QUALQUER UM PODE “SENTIR” ESTA PALAVRA? I e II

 

 

 

 

 

 

 

 

—– Original Message —–

From: QUALQUER UM PODE “SENTIR” ESTA PALAVRA?

To: [email protected]

Sent: Monday, June 09, 2008 9:40 AM

Subject: Qualquer um pode SENTIR essa palavra? A Igreja dos doentes mentais…

 

 

Olá amigo Caio: graça e paz sejam com tua vida.

 

Agradeço a DEUS por tua vida e por ajudar tantas pessoas a se livrarem das amarras criadas pela religião e tantas outras neuras que assolam nosso mundo de hoje.

 

Tenho uma dúvida que me atormenta há dias e gostaria de sua ajuda para entendê-la, posto que acredite não ter outro além de você para me ajudar nessa questão.

 

A palavra, o amor, a mudança, tudo o que é pregado aqui no site é algo que parece ser fácil de ser encarnado, contudo, existem pessoas que não têm conseguido sentir tudo isso por mais que tentem, algumas se matam no processo, outras se tornam suicidas pela via da culpa, outras entram em processo de Depressão, etc.

 

Pode-se dizer que alguns estão mais predispostos  que outros a encarnar a paz que excede a todo entendimento?

 

Qualquer um pode sentir essa verdade ou alguns estão mais aptos física-mentalmente enquanto outros não?

 

Todos PODEM ser salvos?

Sim, pois nem todos SENTEM o reino. TODOS não são abençoados. TODOS não são curados. TODOS não são felizes. TODOS não se amam. MUITOS ganham, OUTROS perdem.


E a vontade de sentir de muitos é tanta, que se matam pela frustração de não poderem participar daquilo que o reino em si traz e que, portanto, se manifestar na vida do outro desperta inveja, revolta.

 

É como está no céu, Caio, e não sentir absolutamente nada de diferente do que se sentia quando se estava aqui embaixo.

 

Alguns são; enquanto não; e não que isso seja por falta de preces ou por dificuldade, pois o que vejo é que alguns têm uma boa vida mesmo fazendo o que fazem, enquanto outros que tentam ter uma vida boa, de uma boa maneira, morrem em meio a tantas tentativas frustradas.

 

É cruel Caio, dá medo e revolta.

Vejo pessoas pedindo para amar. Fazer isso ou aquilo como nos livros de auto-ajuda. Contudo, nada consegue alterar as estruturas mentais doentias da MAIORIA daqueles que buscam cura.

 

Tentam métodos e todo tipo de forma para fugir dos males que assolam a alma. Remédios, médicos, religião, livros… No entanto, a ansiedade só cresce, a depressão aumenta, e o suicídio começa a bater à porta como alternativa de solução e de livramento desse INFERNO.

 

Sei que DEUS vê isso, portanto, o que ele quer Caio?

 

Sim, o que DEUS quer de uma pessoa num estado tão catastrófico como esse? Testar suas forças? Aguardar um pedido de prece para então ajudar essa alma?

Conheci uma pessoa que lutou a vida toda para se livrar de uma doença da alma, que já estava bem ruim meu amigo, e via seu sofrimento, sua vontade de viver… Contudo, não conseguiu ser feliz e morreu atormentada, dopada, e desesperada pela paz que tanto buscava e não encontrava, seja na Igreja, seja com os amigos, seja em seus entretenimentos, seja em suas orações sedentas por livramento, ajuda.

 

Eu não entendo aquilo que pregam que DEUS é e faz; de sua bondade e de seu amor por todos vendo como tanta gente nasce com tanta “desgraça na vida” e faz o que faz.

 

Eu teria muitas coisas a perguntar meu irmão. Contudo, sei do seu tempo e de quantas pessoas tem que atender. Peço uma luz Caio.

Muito obrigado e que DEUS continue a abençoar sua vida.

Ps: Não desistirei de ter sua resposta. (rs).

 

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Resposta:

 

 

Meu irmão: Graça e Paz!

 

 

Primeiramente devo dizer que você enviou a carta para o e-mail errado, pois, nesse papel no qual você me colocou, creio que entre nós só existe a figura caricata do “Todo Poderoso”, no filme o Jimmy Carrey.

 

Jim Carrey: O Todo-Poderoso  

 

O engraçado é que você não diz que o problema é seu, e os faz ser “de outros” que você conheceu.

 

Aliás, você faz o problema ser de todos.

 

“Todos PODEM ser salvos? Sim, pois nem todos SENTEM o reino. TODOS não são abençoados. TODOS não são curados. TODOS não são felizes. TODOS não se amam. MUITOS ganham, OUTROS perdem.”

 

 

Eu, no entanto, sei que o problema é seu, e que a ajuda só virá quando você disser: “Eu me sinto assim!”.

