—– Original Message —–
From: OS EVANGELHOS: o dos espíritas e o dos evangélicos
To:
Sent: Monday, May 15, 2006 1:07 PM
Subject: MENSAGEM DE DOMINGO PELA MANHÃ PELA TELEVISÃO
Amado irmão de jornada,
Muitíssima paz sobre sua alma!
Eram quase nove horas da manhã de domingo, 13.05.2006 quando liguei a televisão na Bandeirantes e, inicialmente, fiquei triste em ver aquelas vinhetas com versículos bíblicos sobre a Graça que em nós foi derramada abundantemente.
Pensei: perdi o programa do Caio. Que nada! Estava começando ali algo que mudaria minha vida para sempre.
Puxa! Que mensagem! Que lucidez! Que simplicidade! Quanto repúdio a ser o centro daquele grupo de irmãos e quanto desejo de ser tal qual João Batista (importa que Ele cresça e eu desapareça).
Meu irmão: você recebeu porção dobrada (no mínimo) do Espírito para falar e encarnar (eu sei o quanto você crê, visceralmente, nas palavras de nosso Senhor Jesus).
Acho que era seu filho cantando; ou não? Simples, melódica e consistente. Pena que os modismos musicais de nosso tempo enfatizem tanto a conquista, derrubada e apropriação até do que o diabonos “roubou”. Fazer o que? Eu sei! Procurar um lugar onde a palavra não seja falsificada e os corações busquem, sinceramente, a verdade e onde quem prega assim o faça com coragem e discernimento apesar dos falsos irmãos.
Não conheço quem o faça de forma tão profunda como o reverendo. Dói-me o coração em pensar que a “igreja” ocupa-se com tantas fórmulas, métodos e maneiras, quando tudo se resume a amar nosso próximo e a Deus. O que mais acrescentar?
Sei que muitos se escandalizaram com a mensagem de um Deus namorando (mas para quem não lê segundo a letra, nada há mais correto) e arranjaram mais um motivo para o tacharem de liberal, arredio e rebelde. Não são poucos os comentários que ouço a seu respeito falando de coisas que absolutamente não conhecem e nem querem conhecer, visto que os corações se tornaram endurecidos e a Palavra rejeitada… Sim, muitos procuram o ignorar, mas eu sei que sua palavra não tem sido vã. Não são poucos os que tenho encaminhado ao Caminho da Graça a fim de receberem palavras de graça, ou ainda, como tenho indicado seu site, programas televisivos, rádio, etc— e como têm me agradecido por eu oferecer a esperança em meio a tanta desesperança.
É verdade, as flores têm crescido em meio a tantos espinheiros e eu sei que eles não poderão sufocá-la. Minha tristeza (cada vez mais intensa e pessimista) é ver que as comunidades evangélicas preferem não se enxergarem a ter que se converterem (isto para sua própria salvação). Que salvação maior que sermos salvos de nossa presunção, arrogância, ódio, rancor e maledicência suplicando pelo Salvador e Bispo de nossas almas? Mas não, pessoas próximas tentam desencorajar a muitos ou capitalizar apoio contra seu ministério. Parece estranho ouvir, sentir e perceber que a “igreja” não se sente confortável em ouvir falar sobre o amor de Deus (tema de sua mensagem). Ouvi gente falando que esta história de amor é muito fácil, pois ninguém mais “confronta” o pecador apresentando-o ao caminho do inferno. Às vezes a angústia cresce exponencialmente em virtude de ver que alguns dizem Amém para suas palavras e para as do Nabuco…. Penso: “Meu Deus! Ele disse exatamente o inverso?” Perderam o discernimento mais elementar? Não! Seus sentidos embotaram-se e fizeram-se parte daquela rede que, conforme Judas, banqueteiam-se nas festas de amor mas apenas com o fim de agirem tal qual Cão, filho de Noé.
Meu querido, sua palavra é viva e eficaz porque é acompanhada da fé encarnada que lhe alcançou. Sei que digo o trivial, elementar, básico e óbvio mas sei também que, embora não pregue, tenho procurado levar muitos à consciência do Evangelho, principalmente por meio de voz. A “igreja” repudia o amor, pois para ela amor é algo que vem somente de cima para baixo e quase nunca horizontalmente. Estou desencantado com tanta bizarrice e baixeza. Tento até participar de uma comunidade, mas toda vez que lá vou cada um que se apossa do microfone no púlpito parece incorporar outra pessoa e agir de forma estranha, seja via revelação, confrontação ou o ridículo apenas.
Minha esposa ouvia atentamente aquilo que você dizia e parecia degustar cada sílabra pronunciada. Eu vi muitos que sentiam da mesma forma ali no auditório. Que a vida de Cristo cresça em você, sua esposa e filhos e que seus irmãos vejam a bondade e a misericórdia do Pai eternamente.
Seu irmão de caminhada,
HERBERT
_________________________________________
Resposta:
Amigo de Caminho e caminha, Herbert: Graça e Paz!
Quem tocava era Davi, um de meus seis filhos; pois, havia gerado 4, ganhei mais três quando casei com Adriana; e o Senhor levou um deles para Si mesmo; dando-me ainda o privilégio de curtir e cuidar dos seis que me deixou, e com a benção de netos que já estão e que ainda chegarão.
Graças a Deus todos os 7 filhos são do Senhor; todos eles! E mais: também Graças a Deus nenhum deles dá a mínima para o que a “igreja” diz de mim ou de qualquer deles, pois, todos eles, aprenderam desde criança que a “igreja” poderia ter ou não alguma coisa a ver com Jesus, dependendo de como se relacionasse com Ele.
