—– Original Message —–
From: PASTORES COLETORES DE IMPOSTOS DE DEUS
Sent: Friday, June 15, 2007 11:09 AM
Subject: Help acerca dos dízimos…
Oi querido Caio,
Eu vou ser bem direta. Nos últimos dias enfrentamos umas questões controversas com relação ao dízimo.
Eu freqüento uma Congregação da Igreja Presbiteriana, ligada à 1ª Igreja. Os dízimos e ofertas são administrados pela 1ª Igreja.
O fato é que outro dia eu e um amigo meu resolvemos devolver o dízimo em forma de reforma da Congregação e compra do Som. Sei que são “picuinhas”, mas a questão é que depois fomos questionados pelo pastor da 1ª Igreja acerca da nossa fidelidade nos dízimos…
Eu realmente não gostei por muitos motivos, principalmente pelo interesse exacerbado nessa questão, em detrimento das vidas…
Daí eu resolvi encaminhar um texto seu, sobre dízimos, colocando-o também como meu posicionamento.
Aí então virou a maior polêmica. Eu não sei muito sobre a exegese bíblica, mas meu coração e o que leio no Evangelho concordam com suas palavras.
Segue o e-mail encaminhado
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Subject: Questões acerca do dízimo…
Date:
“O texto de Malaquias 3, sobre os dízimos, é o favorito da “igreja” nas questões de contribuições financeiras. O que não percebemos é que o N.T.
não se utiliza dele como Lei da Graça quando se trata de dinheiro. O texto de Malaquias fala do Templo-Estado! A Igreja não é assim! A leitura de Paulo nos conduz à generosidade espontânea. O que, em amor, pode ser muito mais até que o dízimo. Mas não é uma Lei, é uma Graça (II Coríntios 8).
Ao escolhermos seletivamente Malaquias como o Santo das Contribuições, sem o sabermos, estamos dizendo quatro coisas:
1) Nosso desejo de que a Igreja esteja para a sociedade assim como o Templo-Estado estava para a população de Israel.
2) Nossa seletividade arbitrária quanto a determinar o que, da Lei, nos é conveniente.
3) Nossa incapacidade de ver que Malaquias 3 tem sua atualização na Graça
4) Nossa ênfase na idéia de que aquele que não contribui é ladrão, põe aqueles que “cobram” no papel de sacerdotes-fiscais dos negócios de Deus na Terra.
Em Atos 5: 1-11, diz-se que dá quem deseja! Dar sem desejar ou dar mentindo gera morte, não vida! Ananias e Safira foram disciplinados pela Liberdade que nasce da verdade e não a fim de gerar medo legalista na Igreja. Eles morreram por terem traído a Graça de dar ou não dar, ser ou não! Eram livres para não dar, não para mentir ao Espírito Santo! Dar não os tornaria maiores! Não dar não os tornaria menores! Mentir a Deus os destruiria! Deus ama a quem dá com alegria! O que passar disso é “negócio” feito em nome de Deus e que se alimenta da culpa que se põe sobre os ombros ignorantes de quem não sabe que em Cristo tudo já está Consumado!
Portanto, não há barganhas a fazer!”“
Caio Fábio
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Creio que por ser uma questão tão delicada e cheia de desvios interesseiros, precisamos ter clareza nos nossos posicionamentos / crenças. Este também, a meu ver, é o posicionamento que mais se assemelha ao Evangelho da Graça.
Estou encaminhando pra compartilhar. Só isso!
VGD
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Foi esse o texto que encaminhei. Aí vieram as respostas que seguem:
Esta foi do pastor da Congregação que freqüento:
“Oi! É muito complicada esta questão… Mais tenho minha opinião e não vou fugir… Na verdade o texto de Malaquias trata também dos gafanhotos (Hernandes Dias Lopes tem um estudo bom sobre isto); e eles devoram as pessoas que não contribuem; e no VT a igreja e o estado viviam juntas como é hoje na igreja católica. Quando falamos de amor junto com graça acredito que vem do coração, mas isto complica mais nossa situação, porque o coração é inclinado para o erro, como Ananias e Safira, mesmo lembrando que aquilo não era dízimo, eram oferta, não era 10% e sim todo o dinheiro… O coração é voluntário, mas o mesmo esfriará quando Cristo vier… Cristo fala:” Dá a Cezar o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus”; e isso é dizimo. O problema é que no VT era Lei. Agora é Graça. Vem do coração voltado para Cristo. Lógico que envolve muitas coisas, como problema de Igreja, problemas pessoais, mais isto não anula o dizimo e sim faz as pessoas escolherem o certo para a devolução… Temos que preocupar mais com libertação, com vida alegre em Cristo, e vida de liberdade de adoração… Mas isto não anula ser dizimista; e sim é inteligente dizimar onde se é abençoado… Tenho outras idéias mais depois conversamos.
