ENGANADO PELO CABELO E A BARBA

 

 

 

 

 

—– Original Message —–

From: ENGANADO PELO CABELO E A BARBA

To: [email protected]

Sent: Thursday, March 22, 2007 9:00 AM

Subject: OBRIGADO

 

 

QUERIDO PASTOR CAIO FABIO,

 

QUEM FALA É UM IRMÃO EM CRISTO QUE PASSOU ANOS ATORMENTADO POR ESSES LOUCOS RELIGIOSOS.

 

“EVANGELICOS” QUE NÃO CONHECEM O EVANGELHO, E ACABAM TIRANDO E BENIFÍCIO SIMPLES DO EVANGELHO, E NOS ENCHENDO DE LOUCURAS…

 

TENHO 31 ANOS. E MAIS OU MENOS UNS 10 DE CONVERTIDO, ACHO EU; POIS , PERCEBI QUE ESSES ANOS FUI ENGANADO… MAS TAMBÉM ACEITEI SER ENGANADO.

 

MAS GRAÇAS A DEUS O ENGANO CAIU!

 

MEU SER JÁ NÃO AGUENTAVA MAIS ESSAS LOUCURAS…

 

GOSTARIA DE TER RESPOSTAS SIMPLES E LIBERTADORAS, MAS PARA ONDE ÍA SÓ ENCONTRAVA RELIGIOSOS, DONOS DA VERDADE…

 

SEM QUERER ENTREI NO SEU SITE, POIS COMECEI A FAZER UMA PESQUISA SOBRE ALGUNS ASSUNTOS RELIGIOSOS NA INTERNET.

 

LEMBREI-ME DO SEU NOME, DIGITEI E O ENCONTREI…

 

CONFESSO, MEU QUERIDO PASTOR, TE JULGUEI… QUANDO TE VI ALI… PRINCIPALMENTE COM ESSA APARENCIA , BARBUDO, CABELOS COMPRIDOS… — DEPOIS DE TODO AQUELE ESCANDALO, SEPARAÇÃO… !

 

ENTÃO PENSEI COMO UM FARISEU: “O QUE ELE ESTÁ FAZENDO AQUI? NÃO É O SEU LUGAR. NÃO VOU PERDER O MEU TEMPO.”

 

MAS ME LEMBREI QUANDO O SENHOR PASTOREAVA PELA TV E ASSISTI ALGUNS PROGRAMAS E FUI ABENÇOADO.

 

RESOLVI ENTRAR UM POUCO NO SITE, E FUI ABENÇOADO, LIVRE, LIBERTO, E CONTINUO SENDO ABENÇOADO.

 

PERDOE-ME QUERIDO PASTOR. E MUITO OBRIGADO POR SER O HOMEM QUE É E TEM ABENÇOADO MUITAS VIDAS, COMO A MINHA.

 

JA LI O “SEM BARGANHAS” E “O ENIGMA DA GRAÇA”. FOI TREMENDO NA MINHA VIDA.

 

OGRIGADO POR TER ME MOSTRADO O QUE EU ESTAVA PROCURANDO Há TANTO TEMPO E NÃO TINHA ENCONTRADO. MAS HOJE EU ENCONTREI ATRAVÉS DA TUA VIDA COMO HOMEM.

 

OBRIGADO POR ME APRESENTAR AS BOAS NOVAS COMO ELAS SÃO VERDADEIRAMENTE, E DE UMA MANEIRA LIBERTADORA PARA O MEU SER.

 

 

QUE DEUS LHE ABENÇOE CAIO FABIO, ESTOU COM VOCÊ.

 

CADA DIA QUE PASSA ME ALEGRO MAIS E MAIS .

 

 

22/03/007

 

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Resposta:

 

 

Meu querido irmão: Graça e Paz!

 

 

Sempre fui perguntado pelo meu cabelo, e, depois dos 16 -17 anos, pela minha barba também.

 

Quando era menino, meu pai decidiu deixar meus cabelos crescerem. Naquele tempo tinha a ver com uma vaidade dele em relação os poetas, como Castro Alves.

 

Depois o “reco” da minha mãe venceu. E os piolhos da escola também. Raspado.

 

Mas depois dos 13 anos deixei crescer direto. Aparava as pontas.

 

Entre 70 e 73 não aparei nem mesmo as pontas.

 

Depois de convertido dei uma diminuída nele por causa dos crentes. Mas em compensação, deixei a barba ficar bem longa.

 

Depois, em 1975, para casar, tirei tudo: cabelo e barba. Porém, em 1977 em Israel eu estava com a cara de um rabino ortodoxo.

