CAIO, A VERDADE ME LIBERTOU!

 

 

 

 

 

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From: CAIO, A VERDADE ME LIBERTOU!

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Sent: Wednesday, February 28, 2007 5:17 AM

Subject: CAIO, A VERDADE ME LIBERTOU!

 

Amado em Deus e amigo Caio!

Aceitei a Jesus Cristo como Salvador aos meus dezoito anos de idade, 27 anos
atrás.

Porém só fui confrontado com a VERDADE a partir do momento em que eu te conheci.

Não sou um homem fácil de dobrar. Não me lembro de ter me vergado diante de alguém ou diante de argumentos. O máximo que eu já fiz foi me calar, por ter diante de mim alguém que presumia ter autoridade sobre mim ou por alguém tão simples que não adiantava quaisquer argumentos.

Porém, dentro da minha alma, nada me subjugava.

As mentiras evangélicas que eu ouvia foram me tornando cinicamente hipócrita, pois é absolutamente fácil atender às demandas de injunções de ordem moral e ética, onde a presumível santidade acontece é do lado de fora, aonde se vive apenas para mostrar ao outro que se é santo, posto que a santidade é medida pela aparência exterior, visto que o que é interior ninguém jamais pode alcançar, senão Deus.

Assim fui me submetendo, gradualmente, a esse evangelho de aparências para agradar à elite espiritual esnobe e soberba, enquanto eu me situava entre os tais, porém, dentro de mim, eu via toda uma decadência espiritual por causa da sensualidade que ia se instalando na minha alma.

Como ninguém sabia, tendo em vista que a minha santidade era exterior, apenas eu era o hospedeiro dessa mentira bruta que, embora consciente dela, rejeitando-a com todas as forças dentro em mim, todavia, não conseguia me ver livre dela. Ninguém sabia, mas eu sabia.

Me vi refém de mim mesmo e das mentiras que eu adotei na minha alma como folclore de um carnaval evangélico.

Eu não tinha referência, me julgava o “tal” e coitado de quem tentasse discutir comigo.

Você, Caio, foi o único cara que teve CORAGEM de me falar a VERDADE.

E, contigo, não houve queda de braço, pois a VERDADE é algo que ou você aceita ou rejeita.

Não se trata de discussões, de fábulas profanas e de velhas caducas, onde qualquer pessoa com um razoável nível de cultura e algum tônus de inteligência consegue vergar o outro pelo argumento, baseando-se na Bíblia, que é muito fácil de decorar.

Mas contigo não foi assim. Você NÃO me falou de Bíblia. Você NÃO me falou de doutrinas. Você me falou a VERDADE nua e crua, CARA-A-CARA, olhos nos olhos, e a VERDADE me reduziu a pó.

Você sabe disso! Você sabe do que eu estou falando!

Você não se assentou na cadeira de Moisés, aonde se assentam os escribas e os fariseus, para se colocar acima de mim.

Você foi exemplo para mim, porque o que você diz, você faz! E você sabe do que eu estou falando!

Você nunca atou fardos pesados e difíceis de carregar e os pôs sobre os meus ombros; entretanto, você mesmo tratou de remover os que sobre mim estavam.

Você sabe disso!

Eu nunca te vi praticar quaisquer obras com o fim de serem vistas pelos homens; nunca te vi alargar os filactérios e alongar as franjas das tuas vestes para se parecer mais santo do que alguém. Muito pelo contrário, o que já ouvi de você, de pessoas que te olharam antes de eu te conhecer, é que você mais se parecia com um “bicho-grilo” do que com um pastor.

Eu nunca te vi amar o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas igrejas, bem como  as saudações nas praças e o ser chamado “mestre” pelos homens.

O que eu ouço de ti é que um só é nosso Mestre, e que nós todos somos irmãos.

Nunca você me tratou por filho, mas por amigo; porque só um é o nosso Pai, aquele que está nos céus.

Quando um dia eu te chamei de meu guia, você me respondeu que um só é o nosso Guia, o Cristo.

Assim eu fui servido por você.

Embora você nunca se exaltou diante de mim; a VERDADE ia se exaltando no meu coração.

Caio, você abre o reino dos céus diante dos homens; posto que ali você já está, e deixa a todos entrar os que estão entrando!

Nunca te vi devorar as casas das viúvas, muito pelo contrário. A sua presença é tão discreta quanto a sua oração!

