CARTA AO SENADO DO BRASIL

 

 

 

 

   

CARTA AO SENADO DO BRASIL

 

 

 

Excelentíssimos Senhores Senadores da Republica Federativa do Brasil,

 

 

 

Conheço a muitos dos senhores pessoalmente, e, de alguns, me sinto amigo. A maioria entretanto conheço apenas como figuras públicas. Sei também que muitos dos senhores que não me conhecem pessoalmente, conhecem-me mais do que como uma imagem na multidão.

 

Não interessado com o que qualquer dos Excelentíssimos Senhores pensem ou não de mim, e dês-vestido de qualquer sentido de auto-preservação, desejo apenas lembrar-lhes, como cidadão do Brasil e filho da Terra, o seguinte:

 

 

1.                  Que os Excelentíssimos Senhores estão Senadores num período crítico da História Humana. Portanto, os Senhores devem saber que o exercício do Senado no Brasil, os faz, para além disso, também Senadores do mundo; posto que o exercício do Senado aqui, numa era de implicações globais, incide sobre o que acontece no resto do Planeta por um fenômeno de total impossibilidade de que seja diferente.

 

2.                  Que os Excelentíssimos Senhores saibam com o coração que ao não serem rápidos, ao não exercerem o mandato de hoje como se fosse o único, ao não darem prioridade ao que é real, ao adiarem decisões, e ao escolherem muitas vezes os temas de “repercussão”, ou de interesse “político”; e não ao que é essencialmente importante — fazem aumentar os males que incidem na vida de milhões de pessoas aqui, tendo também sua incidência de modo global, pela simples omissão ou procrastinação que se conecta de modo sistêmico sobre a Terra.

 

 

3.                  Que os Excelentíssimos Senhores se dêem conta de que os dias que nos aguardam na Terra não se mostram alvissareiros do ponto das predições cientificas, as quais carregam fisionomia de natureza Apocalíptica. Assim, caso não se trabalhe de modo urgentíssimo na perspectiva de minorar os males de hoje e os que ainda virão, chegará a hora em que nada mais se poderá fazer. Portanto, não há mais nem um dia a ser perdido Excelentíssimos Senhores.      

 

4.                  Que os Excelentíssimos Senhores creiam que o que lhes pesa nos ombros, pela decisão que tomaram de exercerem autoridade em nome do povo brasileiro, é de imensa e incomparável importância em relação a qualquer outro momento da História do Senado no Brasil; e isto, mais do que tudo, por estarmos todos vivos no mesmo Planeta; e ele, o Planeta, sem dúvida alguma, existe nas circunstancias e perspectivas futuras as mais calamitosas.

 

 

5.                  Que os Excelentíssimos Senhores lembrem que são os Senadores da Era do Efeito Estufa; do desgelo polar; das mais sérias alterações climáticas; da elevação do nível do mar; do compartilhamento de informação instantânea; das organizações terroristas que recrutam via Internet; das fusões de organizações criminosas (marginais ou não) que ao se unirem tornam difusa a sua percepção; de mudança radical do problema da Amazônia, a qual, mesmo que hoje cessassem as “queimadas”, já está ameaçada pelas mudanças climáticas globais; e, sobretudo, que os Excelentíssimos Senhores recordem-se que são os depositários dos cuidados de todos os cidadãos brasileiros, os quais, tendo ou não discernimento, esperam que a sabedoria dos Excelentíssimos Senhores seja superior a deles; e que, portanto, exerçam seus mandatos como guardiões do nosso povo, e com olhos maiores, e que vêem a gravidade da hora global que vivemos.     

 

 

Assim, com toda humildade, peço que orem a Deus; e que busquem em seus corações a força necessária para agirem como homens de verdade e da verdade, nestes dias de natureza apocalíptica.

 

Por favor, recebam esta minha carta com todo o respeito que ela carrega; ao mesmo tempo em que afirmo que por ela deixo claro que me ofereço aos juízos mais variados, mas que nenhum deles me é tão importante quanto o peso do anuncio da verdade-realidade. E não creio que nenhum dos Excelentíssimos Senhores possa em bom senso dizer que não lhes trago um apelo da mais visceral realidade.

 

 

Nele, que é o Único Senhor de Vivos e Mortos, e que julgará a pequenos e grandes, tanto ao que serve como também ao que exerce o poder,

 

 

 

Caio Fábio D’Araújo Filho

 

21/03/07

Lago Norte

Brasília

 

 

Esta carta foi enviada a todos os Senadores do Brasil.