 

Muitas foram as ocasiões, naquele período, em que eu pregava numa igreja mais “avivada”, ou “renovada”, ou mesmo “pentecostal” — e, ao final, aparecia sempre um crente mais crente do que Jesus e os apóstolos, e me dizia: “Meu Deus! Que unção! Imagine só se você cumprisse toda a vontade de Deus e tirasse essa barba e baixasse esse cabelo?!

 

Você não imagina o que eu já ouvi! Barbaridades!

 

Entretanto, eles acabaram me engolindo com barba, cabelo e tudo…

 

Todavia, sempre havia algum brucutu querendo perguntar sobre o significado daquilo (queriam pelo menos um simbolismo), ou dizer que sem aquilo eu ficaria “mais jovem”, etc.

 

E olhe que eu nunca disse o que acho da aparência e do modo de ser e de se apresentar de ninguém! Se eu dissesse, talvez a maioria não suportasse. Mas eu tive, e, por vezes, ainda tenho que ouvir alguma observação do gênero.

 

No passado eu me irritava com a falta de respeito e de discrição das pessoas, mas hoje eu me divirto quando aparece algum candidato a ser meu costureiro ou gerente de imagem.

 

Durante anos eu vestia apenas e somente o que me davam de presente. No início foi um sacrifício, pois, eu tinha gosto bem definido. Mas fiz daquilo uma espécie de “voto de santificação”. Coisas da infância da fé.

 

Depois de uns anos, eu mesmo voltei a escolher as minhas roupas. Uma vez no ano eu parava uma tarde e comprava umas poucas coisas que eu sabia que gostaria, e que não teria que “me negar” a fim de poder vestir a tal roupa.

 

De mil novecentos e alguma coisa em diante eu voltei a querer perder peso e me vestir por mim mesmo, além de gradualmente ir voltando a assumir que eu achava bonito o que eu achava bonito, e feio o que eu achava feio.

 

Mas foi de dezembro de 1988 em diante que decidi que eu seria por fora como eu sempre fui e me senti por dentro. E que quem não gostasse, que se sacudisse.

 

Então, num rito muito pessoal, e cumprindo as imagens de alguns sonhos que eu tivera nos anos anteriores, eu raspei a minha própria cabeça. E a mantive assim por um ano. Até que conheci a Adriana e ela me pediu para deixar crescer outra vez.

 

De junho de 2000 para cá eu só aparei as pontas do cabelo, sempre que fica grande demais. Com a barba eu faço o mesmo.

 

E por que digo isto?

 

Ora, digo como uma parábola para você!

 

Sim! Porque você estava cansado de ser enganado, procurava algo que você sabia ser o Evangelho, mas não achava. Porém, ao achar, um cabelo, uma barba, e uma imagem, associados ao seu próprio preconceito moral e espiritual acerca de mim, em razão do que você chamou de “todo aquele escândalo” (divórcio) — por pouco você não se auto-impediu de ter acesso a algo que de saída você já ia desprezando…

 

Pois, o Senhor não vê como o homem vê. Pois, o homem vê o exterior, o Senhor porém vê o coração!

 

Todavia, mesmo sendo humanos cegos, sempre que a gente vê o interior, pela sinceridade, pelo convívio e pela troca de confianças, logo a aparência dá lugar ao que é maior, no coração. E, daí em diante, já não se vê mais o que antes era só o que se enxergava.

 

Meu pai usa muletas desde a infância. Eu nasci vendo-o de muletas, de tal modo que eu não as via como tais; ou seja: como muletas.

 

Ele era tão mais amplo e normal que a maioria disparada dos pais que eu conhecia, que as muletas, para mim, eram uns extensores.

 

Foi somente quando uns meninos de Copacabana me disseram de modo pejorativo que meu pai usava muletas, que eu as vi pela primeira vez como tais.

 

E por quê?

 

Porque tudo está no olhar. No olhar do coração!

 

O processo todo que você está vivendo agora é o da descoberta do coração como Único Lugar de Deus na existência de alguém.

 

Esta é a revolução. Este é o desafio. Esta é a oportunidade de ganhar uma alma e um espírito!

 

Como um dia disse Jacques Ellul, “a Palavra está esmagada pela Imagem”.

 

A genuína conversão só acontece quando a Palavra esmaga a Imagem em nós!    

 

E é neste caminho que você está começando a andar. Mas este é o caminho, ande nele.

 

Num outro e-mail você me pede um lugar pra se reunir em sua cidade. Minha proposta é outra: escreva para [email protected] e pergunte como você pode entrar no grupo do Paltalk, do Caminho da Graça; e, a partir de lá, descobrir qual é o melhor caminho pra você; pois, lá, você encontrará gente de sua região.

 

Um grande beijo!

 

E fique firme no Evangelho!

 

 

Nele, que olha com chama de fogo o nosso coração,

 

 

 

Caio

 

22/03/07

Lago Norte

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