DESAPRENDENDO A NAMORAR…

 

 

 

 

 

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From: DESAPRENDENDO A NAMORAR…

To: [email protected]

Sent: Tuesday, June 12, 2007 10:59 AM

Subject: Namorar ou Ficar … sob o Cântico dos Cânticos.

 

 

Caio, meu amigo,

 

Lúcido, oportuno e (totalmente) conforme o evangelho-histórico-humano do “namoro” que você traçou.

 

Parodiando o Cântico dos Cânticos:

 

Namorando:

                Ele: “Sim, como o lírio entre espinhos, é, entre as jovens, a minha amada”.

                Ela: “Como a macieira entre árvores silvestres, é, entre os jovens, o meu amado”.

 

Ficando:

                Ele: “Sim, feito floricultura de flores gêmeas, são, entre as jovens, as minhas fêmeas”.

                Ela: “Como bananas no cacho, são, entre jovens, os meus machos”.

 

Em um caso (Salomão), o amor é inigualável e inconfundível (e sacia); no outro, é Raul Seixas (enfastiado): “pois quem gosta de maçãs vai gostar de todas porque todas são iguais”…

 

Abração,

 

Habib.

 

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Resposta:

 

 

Amigo Habib: Graça e Paz!

 

 

 

Sim, meu mano, para muitos homens e mulheres, é eterno enquanto está ou fica duro.

 

A banalização do beijo, do toque, do carinho tátil, do elemento libidinoso crescente e conquistado; e do sexo — ainda deixarão esta e as próximas gerações sem saber o que é amor e desejo verdadeiros; pois, já não se saberá o que é o que praticam; assim como um naufrago afogado não sabe o que é água em razão do excesso…

 

Sim! Terão tanto que não terão nada. E, de repente, ficarão assim como um garotinho de Nova York só vê pintinhos nascendo em filme que tem cena rodada em granja.

 

O evangelho do amor entre homem e mulher:

 

O Semeador do amor saiu a semear.

 

Ao semear a sua semente, uma caiu à beira do coração, e, na mesma noite veio um sedutor e a roubou.

 

Outra caiu num coração que parecia estar aberto. Mas as muitas alternativas logo inibiram a semente, pois, no fundo, o coração não queria se deixar penetrar pelo amor.

 

Outra semente caiu entre muitos concorrentes. Sementes de todos os tipos de espinho, e que pegam em qualquer lugar, especialmente no chão seco, carente e desértico. Assim, sufocada, a semente do amor morreu antes de morrer no chão da umidade fértil.

 

Enfim, uma das sementes caiu num coração que queria amar, e que estava limpo e preparado; pois, nele, não havia sementes de enganos. Esse amou, foi feliz, e conheceu o sentido do encontro entre um homem e uma mulher.

 

Quem tem coração para sentir e entender, que sinta e entenda!

 

Obrigado pelo seu carinho, meu amado Habib!

 

 

Nele, que é amor, e por Quem se pode saber o que amor é,

 

 

Caio

 

12/06/07

Lago Norte

Brasília