GRAÇA – GELOL II

 

 

 

 

 

—– Original Message —–

From: GRAÇAGELOL II

To: [email protected]

Sent: Thursday, May 17, 2007 5:33 AM

Subject: APENAS UMA SAUDAÇÃO

 

Irmão Caio,


Acabei de ler no sitio a palavra “Os machucados dos filhos da graça-gelol”.


De uns dias pra cá temos percebido (falo por mim) o quanto você tem pregado a respeito de tal assunto.  .

 

Estou te escrevendo para ser mais um critico seu, como milhares neste país? Não! Muito pelo contrario.

 

Tenho acompanhado no Caminho da Graça e aqui no site suas ultimas pregações / textos — e tudo que se tem pregado é pura verdade (como é desde o principio).


Eu sou copia fiel deste crente safado descrito em suas pregações / textos.

 

Por muito tempo me doei de corpo e alma a um “evangelho” mentiroso e ladrão. Contribuí por muitos anos financeiramente, e com meu tempo, para enriquecer lobos em forma de “pastorzinho”.

 

Conheci o site www.caiofabio.com e creia — fui liberto de muitas coisas.

 

 

Tenho freqüentado o Caminho da Graça desde o encontro da Irmandade Virtual em São Paulo, até hoje aqui em Brasília.

 

Mas infelizmente, até agora tenho sido apenas um glutão da Palavra e um “dizimista quase-fiel”.


Fiquei triste quando seu programa saiu da TV no ano passado. O que fiz?

 
Continuei gastando uma parte do  meu salário naquilo que não é pão, e nunca contribuí para que o programa voltasse e também para continuidade do site (este último é para mim motivo de muitas alegrias).


Após ler seu texto hoje pela manhã (Os Machucados filhos da Graça-gelol), não consigo nem trabalhar…

 

Minha alma entristeceu-se… Estou me sentido um filho desnaturado. Aquilo que cobro de meus filhos para com a vida, não tenho sido como filho de Deus na continuidade da pregação do verdadeiro evangelho de Cristo aqui na terra. Ou seja: comprometido, responsável, homem, ético, etc.


Aqui em Brasília muito se fala que as igrejas são frias e que os crentes “são assim mesmo”. Mas isso é retórica do inferno. Isso também tem que ser dês-construído; e suas ultimas pregações têm doído no lombo, mas mudado a consciência (pelo menos a minha). E tenha certeza, elas têm contribuído para essa mudança. Tua ultimas atitudes mostram mais uma vez que teu compromisso é com o evangelho e não com os homens.


Mas toda essa minha “letra” não vai passar de falácia, cinismo virtual, puxamento de saco (nem eu e muito menos você precisamos disso), espiritualidade de canalha, se tudo não for transformado em atitudes de oração por esse evangelho que tem sido pregado aqui em Brasília e no Brasil. É preciso transformar isso em contribuição financeira séria, e para além daquilo que se imagina que seja a “obrigação” do mês.

 

Com você não vou me comprometer. Vou me comprometer com Deus, pois, Ele sabe tudo em mim e Dele minha consciência não pode se ausentar; e além do mais, somente Ele sabe meus limites.

Um beijo carinhoso pra você.

Como diz você:


Nele, que quando nos permite cair é porque nos ajudará a levantar sempre,


Nonato

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Resposta:

 

 

Meu mano Nonato: Graça e Paz!

 

 

 

Quando vejo jovens sendo recrutados pelo terrorismo islâmico para darem a vida pela causa do ódio; e os vejo indo; e indo em busca de glórias aqui e recompensas no Jardim de Alá, com suas virgens divinas a espera dos fiéis — e comparo isso com o tipo de gente que diz professar a fé em Jesus, sinto que mesmo levando em consideração a missão nefasta e diabólica na qual os aludidos islâmicos fanáticos se engajam, ainda assim, do ponto de vista puro e simples do significado do que seja compromisso, tenho que admitir que eles estão adiante de todo e qualquer outro grupo militante da Terra.

 

Saudade tenho eu do tempo antigo, quando o grande privilegio de se trabalhar no Evangelho, lado a lado com Jesus, era simplesmente o privilegio de um dia o havermos conhecido em amor e fé.

 

Eu não entendo nada. Mas entrego a Deus. Todavia, me pergunto: Por que essa gente? Não há tantos outros tão mais generosos e dispostos?

