OBRIGADA! OBRIGADA! OBRIGADA…

—– Original Message —– From: OBRIGADA! OBRIGADA! OBRIGADA… To: [email protected] Sent: Tuesday, September 05, 2006 3:21 AM Subject: Obrigada! Obrigada! Obrigada… Lendo sua resposta “Deus não existe”, cheguei às lágrimas. Suas palavras são poéticas e nos elevam, pensamos em Deus, em Seu amor… Obrigada por ter se erguido! Obrigada por não ter simplesmente “desaparecido”! Somos todos tão ajudados por você. Obrigada a Adriana. Percebemos sua parcela de responsabilidade neste momento da sua vida. Obrigada ao Pai por ter nos presenteado com você. Antes eu o julgava. Pobre de mim. Hoje, depois que leio o site, oro por você e seus queridos. Meu coração se enche de esperança em Deus, pela vida que existe Nele! As pessoas são umas pequenas amostras de quem Ele é. Dr. Norberto Keppe (psicanalista) escreveu um livro sobre o assunto “Terra: planeta ilusório”. Confesso que com minha mente evangélica, não consegui entender e aceitar a princípio o que li: “… ao se privar do Eterno o ser humano caio no tempo e espaço”. Minha reação foi ??????? – o que é isso?? Fui entendendo aos poucos e melhor agora depois de ler sua resposta Obrigada, obrigada, obrigada… Bia ______________________________________________ Resposta: Minha querida Bia: Graça e Paz! “Os céus dos céus não podem conte-Lo. Ele, porém, habita com o quebrantado e contrito de coração” — Profeta Isaías. Ora, como resultado disto, no Universo se tem um testemunho cósmico de Deus, mas, nele, não se tem a experiência do conhecimento de Deus, a menos que se transcenda ao tempo e ao espaço, pela fé, e se mergulhe no Eterno — cuja realidade não cabe no Cosmos, embora caiba totalmente no coração humano; posto que Deus instilou a eternidade no coração dos homens. Quando Jesus disse à Samaritana (Jo 4) que o lugar de adorar a Deus não era nem Jerusalém e nem no Monte Gerezin, mas sim “em espírito e verdade” — Ele mudava o paradigma do entendimento acerca de Deus. Antes de tal afirmação, embora sempre tenha sido como Jesus disse à Samaritana, os humanos praticamente apenas buscavam a Deus no tempo e no espaço — com exceção de alguns que haviam discernido que Deus só poderia ser conhecido no coração. Daí os altares, os templos, santuários, tabernáculos, tendas de culto, montes santos, rios sagrados, etc. “Deus é espírito” — disse Jesus. E, com isto, afirmava que o conhecimento de Deus só se dá quando a pessoa já não relaciona Deus a lugares divinos ou a expressões espaços-temporais. No tempo e no espaço eu existo. Porém, só terei vida se dentro do condicionamento espaço-temporal, pela fé, eu transcender a tais limites; crendo que o meu coração carrega a eternidade; e, portanto, é “maior” que o Cosmos — pois no coração Deus habita, mas no Cosmos Ele não cabe. O Cosmos “não o pode conter”, disse Isaías. Obrigado também a você por todo o seu carinho por mim e minha casa. Graças a Deus todos estão bem. A Adriana, sem dúvida, tem sido fundamental. Sim, em tudo! Entretanto, como você disse, ela tem grande parcela de responsabilidade nas muitas coisas boas que têm me acontecido na Graça de Deus — pelo amor, pelo respeito, pela alegria, pela vontade, e pela convicção acerca dos planos de Deus para comigo, ela é fundamental; ou melhor: essencial. Já disse aqui no site que a encontrei em sonhos, antes de conhecê-la. Ela e a família me conheciam há mais de duas décadas antes de nos encontrarmos. Eu já era conhecido da mãe dela, mas nunca havia sido apresentado a ela. Até o lançamento de meu livro “Nephilim”… Quando a vi, foi como