando outra percepção, e que é basicamente a seguinte: o alimento dos principados e potestades é a culpa e todos os sentimentos e pensamentos que carregam a força da energia psíquica da culpa e do delito. Assim, o poder de tais forças espirituais é do tamanho da culpa humana. Por outro lado, a certeza da libertação da culpa em Cristo, anula o poder deles sobre nós; à menos que tenhamos crido apenas em parte, e não completamente, como é para ser. Teria muito mais a dizer, mas não há tempo. Quero, todavia, que você saiba duas coisas: 1. Que nem morte, nem vida, nem poderes, nem tronos, nem principados, potestades ou qualquer que seja a “criatura”, têm o poder de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus. 2. Que se um ser desses “pintasse” diante de mim, ou confessaria a Jesus como Senhor, ou sairia na hora. Não me importa quem sejam, mas apenas a procedência. E como creio que Jesus tem o Nome que está acima de todo principado, potestade e poder, venha quem vier, virá, todavia, sob o poder do senhorio de Cristo. E, como sou Dele, não temo Etês ou o que quer que seja: nem mesmo o diabo, ainda que venha vestido de “anjo de luz”. Receba meu carinho e minhas orações para que sua fé seja sempre livre e confiante! Nele, que é Senhor de todas as criaturas, poderes, forças e energias, Caio 3/10/04