Nunca te vi rodear o mar e a terra no intuito de fazer um novo convertido; e, mesmo assim, você tem tornado a todos refém do Amor duas vezes ainda mais do que você mesmo!

Nunca te vi jurar pelo santuário, ou pelo outro, ou pelo altar. A isso é fácil tergiversar. Antes, a palavra que sai da sua boca é SIM ou NÃO;
VERDADE; e ela ilumina a todos os olhos, pois você não faz menor o Altar que santifica a oferta. Você não faz menor a VERDADE que nos liberta.

Você jamais cobrou qualquer dízimo da minha existência, porém abundou da sua alma para comigo com toda a justiça justa, com a misericórdia verdadeira e a com fé de que Deus seria responsável por me mostrar todas as coisas.

Você, Caio, fez vomitar da minha alma um camelo que me matava de indigestão e engoliu todos os mosquitos que sujavam apenas a minha aparência exterior sem me causar dano algum.

Apenas o lavar pela VERDADE foi suficiente para que esses mosquitos não encontrassem mais alimento na minha alma apodrecida pelo “evangelho evangélico” ao invés de curada pelo Evangelho Verdade e Vida.

Você nem se importou com o exterior do meu prato, mas toda a rapina e intemperança que havia dentro de mim você lavou com palha de aço.

A única coisa que você nunca transigiu comigo foi a hipocrisia da iniqüidade interior, pois você não fala com sepulcros cheios de ossos de mortos (você sabe do que eu digo!) e de toda a imundícia!

Você quebrou os sepulcros dos falsos profetas que havia em mim, tirou os “adornos” desses túmulos que habitavam a minha alma, para que eu me visse livre dos dias dos meus pais, para que eu não fosse mais cúmplice daquilo que fora morto em mim e, assim, você me esvaziou da medida dos meus pais!

Te pergunto, meu irmão!

Como você escapará do Amor de Cristo?

De quem não precisou se vergar diante de você, pois você nunca tentou prevalecer contra mim, mas que foi moído pela verdade que saiu da sua boca, meu amigo e irmão na VERDADE.

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Meu mano e meu amigo no amor de Deus e na Graça do Evangelho: Beijos de Graça e Verdade e Paz!

 

 

Meu amigo,

 

A Palavra é que julga a mim, a você e ao mundo!

 

E bem-aventurado somos se a ela nos sujeitarmos!

 

A diferença entre um fariseu e um santo de Deus é esta: o primeiro não se enxerga, embora ande cheio de rapina. Já o segundo chama cada mosquito de camelo em si mesmo (e nunca nos outros); e chora o que enxerga em si (e não nos outros); e limpa os olhos quanto ao que poderia ver nos outros; pois, para ele, o santo, o outro é apenas objeto de amor (que cobre multidão de pecados); e nunca um objeto de estudo, como é o caso do olhar do fariseu, que busca no outro apenas justificação para seu próprio pecado. Pois o fariseu sempre quer ser melhor do que o que pior. Assim, ele se satisfaz com o que mata!

 

Você, quanto mais pensa que não é, mais se torna. Outros pensam que são, e se perdem. Este é o Paradoxo da Graça!

 

Todo o bem que lhe possa ter vindo, veio de Jesus a você. Eu sou apenas um ser que enquanto prega, é pregado pela mesma verdade; a qual, se liberta lá, tem que libertar aqui; em meu ser; e não somente no seu.

 

E esse trabalho de Deus em mim, em você e em todos nós, só terminará quando nos tornarmos semelhantes a Ele; e quando o virmos como Ele é.

 

Hoje tudo é em parte. Tudo em nós é pura relatividade.

 

Graças ao Pai o amor que nos salva é Absoluto; pois, é de Deus por todos nós!

 

Louvo o Espírito de Deus, que é o Espírito da Verdade, pelo Seu trabalho em nós.

 

E saiba: se tenho algum discernimento das mazelas humanas, isto vem do discernimento delas em mim; e não nos outros.

 

“Fiel é a Palavra, e digna de toda aceitação — que Cristo Jesus veio ao mundo salvar os pecadores dos quais eu”, Caio, “sou o principal.”

 

Espero que você não se importe. Mas, nesse quesito de pecado e graça de perdão eu não abro mão do primeiro lugar! Eu sou o principal pecador e o maior perdoado de todos os homens!

 

Com todo amor, e com gratidão Àquele que nos fala,

 

 

Caio

 

2/03/07

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