—– Original Message —–
From: A LONGA VIAGEM até Catiguá…
Sent: Friday, August 31, 2007 13:33
Subject: Novo Caminho surgindo em Catiguá! – Lindo! Caio Leiam!
Link: CATIGUÁ: O Espírito Sopra Onde Quer…
Pastor Caio, amigo querido,
Tenho desejado todo bem dos céus para você, neste período de cuidados com seu paizinho e distancia forçada da Adriana que também necessita de cuidados!
Tenho orado por vocês todos, sabendo que não apenas você, mas toda a sua-nossa família se aflige. Contudo, mantenho meu coração grato, por saber que no final disso tudo, o que resta é “eterno peso de glória… digo isto, porque nós não atentamos mais para as coisas que se vêem, mas nas que se não vêem”, não é?!
Já pedi ao Senhor que te proporcionasse descanso nestes dias, razão porque tenho evitado te escrever, mas vejo que você não pára nunca e tem investido tempo demais, escrevendo textos, artigos e cartas, na preocupação de nos manter informados e ensinados. Embora afligido, não deixa de se preocupar com os seus, no qual me incluo e me sirvo de tantos cuidados, bem como todos os demais caminhantes o fazem fartamente! Sua dedicação pastoral é um exagero que preocupa a todos os que te amam!
Cuide-se bem (porque estamos muito distantes para fazê-lo), pois nós todos estamos muito bem e já caminhamos saudavelmente no Evangelho!
Seu texto sobre Catiguá, postado no “nosso” site, reconheço como Graça… e é muito motivador para todos nós de Bauru e Catiguá! Vou ligar aos nossos amados de lá, para presenteá-los com a notícia do texto publicado por você!
Os dias tão sonhados, de fato, já começaram!
Começaram em mim… começaram na minha esposa… começaram aqui em Bauru no coração de alguns caminhantes… E esta Graça incontrolável do Pai tem se estendido por lugares onde nem imaginamos… chegando a Catiguá… e até aos confins da terra! E, há abundância de Graça e bem para todos! Ricos e pobres… dos mais simples aos de pleno saber… há fartura, tanto para os mais lúcidos, quanto para os loucos… e para o imaturo, tanto quanto para o mais maduro! Porque nos últimos dias, haveria de ser, que derramaria o Senhor do seu Espírito sobre toda carne. Nossos filhos profetizariam (e profetizam)… nossos velhos, se encheriam de esperanças (e agora sonham)… e os jovens teriam visões (que os fazem compreender a vida, real…)!
Abrimos os nossos braços neste vento, que sopra… sopra… e sopra… onde quer!
A história do “índio dos copinhos de vidro” que me contou tem um sentido existencial muito grande para mim! A atitude audaz de “Dona Lacy” (permita-me) fez-me lembrar de minha mãezinha, para quem tudo já está explicado, no Senhor.
É a fé que tenho pedido ao Pai que me converta o coração, todos os dias! Fé Samaritana dos meus sonhos!
Passei décadas de minha “vida evangélica”, incluindo o período em que fui missionário transcultural, sem compreender que “nenhum Nicodemos impressionou a Jesus” como você me disse! Eu sabia que deveria ser outra coisa… mas não tinha muito valor na “igreja”. Então, me esforcei para ser “fariseu… príncipe entre os judeus”, quando deveria ter compreendido que poucas migalhas debaixo da mesa, vindas da parte de Deus, são o suficiente para saciar a fome de toda a humanidade!
Me lembro ainda, envergonhado, de quando anos atrás, você me convidou para participar de um pequeno encontro para jovens líderes do Brasil, na cidade de Maricá/RJ. Naquele primeiro dia do encontro (quando provei pela primeira vez um delicioso Caldo Verde português), me lembro que o João Bezerra abriu a reunião perguntando, a todos, quais eram as expectativas mais íntimas de cada um dos presentes, para aqueles dias! E, como um bobo adolescente que era, planejei todas as palavras bonitas que diria, antecipadamente, quando inexplicável e involuntariamente, “pulou” da minha boca a seguinte expressão: “Eu também prego o Evangelho e vim aqui para aprender mais desta arte”!!!!
Meu Deus… que arte??!!!
Saí de lá com uma dura e permanente sentença na alma: “A boca fala do que está cheio o coração!”