Afinal, sempre ensinei a eles que o único ambiente no qual Deus quer nos encontrar é nos reconditos da verdade no íntimo. Portanto, para eles, o que se diz ou se deixa de dizer, nada significa; posto que eles sempre foram ensinados a crer em Jesus, que é o Evangelho; e nunca no “Evangelho Segundo os Evangélicos”; que é uma coisa muito parecida, por exemplo, com o “Evangelho Segundo o Espiritismo”.
Sim, porque em ambos os “Evangelhos” a salvação é pelas obras; sendo que no “Segundo o Espiritismo” o sujeito tem as chances da reencarnação; e no “Segundo os Evangélicos” não há segundas chances que não sejam conquistadas pelas obras de dor e renuncia dos indivíduos aqui nesta vida; os quais, além disso, também têm que se submeter às indulgências cobradas pela “igreja”, e que são hoje em número muito maior do que as cobradas pela Igreja Católica nos dias da Reforma Protestante.
Portanto, ambas as versões desses “Evangelhos” são segundo Caim no que concerne à salvação pelas obras.
Ora, o que diferencia uma “versão” da outra não é o espírito de “justiça-própria” como salvação (seja a “santarificação evangélica”; seja a “reencarnação espírita”), mas sim o modo como o conceito de “obras” é encarado por ambos os seguimentos.
Para o pessoal do “Evangelho Segundo o Espiritismo”, o sentido de “obras” os remete para a “caridade” feita com bondade e discrição; além, também, de carregar um estímulo ao desenvolvimento do espírito, seja pela via mediúnica, seja pela ação prática do atendimento aos pobres e necessitados. Assim, segundo tal perspectiva, a pessoa é salva pela sua própria bondade. Até os evangélicos dizem tirar o chapéu para os Kardecistas quando se trata de boas obras-boas.
Já para o pessoal que crê no “Evangelho Segundo os Evangélicos”, o conceito de “boas obras” tem a ver com moralidade e comportamento, de um lado; e com coragem de pregar a mensagem da religião evangélica, de outro lado. Em alguns casos, hoje já não tão frequentes quanto no passado já foram, ainda se considera a vida devocional, a leitura bíblia diária, a oração, a ceia, e o batismo, como “meios de graça”; os quais carregam sua boa dose de “boas obras” segundo o espírito da auto-justificação que é conforme a “justiça-própria”, só que nesse caso chamada de “virtude”. Entretanto, como é algo-de-si-para-si-mesmo, acaba por produzir arrogância de “piedade”, o que torna a coisa toda uma peidade.
Assim, para quem é do “Evangelho Segundo os Evangélicos”, Jesus é o Salvador, mas o que garante a salvação mesmo é o próprio homem, e isto pela via moral, pela via legal, pela via devocional, e pela via da capacidade de venda do evangelho para o maior número possível de pessoas; as quais, só serão de fato de Jesus, se frequentarem uma “igreja”, e com assiduidade compatível com a necessidade da “igreja” de promover e aumentar a sua arrecadação; do contrário, a ausência conta contra, e Deus é minucioso quanto a fazer a chamada da lista de presença. Entretanto, para este mesmo seguimento de salvação pelas obras, o que mais vale para Deus como “boa obra” é o dinheiro. Sim, nada comove mais a Deus na fé daqueles que professam o “Evangelho Segundo os Evangélicos” do que o dinheiro. Quanto mais dinheiro se dá para Deus mediante os Seus sacerdotes pastores, bispos, apóstolos, etc… (pelo menos por enquanto…), mais comprometido Deus fica de derramar muito dinheiro para tais pessoas. E quanto mais ricos sejam os seus líderes, mas eles crêem que ficarão também. Para esses tais, só há uma “boa obra” que vale: dar dinheiro a fim de receber mais dinheiro.
Assim, meus filhos sempre souberam que se Jesus estivesse contando as parábolas e histórias do Evangelho hoje, se Ele estivesse numa “igreja evangélica”, a fim de provocá-los como o fez com os fariseus, faria do “espírita”, o Bom Samaritano, na cara de todo “evangélico”.
Infelizmente, em ambos os casos, ambos os grupos estão negando a Cruz de Cristo e a Suficiência Absoluta do que Ele já fez e realizou por nós e por todos os homens. E se se diz que os “católicos” estão perdidos pelas suas idolatrías, e que os “espíritas” estão também pela reencarnação e pela doutrina das “boas obras”; que não dizer então do “evangélicos”? Sim, honestamente!?
Os “evangélicos”, em grande parte, e quase na totalidade de suas lideranças “legitimas”, se tornaram priores que os fariseus, pois, de fato, são os mais sofisticados praticantes do espírito do farisaísmo; só que aqueles eram perversamente moralistas, porém, honestamente perveros. Já os de hoje, são perversos na mesma medida em que são mala-andros. Sim, muito mala-andros!
Sobre Deus estar enamorado quando criou todas as coisas, quero dizer que o Deus que é amor, não faz nada sem amor; pois, sem amor nada se cria; assim como sem ele nada aproveitará, nem para Deus, pois Deus É amor!
Escrevi tudo isto a você porque cri no seu coração e na alegria de sua alma quanto ao Evangelho de Jesus!
Não fique distante. Apareça. Quero abraçar você!
Nele, que é o Evangelho,
Caio