CONTINUO COM O CASADO, O PADRE E O PASTOR. ME AJUDE!

Reverendo, boa tarde! Eu sou aquela pessoa que o senhor, muito sugestivamente, deu como título a minha carta: 0 Casado, o Padre e Pastor – Todos querem uma lasquinha! Não tenho como refutar; é a pura e negra verdade! Pastor Caio, não estou tendo forças para sair desta situação, na qual ainda me encontro. Cada dia me sinto só, sem vontade de viver, de estudar, de ler… , enfim, coisas que eu tinha muita motivação para fazer antes, e agora não mais. Tenho me controlando muito para não procurá-los, porem, quando a fraqueza bate… ainda procuro. Mas hoje eu decide uma coisa: estou consciente que não vale mais a pena procura-los, perdi a vontade mesmo. O que me incomoda é que não estou conseguindo pacificar a solidão, e muito menos, abrir um novo horizonte para minha vida… Não vejo nada que possa me interessar e prender a minha atenção; não vejo nada para que eu possa me motivar outra vez. Não consigo mais orar, não consigo mais sair, estou sentada á beira do caminho. Estou triste, e sem vontade para viver. Não sei porque estou fazendo este desabafo com você, talvez porque eu não tenha a coragem de dizer isso para nenhum dos meus amigos. Muito obrigada por você existir. Beijos no Coração. _____________________________________________________ Resposta: Minha querida amiga: Graça e Paz! Interessante! Você falou que acabaram-se as suas motivações para viver justamente porque você, tendo três homens, um padre, um pastor e um casado, não tem motivação para viver. É como dizer: morri, por isso não tenho motivação para viver! Ou seja: sua falta de vontade para viver, supostamente, vem de sua necessidade de renunciar aquilo que é a própria morte para a sua alma! É claro que você não terá nenhuma motivação para viver estando sepultada nesse mal de morte afetiva e emocional. E mais: se seu medo é ficar sem homem, saiba: cabe ainda um exército de interessados nessa fila! A questão é que na alma de uma mulher, quanto mais, menos! O que a sua alma quer é um homem só; um único amante; um único amor; um único companheiro; um único homem! É a sua imensa insegurança o que faz com que você apele para o “nada”, posto que os três homens que você tem são “nada” para as demandas de sua alma de mulher. Você ficou viciada na “perversão” desses vínculos, e, hoje, ao pensar em deixa-los, você sofre como quem tem que deixar de cheirar pó. Além disso, as três figuras carregam um poder fetichizante da maior magnitude psicológica: o casado, o padre e o pastor! Ora, quando um vício de natureza sexual se mistura com as pulsões do fetiche psicológico, as forças de dependência que daí emanam são poderosas. De fato, as escolhas que você fez no que tange aos três—digo isto porque se você quisesse quaisquer três outros lhe seria fácil conseguir!—revelam muito das associações que sua alma fez entre sexo e figuras masculinas. Daí eu crer que seria necessário para você entrar numa terapia séria a fim de descobrir de onde procedem tais interesses ocultos e eróticos. Apenas me diga: por que, até hoje, você pensa que existe alguma vida entre esses três amantes? Sim, há hordas de homens livres e solitários que adorariam conhecer você, sair com você, namorar você, e, quem sabe, dadas as circunstancias, casarem com você. No entanto, você está se masturbando com “minas de explosivas”; e se erotiza com “banana de dinamite”; e beija torpedos letais… Por que? Me diga: o que cada uma dessas figuras suscita em você quando você os deseja e vai para a cama com eles? Pergunto porque há de existir algum elemento de natureza erótica que eles atendem em você, conforme as fantasias que você desenvolveu em sua alma. E mais: antes de ter estado com qualquer dos três, você já sentia alguma forma de atração especial por homens casados, padres e pastores? Responda-me com toda honestidade! Ficarei aguardando a sua resposta, e, enquanto isto, orando por você, para que Deus fortaleça o seu interior, e lhe dê a coragem de romper com esses laços de paralisia existencial nos quais você se enrolou. Nele, que nos ama sempre, Caio