Hoje, apenas oro para que nosso Pai me ensine mais da vida, da reverência, do amor, da verdade e da fé! E que me possibilite apenas a abraçar desde Catiguá até aos confins… limpando o chão do Caminho, para que ninguém venha a tropeçar n’alguma pedra!
No meu “Projeto Nicodemos” condenei todos os homossexuais ao inferno e me distanciava destes, bem como de outros tantos “pecadores”, como um fariseu se afastaria dos Samaritanos… mas, depois de ter sido alcançado com Graça pelo Caminho, compreendi que não faz mais sentido viver assim! Hoje, coincidentemente, moro a 200 mts de um dos principais pontos de prostituição homossexual de Bauru! Passo por eles todos os dias… e oro, pedindo ao Senhor que me ensine a fazer algo para acolhe-los sob as asas daquele que é Pai de todos nós! Para além disso, nada me diz respeito… tudo o mais é com Deus!
Nesta semana, fui questionado por um caminhante em processo inicial de compreensão do Evangelho de Amor e Graça de Jesus, sobre o “destino eterno dos ímpios”! Fiquei pensando: “O que preciso saber sobre isso, senão apenas que, no que depender de mim, o destino destes será exatamente aquele que desejo para mim mesmo e para os meus?”
No Corpo de Cristo, aceito ser os calos dos pés… para que outros possam ser mãos macias!
Uta carinhoso de mano… se cuida!
Ah, em minha próxima visita a Brasília, mais para o final do ano, estou sonhando em levar nossos “ungidos curiós” (Tom, Vivi e Midiã) para cantar para vocês e fazer aquela santa bagunça da alegria de sempre!
Denis
Estação Bauru
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Resposta:
Amado Denis: Graça, Paz e Alegria!
Como Deus é bom! Como Seu amor é espantoso! E como Sua Graça é livre!
Conversão na conversão, e de conversão em conversão, é que o nascido de novo vai renascendo, e não pára nunca; pois, o lugar-ser de estar-ser definitivo é aquele no qual seremos como Ele é. Até lá todo tempo tem que ser tempo novo em nós.
Por que você não experimenta parar? Sim! Nessa esquina da vida a 200 metros de sua casa?
Sua surpresa será imensa quando você vir que eles vão olhar para você daqui a pouquinho como quem olha para Jesus mesmo!
Quando iniciei pregando aqui em Manaus (1973) fui direto para os “meus”, que eram os malucos da cidade e a antiga “aristocracia” daqui. Dois extremos. Então fui para as escolas e para o campus. Depois entramos nas praças. Então, de repente, parecia que aquilo estava em toda parte…
E D. Lacy segura todas…
Era aquela horda de malucos, hippies e até foragidos… — e que se alimentavam lá em casa todos os dias. E ela agüentava o “tranco”.
Então, era gente e mais gente… E tudo apenas porque a Palavra estava livre e era crida sem medo e sem preconceito.
Milagres e milagres. Curas e mais curas. Libertações espirituais, psicológicas e de todas as naturezas. E nada além de tudo: a Palavra sendo crida, pregada e praticada sem medo e com sinceridade.
Ah! Ninguém segura quando é assim.
E o que pode ser mais simples do que isto?
Quanto custa?
Que infra se tem de ter?
Quantos seguranças ou secretárias?
Onde fica esse púlpito?
Neste ponto “o mundo é a paróquia”.
Ora, quando esse poder de simplicidade desassombrada possuir a todos, e ninguém mais pensar que existe qualquer obstáculo entre a pessoa e o mundo, qualquer mundo; e, em razão disso se começar a simplesmente parar, falar, conversar, indagar, propor, orar na rua, abraçar com propriedade e bom senso; e amar sem afetamento e sem maneirismos — então se verá que nada é mais barato do que tal revolução; pois, de fato, tudo o que ela demande é que a pessoa esteja viva a fim de praticá-la em plenitude.
Obrigado por tudo; sobretudo, por esses dois últimos “reports”; aos quais abençoaram muito a todos nós.
Um beijão em você e na moçada toda!
Nele, que anda em todos os caminhos,
Caio
01/09/07
Manaus
AM
Ps- Traga os “ungidos curiós” (Tom, Vivi e Midiã) para cantarem para nós e fazermos aquela santa bagunça da alegria de sempre!