se a tivesse conhecido desde sempre. Dez dias depois estávamos mais do que juntos; e nunca mais tive qualquer possibilidade de não viver com ela; pois a amei. Foi ela quem diminuiu meus prazos para voltar a fazer qualquer coisa. Dizia sempre que a história ainda nem havia começado. E me demandava, com todo amor, respeito e carinho — uma atitude de esperança em relação a tudo. Sim, quando nos encontramos, eu era só ferida. Mas ela tratou de minhas machucaduras. Com todo amor e reverência para com a minha alma e suas dores ela fez todas as coisas. Adriana é mulher bela e sábia! Sempre que eu dizia que não queria mais pregar, que as pessoas não queriam o Evangelho, mas apenas a sua falsificação religiosa — ela dizia: “… mas eles ainda vão ouvir o Evangelho. Você tem que crer nisso. Nem começou ainda”. Quando iniciei o Café com Graça, em Copacabana, foi por total insistência dela, seguida pela de meu pai. No meio de tantas angustias e aflições que pareciam que nunca mais cessariam, o que dela tive o tempo todo foi amor e muito carinho. Sabedoria e alegria, porém, foram os maiores tesouros que ela trouxe. Ela é alegre. E a alegria dela me forçou a deixar as minhas dores. E a sabedoria dela não é estereotipada. Por isto, nem sempre, na chegada se percebe. Afinal, na cabeça da maioria, beleza e sabedoria não andam juntos. A vida dela, todavia, desmonta tal falsa impressão. Quanto ao mais, creia: eu já estava tão cansado de tudo que, sinceramente, tudo o que me vinha à mente era que, além de escrever, eu me disporia, quem sabe, a servir a Deus longe daqui — quem sabe na África, porém, jamais no Brasil. Mas a Adriana, sem jamais contraditar nada — ao contrário: dispondo-se a ir comigo para qualquer lugar da Terra — começou a pedir que eu pregasse na “Igreja da Urca”, na qual ela já servia como pastora-ajudadora da Silvia (fundadora da igreja com seu marido, Curcio) há mais de 16 anos. Comecei a ir. Ainda não havia o Café com Graça. E, com os meses, fui sentindo grande alegria em pregar a Palavra para aquele doce e amigo grupo de irmãos. Eles foram fundamentais para alegrar a minha alma. Sim! Eu tenho consciência do significado que minha mulher teve e tem em minha vida, tanto como companheira, mas também como uma “filha no Evangelho”, e que creu com maturidade na Palavra, e nunca se chocou com nada. Antes, sempre creu que tudo aquilo era parte de algo muito melhor. Ela sempre me dizia, quando as coisas apertavam horrivelmente, o seguinte: “Graças a Deus você foi salvo daquele negócio. Essa tragédia foi pura Graça. Você vai servir a Deus com muito mais liberdade. É uma pena (mas é plano de Deus!) que o Evangelho pareça ter que ser melhor anunciado diante da relativização do mensageiro. Mas há um propósito de Deus nisso. Antes você e a mensagem se confundiam. E tinha gente que olhava tanto pra você que não ouvia a Palavra. Agora, quem ouvir você, já não verá você, mas discernirá a Palavra. Tudo será muito mais profundo”. Hoje, apesar das dores, apesar do Lukinhas já não estar aqui, e de eu viver marejado de saudades dele, quase não acredito quando vejo tanta bondade de Deus para comigo. Sim, é inacreditável quando olho e vejo todos à volta de minha mesa. Todos. A mãe de meus filhos, meus filhos, neta (mais um chega em poucos dias) e os filhos de Adriana — hoje também meus filhos e irmão dos filhos que gerei. Assim, querida Bia, obrigado também a você e obrigado a todos os que sentem como você! Receba meu carinho e o de Adriana! Nele, em Quem se tem homens e mulheres como dons da Graça, Caio