COMO DESCONHECIDO; PORÉM, BEM CONHECIDO…

 

 

 

 

—– Original Message —–
From: COMO DESCONHECIDO; PORÉM, BEM CONHECIDO…
To: [email protected]
Sent: Monday, May 22, 2006 9:06 AM
Subject: Pais Espirituais


Graça e paz Pr. Caio!
 

Agradeço a Deus por um dia poder ter ouvido a mensagem do Evangelho através de ti e ter sido reconduzido à Verdade.
 
Hoje integro uma comunidade evangélica pela qual sinto profundo amor; porém, infelizmente, como é de costume das igrejas cristãs, é assolada pelo farisaísmo. Fala-se muito em graça, mas pouco se vive.
 
Sempre tive em mente que o meu lugar não é “partilhando” de um outro evangelho que não seja o de Cristo. Entretanto, pastor Caio, percebo que aquelas pessoas estão gemendo interiormente nas mãos de gente sem nenhum relacionamento com Deus, que as devoram ao ponto de deixar somente as peles.
 
Sei, portanto, que o Reino de Deus não está circunscrito a essa realidade; e é por isso que tenho permanecido no intuito de, de alguma maneira, fazê-los ver a Luz do Evangelho através do estudo da Palavra.
 
Meu sonho é poder ver as pessoas daquela comunidade livres de todos os pesos e neuroses produzidas pela religião cristã, vivendo a simplicidade do Evangelho e sendo tempero e luz nesse mundo.
 
Um caloroso abraço fraterno!


Em Cristo,


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Resposta:


Meu amigo querido: Graça e Paz!


Sinto alegria de poder ter colaborado com o Evangelho semeando a Palavra em seu coração. Que ela cresça e dê fruto em sua vida!

Sinceramente acho que você deve ficar onde está, até porque, qualquer outro passo, demanda a certeza de que “dentro da igreja evangélica” a pessoa tanto não recebe mais nada do Evangelho, assim como também, para empreender uma ruptura, precisa haver na pessoa a consciência séria de que não se trata de deixar uma “igreja” por outra; posto que o que iniciamos no “Caminho da Graça”, simplesmente não é alternativa aos Evangélicos.

Na realidade, guardando a Palavra da Vida e a melhor herança de sobriedade dos nossos predecessores em Cristo, prosseguimos para o alvo; porém, sem sermos discípulos de nada e de ninguém, mas tão somente do Evangelho, que é Jesus: encarnado e encarnado todo o Verbo da Vida.

Fui evangélico desde a adolescência. Praticamente tudo o que aconteceu nos últimos 30 anos entre os “evangélicos”, me teve presente. Dei meu amor, calor, paixão, ardor, jejuns, pregações, ausências de casa, sacrifícios…; e suportei, angustiado, anos a fio, a loucura de gente que sempre diz que “agora sabe o que é”, mas que, na prática, não está a fim da Palavra.

Hoje, quando você pensar em mim, por favor, não pense num evangélico-protestante, mas apenas num homem sem medo dos homens e em paz com Deus; e que escolheu andar a vereda menos escolhida ainda que sozinho, se for o caso — à caminhar para trás, sempre em nome de algo que “aconteceu”, mas que nunca acontece mais.

Sou apenas um discípulo de Jesus que não teme as consequências de dizer que o “Cristianismo”, apesar de milhares de cristãos “gente boa de Deus”, não tem mais quase nada do reino de Deus nele; posto que o instituição está como a igreja de Sardes: com fama de que vive, porém está morta!

Fico vendo os papos dos evangélicos na internet. Meu Deus! Me dá pânico de ver tanta falta de sinceridade e reverência; e, além disso, me espanta o quão rapidamente a coisa toda ficou inaproveitável.

Hoje já não tenho lágrimas para chorar por tais defuntos!

Nem tampouco tenho vocação necrófila para ficar fazendo cafuné na cabeça desse morto que escolheu ficar na tumba quando Jesus disse “Vem para fora!”

Entretanto, faço como Jesus e Paulo fizeram: se a sinagoga quer ouvir, prego; se fica chocada com a Palavra, sigo a diante…

O machado foi posto por Deus mesmo na raiz da árvore. E não somente aqui no Brasil, mas meus amigos me escrevem de vários lugares do mundo informando que a crise é mundial.

O anjo de Apocalípse 14 vôa pelo meio do céu com “o Evangelho Eterno” para pregar.  É a esse anjo que desejo unir minha voz e minhas forças. Tudo o mais não tem mais sentido e nem razão de ser.

Os dias são tão maus que não dá nem mesmo para “parar e fazer saudações pelo caminho”. A urgência é grande. Mas nem todos sentem e vêem assim. Portanto, uno-me aos milhares que não se curvaram a Baal e com eles caminho confiando apenas na Graça e na direção do Espírito.

E mais: faço isto porque sei que há milhares de pessoas para serem ganhas, e maioria absoluta delas está fora da religião evangélica; e que, acerca dela (da religião evangélica), por tudo o que vêem e ouvem, carregam grande repúdio. É com esses que quero caminhar. É para esses que tenho ainda vida e ânimo a compartilhar.

O que não consigo entender é porque os evangélicos se importam tanto comigo. Qual é o problema deles? Saudades? De quê?

Quanto ao mais, digo eu: ninguém me moleste, pois trago no corpo, na alma e no espírito as marcas que me foram feitas na casa dos meus “irmãos”.

Segui o meu Senhor… E só reclama disso quem não veio. Só que não aprendi a andar para trás a fim de resgatar fariseus, os quais, no Evangelho, Jesus pôs como “irmãos mais velhos” que não entram na festa do Pai; ou como convidados para as “Bodas” que não aceitaram o convite por julgarem que seus próprios negócios valem mais do que o chamado do reino.

Quem quiser me chame de presunçoso. Mas como não têm o poder de me incomodar… não têm mesmo… não querendo me ouvir, esqueçam-me; pois, de mim, nada têm a tirar. O que eu tinha para dar, dei e deu; e o fiz de todo o coração. Ora, é na mesma sinceridade que prossigo no Caminho.

Receba meu amor e minhas orações!


Nele, cuja Palavra carrega urgência,

 

Caio