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From: LIBERDADE POÉTICA – POEMA AO CAIO!
Sent: Tuesday, June 03, 2008 4:55 AM
Subject: ENVIADO
POEMA AO CAIO: (LIBERDADE POÉTICA)
Houve um homem enviado por Deus cujo nome era Caio. Caio veio como testemunha, para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele. Caio não era a luz, mas veio para que testificasse da luz, a verdadeira luz que ilumina a todo homem. Caio nasceu do sangue, da vontade da carne de seus pais, mas também vontade de Deus.
Aquele a Quem Caio anuncia é O que veio antes de dele e tem toda a primazia, porquanto é o Salvador dele.
Todos nós temos recebido da plenitude de Jesus, graça sobre graça e de Seu Caminho da Graça.
Caio confessou e não negou: Eu não sou ninguém! Meu nome diz quem eu sou!
-Quem és, pois? És tu Elias? Ele disse: – Não sou. És tu profeta? Declara-nos quem és?
CAIO É UMA VOZ QUE CLAMA SOLITÁRIA NESTE DESERTO. ELE BUSCAR ENDIREITAR OS CAMINHOS DO SENHOR COMEÇANDO
UM ABRAÇO!
JOSÉ ABDON
JOÃO PESSOA/PB
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Resposta:
Meu amado José: Graça e Paz!
Você, com todo amor e gratidão, me compara a João, o Batista. Ora, João foi um homem sem paralelos, segundo Jesus. Ele foi o primeiro a discernir o Cordeiro de Deus na História: com altura, cara, cor, pele, suor e jeito de andar e falar!
“Dentre os nascidos de mulher ninguém foi como João” — disse Jesus. E acrescentou: “Contudo, o menor no reino dos céus é maior do que João”.
João, entretanto, nunca fez nenhum sinal. No entanto, tudo quanto disse acerca de Jesus era verdade.
Os caminhos escabrosos que João buscava endireitar eram, sobretudo, fora dele. Os meus são antes de tudo dentro de mim. E o maior fariseu que enfrento todos os dias sou eu mesmo.
Sou um gentio grato por ter sido alcançado pela Graça. Mas sou um gentio sem a humildade da siro-fenícia, sem a confiança indubitável do Centurião de Cafarnaum, sem a loucura útil do Gadareno, sem a bondade natural do Samaritano da estrada.
Sou um “Paulinho” que se converteu jovem na estrada, o qual, porém, com o tempo, veio a tornar-se um Nicodemos nascido de novo, é fato, mas que se iludiu acerca da possibilidade da conversão do Sinédrio — perdendo assim a liberdade conquistada.
E mais: jamais teria a liberdade para pregar como prego e o que prego se Deus mesmo não tivesse me vomitado nas grandes águas de 1998.
Assim, saiba:
Sei que a Palavra que prego é verdade do Evangelho, porém, mais que tudo, eu sou o seu primeiro grande destinatário.
Tudo o que peço ao Pai é força para combater apenas o bom combate, completar tão somente a carreira e guardar nada menos que fé intacta em meu espírito.
Sinto dia a dia que os meus caminhos interiores estão mais planos e que minhas veredas existenciais estão ficando cada vez mais simples no amor e na paz que vêm de Deus.
E mais: sei que sou apenas mais visível que a maioria, apesar de que também sei que os grandes testemunhos do Evangelho estão sendo dados pelos seres anônimos.
Na verdade todos os que cremos somos como pequenos luzeiros neste mundo escurecido pela ignorância e pela prevalência do ódio e do egoísmo.
Vi em sua carta com “liberdade poética” a expressão de alguém que de mim ouviu: “Siga a Jesus apenas! Somente Nele está a nossa tão grande salvação!” — e que ouviu isto quando a alma estava já cansada dos cultos dos saduceus sem fé e das etiquetas legalistas dos fariseus sem escrúpulos. Daí a sua licença para me Joãobatistinianizar em sua geração e para você mesmo, como quem lhe indicou apenas o Cordeiro. Aleluia!
Cada um em sua própria geração reconhece seus preceptores em Cristo!
Desse modo, com temor e tremor, recebo seu carinho e o transfiro para o Cordeiro eterno, o qual já nos foi designado na História, que é Jesus, nosso Senhor!
Nele, que apenas elegeu as coisas que não são para envergonhar as que pensam que são,
Caio
02/06/08
Lago Norte
Brasília
DF