—– Original Message —–
From: VOU FICAR E PAGAR O ALTO PREÇO
Sent: Friday, June 29, 2007 6:49 AM
Subject: Pensei alto e resolvi dividir minha experiência
Não gostaria de ser identificada, por favor!
Pensei que eu era minha. Dei-me o direito de cansar e me cansei de me arrepender
de ter tido direitos …
O poema abaixo foi escrito em um dos dias de maior dor na minha alma, depois de ter me achado com direitos de romper um casamento de 20 anos por me sentir inadequada e nunca bonita o suficiente para o meu marido.
Meu objetivo era escrever um livro em que o título seria “Quando o melhor não é o bastante” — pois, era assim que me sentia, não importava quanto e como se fizesse, não era o suficiente.
Tive hipertiroidismo, emagreci, adoeci, quase morri; e a atenção dele eu não consegui…
Assim se iniciou a semeadura do diabo na minha vida de “Tenho direitos…”.
Sinto-me vazia na alma…
Em uma solidão doída..
Mas será que é essa a vida?
A um tempo atrás assim me sentia…
Como se o mundo me comia…..
E no anseio do alimento
Alimentei-me de vento……
Vento do mal
Vento do destino
Algo vazio
Mais que enganava por dentro
Ficava dias a imaginar
Como seria bom poder amar
Amar a quem se ama
Privilégio de poder amar
A quem te ama…
E na doença que vivi
Ao hospital eu recorri
Algum tempo depois limpa
E saudável eu saí…….
Senti-me feliz….
Poderia viver
Amar e ser amada
Doce ilusão
A policia me levaram
Teria que prestar conta de
Todo mal que fiz a mim mesma
Mas ainda assim dor maior não conheci
Que a dor de novamente
Aprender que o que me resta
A me alimentar
É o vento……….
Sonhei com grandes abraços
Sonhei com um grande amor
Sonhei que seria acolhida
Amada, restaurada, na graça do amor
Acordei e o que vi
Até aqui
É que na proporção do amor
O que se recebe é a dor……
Depois que tudo passou; e se não existissem pessoas que a distância nos ouvem de algum modo, não teria sobrevivido. Hoje sendo restaurada pelo amor do nosso Deus, me sinto em “pé” novamente.
Tenho tentado trabalhar meu coração, dizendo que tudo tinha que acontecer para que se rompesse o sentimento de perda e dor que havia dentro de mim; e isso foi bom apesar do preço foi alto.
As condenações, as dores de morte (posso entender quando você escreve sobre isso Pastor Caio).
Hoje estamos vivendo uma fase de “vamos ver se dá para continuarmos” — da parte do meu marido; e, da minha, sei que existe um projeto de Deus para nossas vidas e estou disponível para cumpri-lo.
No entanto ficou a forte e doida impressão que os 15 anos de dedicação a vidas através de uma igreja que começou em nossa casa, são discutíveis; especialmente quando se está em instituições de homens e relatórios.
As pessoas vieram, ficaram, aprenderam, foram amadas, cuidadas dentro do nosso limite de nossa capacidade; e as pessoas criticaram, caluniaram, amaldiçoaram, se justificaram; e continuaram… Afinal, pela Graça, “meus” frutos permaneçam, para sempre…
Só escrevi para quem sabe dizer a alguém que irá ler, em algum lugar….
Digo a mim mesma:
NÃO SE ENGANE, NÃO TOME
Hoje o poema mudou, apesar de que, mais uma vez, espero ser amada e cuidada; mas jamais vou tomar isso de novo em minhas mãos.
Hoje o título de um livro seria “O MEU MELHOR SEMPRE É O BASTANTE”.
Que Deus te abençoe e te guarde.
No mínimo você é muito corajoso….
Com carinho
Prª da esperança
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Resposta:
Minha amada amiga anônima: Graça e Paz!
Pelo “Prª. da esperança” e pelas atividades de igreja, entendi que você e seu marido vêm trabalhando no Evangelho há vários anos.
Então… O vazio, a vontade de ter mais, de saber mais, de provar mais, de variar, de “conhecer” no sentido “bíblico”, de não deixar a vida passar assim… — marcada por um homem só; e só por gente de igreja e da fé.
Então… Você via como todos a amavam; como os homens gostariam de ter uma mulher como a “pastora”; e como você mesma olhava para as mulheres e pensava: “Que desperdício! Esses homens com essas mulheres que nada sabem!”.
Então… Você olhou para o seu marido; e não o encontrou. Encontrou sim um homem com quem, agora, no atual momento de sua vida, você jamais se casaria.
Então… Com o marido morto pela “nova projeção de expectativa masculina” (criada por você) foi ficando cada vez mais com a nova cara que você deu a ele; e, assim, foi murchando… enquanto você se inflava de desejo fora dele e fora do casamento.
Então… A tentativa.
Que tentativa! Que desgraça! Que ilusão!
Então… Quebrada diante de Deus busca a verdade e não mais a ilusão.
Entretanto, agora, depois de tudo, você se sente na obrigação de pagar mais um alto preço.
Sim! Agora você está indo na direção de acrescentar um 5º prego em sua cruz (conforme diz minha mulher, Adriana); já que os de Jesus não foram o bastante. Assim, triste e com vergonha do que fez, você julga ter que agora fazer algo para compensar — que é ficar com seu marido enquanto ele quiser você.
Assim (sem nada resolver e sem ter entendido seu próprio coração), em razão do que fez errado, você agora quer pagar qualquer conta a fim de se auto-justificar.
Então… Você diz que ele não sabe se quer… Mas você jamais sairá outra vez. Desse modo, você diz que ainda deseja conhecer o amor, mas que não sairá mais “daí” por nada.
Ora, em que situação você está agora?
De fato, sendo as coisas assim, você se colocou numa posição muito desconfortável. Sabe por quê? Porque é a situação psicológica dos que acabam desejando que o cônjuge morra para que eles fiquem livres sem terem que tomar nenhuma decisão.
E como tem gente em tal situação!
Portanto, tome cuidado para que você não acabe residindo no pólo da amargura, do rancor e do ressentimento contra seu marido, contra a vida, contra você mesma, e até contra Deus.
Faça o caminho em paz, com serenidade, sem radicalismos, e sem juras que você e nem ninguém possam cumprir.
Sua palavra é sim, sim; e não, não; pois, daí pra frente tanto não temos controle, como também o que daí passa vem do maligno.
Com todo coração espero poder estar ajudando você com o que digo.
Ore. Leia a Palavra. Leia o site. Ouça a rádio. E medite na Palavra para si mesma, não para outros.
Receba meu carinho!
Nele, que cuida de quem confia em Seu cuidado,
Caio
29/06/07
Lago Norte
Brasília