VOCÊ SE SENTE SÓ NO CAMINHO?
—– Original Message —– From: VOCÊ SE SENTE SÓ NO CAMINHO? Sent: Tuesday, July 12, 2005 1:11 PM Subject: Três questões Pastor Caio, Querido mestre, irmão, amigo, É evidente — depois de conhecer, ler e reler, seus pensamentos, tão bem expressos através de seus artigos, reflexões, opinião, aconselhamentos …, veiculados no site, e depois de ouvir vários sermões e palestras — que o senhor experimentou desilusões, não sei se esta palavra se adequa ao que quero abordar; mas o fato é que percebo que há uma urgência, pulsante, maravilhosamente contagiante, no senhor, em pregar o Evangelho da Graça, puro e simples; em despertar vidas para o risco iminente da morte (espiritual) e, principalmente, trazer a “igreja” à consciência “do” e “para” o seu devido lugar, mediante o “alerta” de quem, com propriedade, pode falar, que o “inimigo” nem sempre mora ao lado, mas às vezes bem dentro! Uma vez que o senhor fala o que poucos (sendo otimista) têm coragem de falar; que no seu falar está intrínseca uma insatisfação com as “estruturas de homens” em seu contraponto para com os alicerces do Reino de Deus, e que é muito claro que o seu compromisso é com o SENHOR, eu lhe pergunto: 1. O senhor já se sentiu só, no seu caminhar, no Caminho? 2. Como profeta, “não na categoria de caniço, mas de peso médio”, agitado pelo Vento, o senhor já sentiu tristeza d’alma por pessoas queridas, amadas, que se deixaram contaminar ” com as finas iguarias com que preparam a mesa para a deusa Fortuna” e “sem perceber” se amoldaram a um sistema onde a disparidade entre o discurso e a prática, são gritantes, pelo menos, penso, para aqueles que desejam ouvir o que diz o Espírito?! 3. Como discípulo de Jesus, como o senhor se sente diante desse quadro? Me perdoe se a minha percepção estiver incorreta e, por favor, desconsidere as questões se, segundo a sua consciência, não forem pertinentes. Com minha mais sincera admiração e respeito à autoridade por Deus, lhe conferida, Receba minha saudação de Paz! Fraternalmente, Gláucia C. Santana Alguém que deseja não só andar, mas ser e está entre “os do Caminho”. Que o Deus de toda graça, continue lhe abençoando! _____________________________________ Resposta: Minha querida amiga, Gláucia: Graça e Paz! Terei todo prazer em responder suas perguntas. Vamos, então, a elas. 1. O senhor já se sentiu só, no seu caminhar, no Caminho? Resposta: Muitas e muitas vezes. Aliás, num certo sentido, por mais bem acompanhados que estejamos, e por mais que os que nos amem, também nos cerquem; ainda assim, há um nível do existir de cada um que é puramente só. Sim, existe um “só” em nós, e, aprender a amar esse “só” faz muito bem a alma. Isto se este “só” for convertido em “solitude” provada como estar só em Deus. Mas no que tange a dimensão histórica, sinceramente, sempre me senti só também, mesmo quando multidões estavam ao meu redor. Digo isto porque, de fato, nunca “contei” com a certeza de que na hora da necessidade eu receberia ajuda humana. Aliás, desde muito cedo na vida que aprendi que tinha que viver com consciência de que deveria esperar qualquer coisa da existência, e o que fosse gostoso e bom, para mim já seria lucro. Assim, eu diria que no caminho andei só a maior parte do tempo, porém, no Caminho, sempre estive acompanhado e cheio de Presença. 2. Como profeta, “não na categoria de caniço, mas de peso médio”, agitado pelo Vento, o senhor já sentiu tristeza d’alma por pessoas queridas, amadas, que se deixaram contaminar ” com as finas iguarias com que preparam a mesa para a deusa Fortuna” e “sem perceber” se amoldaram a um sistema onde a disparidade entre o discurso e a prática, são gritantes, pelo menos, penso, para aqueles que desejam ouvir o que diz o Espírito?! Resposta: Pelo amor de Deus! Sim, muitas vezes! Na realidade há alguns que para mim acabaram por se tornar “Demas”, mas que um dia estiveram entre “os meus companheiros e cooperadores, dentre eles, Demas…” Além disso, alguns dos caras que hoje pregam coisas malucas por aí, um dia, conheci a maioria deles ainda como gente do Evangelho. Assim, não consigo entender como eles, que um dia creram, possam ter ido para o outro lado do Caminho. Já vi filhos na fé que pregavam a Palavra da Graça de Deus, e que, após o meu Dilúvio, passaram a pregar Lei, e, além disso, eles mesmos se tornaram neuróticos puritanos. Vi outros embarcarem na Prosperidade e Quebra de Maldições. E vi até gente ir para o Templo Maior. Mas o que dói mais é ver aqueles que conheceram e conhecem a verdade do Evangelho, mas por conveniências ou apenas acomodação, renderam-se ao sistema, e enterraram o Talento. 3. Como discípulo de Jesus, como o senhor se sente diante desse quadro? Resposta: Triste, porém não surpreso de todo. Afinal, até com Jesus foi assim; por que então comigo, que sou um fiapo agitado pelo vento, o mesmo não aconteceria? Nosso chamado é também para servir a Deus “entre falsos irmãos”, conforme disse Paulo. Receba meu carinho e meu abraço! Estou sempre por aqui! Nele, em Quem quando estou só é que então estou ainda mais Acompanhado, Caio