 

Entretanto, o que vejo é um povinho sem memória, sem têmpera, sem raça, sem caráter, sem perseverança, sem generosidade, sem alegrias puras, sem solidariedade contínua, sem paixão real pelo que confessa como fé para vida e para a morte; e, além disso, sem inteligência na confissão da causa que defende ou apregoa — e passa o tempo todo discutindo (escrevendo em blogs, em okuts, em sites, em e-mails, em grupos virtuais, em salas de bate-papo, em “igrejas”, em “grupos”, em “Estações”, em “cafés”, etc.), sem, contudo, mobilizarem-se para nada que não seja “PEPASSE POR FAVOR”; ou então aquele chato “LEIA: IMPERDÍVEL”. E assim fazem como se estivessem mudando o mundo sem fazer nada. E é o que todos sentem enquanto “repassam” esses informes de salvação que a ninguém salvam, mas que dão ao “repassador” a impressão de que contribuiu (sem ter que fazer nada) para uma grande causa.

 

O que se quer que eu diga?

 

Que o Evangelho não vale o nosso amor, a nossa entrega, a nossa primazia, o nosso maior interesse, o nosso melhor investimento, as nossas melhores energias, a nossa mais aguda inteligência, os nossos melhores pensamentos, os nossos planos mais belos, os nossos desejos mais proféticos, a nossa disposição mais apaixonada e a nossa devoção mais intensa?    

 

O que se quer que eu diga?

 

Que a Lei é que quem nos abriga a contribuir, em razão das maldições; que Deus se vingará de todo aquele que não ajudar a divulgar a Sua Santa Causa; que irá para o inferno todo aquele que tendo sabido não ajudou a informar outros; que se não metermos a mão no bolso Deus também não tirará nada de Seu Santo Bolso em nosso favor; que o mundo está acabando, e, por tal razão, o melhor e mais seguro investimento é numa mansão na Nova Jerusalém, a qual é guardada lá conforme a proporção do nosso investimento aqui?

 

É isso? Só ajudam se forem enganados?

 

Em tal caso esta é a afirmaçãoConfesse que o amor de Cristo não tem poder algum sobre sua vida, a qual só é movida por medo, lei, pavor e pânico!

 

Ora, para além disso ainda existem as mesquinharias mais básicas e infames no processo…

 

Sim! Quase ninguém ama a Jesus. O que amam é a “glória da purpurina divina” sobre as suas cabeças!

 

Ah! Meu Deus! Nós somos indesculpáveis!

 

E com tantas facilidades! Sim, com tanta possibilidade de fazer a mensagem viajar de modo cada vez mais rápido e simples!

 

E mais: ninguém teria que se matar para que isso acontecesse. Teríamos apenas que nos dispor a viver com mais densidade, gravidade, consciência e eternidade no olhar.

 

Quem foi o maior doador de Paulo?

 

Os da Macedônia? Os ricos que o ajudaram? Ah! Não! Ninguém ajudou a Paulo em nada, pois até naquilo que ajudavam, era uma contribuição infinitamente mínima perto da própria contribuição que Paulo, em si mesmo, era ao que fazia (sem ele se faria?); e da contribuição que o dom dele era na vida de todos aqueles que o ajudavam.

 

É por isto que Paulo ordena a Filemon que receba Onésimo, posto que Filemon devia a Paulo a própria vida!

 

Ou na minha vida? Quem foi meu maior contribuinte?

 

Eu tive muitos e vários, por anos e anos a fio… Todos se foram com o meu divórcio há quase 10 anos. Mas foram eles os meus maiores contribuintes? Deram-me alguma coisa? A mim nunca deram nada. Prova disso é que aquilo que eu fazia era grande, mas minha vida sempre foi simples; e a maior certeza disso é que hoje não possuo nada.

 

Meu maior contribuinte, disparado, sempre fui eu. Eu ia, fazia, pregava, escrevia, falava, reunia, orava, corria, me dava, sonhava, realizava, e doava tudo o que ganhava à causa que em nome de Jesus, e historicamente fundada sobre os dons da Graça sobre mim, eu me dedicava de corpo e alma; a qual sempre foi uma só: a pregação, o ensino e a divulgação do Evangelho a toda criatura. E nunca me auto-remunerei. Tenho centenas e centenas de testemunhas de cada afirmação que aqui faço.

 

Assim, é com autoridade no Evangelho, na vida e no Espírito Santo, que digo aos Machucados Filhos da Graça-Gelol que é hora de pararem de usar a Graça como creme anestésico contra “acidente religioso”; e que é tempo de pararem de usar a Graça como desculpa para o infindável retiro no amor Disneylandiano de Deus; e arregaçarem as mangas, pois, todo aquele que tendo posto a mão no arado, olha para trás, não é digno de confessar o reino de Deus sobre a sua vida.

 

E saiba:

 

Contribuía com todo o seu coração, com todo amor, pois o amor nos torna autênticos para Deus, além de que nos livra de toda motivação errada no contribuir.

 

 

Receba meu beijão!

 

 

Nele, que sendo rico se fez pobre para nos fazer ricos de Graça,

 

 

 

Caio

 

15/05/07

Lago Norte

Brasília