Um abraço”.
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Esta outra foi a resposta de um dos pastores da 1ª Igreja:
“Minha querida irmã,
Tenho grande apreço pelo Reverendo Caio Fábio, porem, sobre este assunto, tenho que discordar do mesmo. Este é o ponto de vista dele e somente dele, pois a posição bíblica não pode ser desmerecida. Não vou entrar em detalhes neste momento, porque espero poder falar com você sobre isso pessoalmente, se assim você desejar.
Em Cristo”.
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Eu sou amiga dos dois pastores, respeito-os demais. Sei que eles têm conhecimento teológico maior. Só não acho que sua exegese esteja errada, embora eu mesma não saiba argumentar biblicamente.
Se puder me ajude com maiores esclarecimentos. Sou líder. Formadora de opinião. E compreendo minha responsabilidade diante dessa questão.
Um abraço carinhoso a você meu querido irmão em Cristo.
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Querida amiga: Graça e Paz!
Aqui no site você pode escrever “Uma Graça Que Poucos Desejam” em Busca, e achar um texto longo sobre o assunto. Faça isto e você será esclarecida e instruída.
Veja:
Eles, os pastores todos da 1ª Igreja, sabem a verdade; e sabem que não poderiam argumentar comigo acerca disso, ou de qualquer outro assunto; pois, no fundo do coração, eles sabem que não perverto a verdade do Evangelho e da Palavra; visto que eles mesmos (muitos deles, quase todos eles, especialmente os maiores entre eles), são meus filhos na fé; e foram gerados em Cristo por mim; e confiaram suas vidas ao ensino que eu trazia e trago do Evangelho, por anos a fio; tendo eles “mudado de opinião” sobre o assunto de 98 para cá; posto que antes disso, o próprio texto que recomendo você a Buscar no site, era o texto de instrução e referência para eles todos lá; assim como era em praticamente toda a Igreja Presbiteriana do Brasil.
Ora, é mais honesto apenas dizer:
“Gente! Nós estamos tendo problemas financeiros. Gostaríamos que vocês confiassem em nós, e trouxessem as contribuições para a 1ª Igreja, e, daqui, nós faremos a distribuição dos recursos, do melhor modo possível, segundo as prioridades”.
Pronto! Basta a verdade!
Entretanto, voltar à Lei, ressuscitar os gafanhotos, e dar aos pastores o papel de cobradores dos impostos de Deus (no caso, taxa de Deus), pondo os crentes no papel de povo que deve, enquanto o clero determina o que vale ou não a benção de Deus — é pecado.
Não foi isto que eu ensinei a eles; e eles sabem que a verdade da Palavra continua sendo o meu cinto.
Seja Deus verdadeiro e Caio Fábio mentiroso, mas a Palavra de Deus não será adulterada em minha boca!
Não perderei tempo comentando as cartas. Elas são tão pífias que não merecem luzes, pois, nelas não existe luz, mas apenas a confissão do não ter o que dizer.
E olhe. Eu dou testemunho de que eles começaram no Espírito, embora hoje chore por ver que estejam se aperfeiçoando na carne, na Lei e na obsolescência.
Quanto ao mais, eu sei que seu coração tem o testemunho da verdade.
Portanto, contribua sempre, sempre que você ganhar ou receber; e faça isto com amor e alegria, doando conforme o Espírito de Deus orientar; sem, todavia, deixar de contribuir com as causas com as quais você tenha feito compromisso sistemático; pois, em tal caso (como no ajuntamento comunitário do povo da fé), as despesas não mudam (e isto é uma questão de responsabilidade); e, assim, as receitas devem também ser conforme os compromissos coletados pela liderança.
Ora, para fazer isto alguém apenas tem que crer no que diz crer, e agir com responsabilidade em todas as coisas, até quando doa algo espontaneamente para outras causas ou pessoas que sejam objeto de uma instrução de nosso próprio coração.
Esta é a Liberdade e esta é a responsabilidade!
E para que assim seja, basta que todos sejam apenas minimamente sérios em tudo.
A “liderança”, todavia, não deve jamais se por no papel no qual eles se puseram e estão se colocando. É erro. É a-ético. É constrangedor. É legalista. É algo sem graça, e, também, sem a Graça.
Não foi assim que eles aprenderam!
Nele, em Quem eu dou o dízimo não como Lei, mas como alegria da vitória da justiça da fé, conforme o fez Abraão ao voltar da matança dos reis, entregando 10% de tudo o que trazia ao Sumo Sacerdote Melquizedeque,
Caio
15/06/07
Lago Norte
Brasília