 

Sim, meu irmão! Pois, se fossemos ver quem já foi mais exposto ao absurdo, em muitas de suas facetas, você veria que escreveu “gripado” para um homem que já fez “transplante de pulmão”. E mais: escreveu queixando-se de que gripe é chata, e querendo saber por que Deus deixa as pessoas griparem.

 

Você disse que as pessoas lêem o site e se sentem assim. Conversa fiada. Ao contrário, elas lêem o site a fim de ficarem livres disso.

 

Não! Elas ficam assim em razão da “teologia emocional” da “Igreja”, e não em razão do que escrevo acerca do Evangelho no meu site.

 

Aliás, você me pareceu um genuíno representante dessa “teologia emocional”. Digo isto pelo fato de que você mesmo parece só relacionar Deus ao sentir e não à fé, que nada tem a ver com sentir qualquer coisa.

 

Amor para você é um sentimento e para Jesus é uma decisão de ser.

 

Ou seja: para você amor é uma emoção e para Jesus é a atitude-decisão que decorre da fé.

 

Responder a você seria um desrespeito para com Deus, para com a vida e para com este site e seus milhões de leitores assíduos, os quais lêem algo assim e perguntam: “Por que ele não se dá ao trabalho de ler o site todo, com tantas respostas sobre este tema, mas, ao invés disso, pede uma resposta que de fato é como demandar um site escrito só para ele, e no espaço de uma única carta?”.

 

Assim, transcreverei links que você poderá ler até se acostumar a ler você mesmo e tirar suas próprias conclusões, ou, ainda, escrever em seu próprio nome, e não em nome da dor da humanidade:

 

CONFISSÃO DE FÉ DO LIVRO O ENÍGMA DA GRAÇA

 

A ÉTICA NO CONTEXTO DO ABSURDO


JÓ, E UMA AULA SOBRE O ABSURDO…

 

A BENÇÃO DA DOR

 

SOMOS VICIADOS EM JOGOS DE DOR…

 

DORES SUPERLATIVAS…

 

A DOR, O SOFRIMENTO, A GRAÇA E A GRATIDÃO

 

O PRAZER LASCIVO PELO SOFRIMENTO

 

O BEM DO BOM SOFRIMENTO

 

REDENÇÃO E SOFRIMENTO

 

 

Desse modo, meu mano amado, esperarei que você leia tudo e que me escreva não mais falando dos “outros”, mas sim de você mesmo.

 

Não dá pra ajudar o mundo, mas talvez dê para ajudar você.

 

 

Leia tudo e depois me responda!

 

 

Um abraço forte e carinhoso!

 

 

 

Nele, em Quem tudo é fé e nada é emoção como base para a fé,

 

 

 

 

Caio

 

09/06/08

Lago Norte

Brasília

DF

 

Leitura adicional:

 

DESEJO DE SUICÍDIO!

SUICÍDIO!

SUICÍDIO OU ASSASSINATO MORAL?

SUICÍDIO, O QUE A BÍBLIA DIZ?

SUICÍDIO: UM LUTO SEM FIM…(I a IV)

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—– Original Message —–

From: QUALQUER UM PODE “SENTIR” ESTA PALAVRA?

To: [email protected]

Sent: Saturday, June 14, 2008 9:46 AM

Subject: MENINOS SEM ESPERANÇA: HOMENS INAFETIVOS!

 

    Resposta à carta: QUALQUER UM PODE “SENTIR” ESTA PALAVRA? 
 
     Meu amigo Caio, peço mil desculpas pelo desespero com que mandei a carta anterior, não era minha intenção desrespeitá-lo amigo, por favor, perdoe-me. Li os textos que você me mandou durante toda a noite de ontem e o dia de hoje, pois a vontade de chorar é enorme frente minha incapacidade de agir. Você fala a verdade a meu respeito, estou à beira de um suicídio amigo. Posso contar-lhe minha história? O e-mail será longo, mas dessa vez sincero em intenções e coeso com minha realidade.

    
    Fui abusado na infância e tive experiências sexuais com ambos os sexos, sempre como ativo, inclusive uma com minha irmã (na época eu tinha 14 anos e ela 10). Lembro como se fosse hoje e isso me traz muita culpa, no entanto, cresci e deixei de praticar muitas dessas coisas, contudo, com o tempo minha mente foi produzindo monstros que hoje arrasam  minha vida. Fui diagnosticado com depressão bipolar, TDAH e TOC, pelas obsessões. Sempre gostei de mulheres e me relacionei com elas, contudo, com o tempo fui passando a duvidar de minha sexualidade, da minha moral, de minha segurança e da minha própria mente, pelo fato das obsessões e dos pensamentos que sempre tive desde criança e a moral que me era pregada na Igreja e na família que é muito machista e me tem como um exemplo de  seriedade, inteligência, e tantas outras responsabilidades que colocam sobre mim sem que eu quisesse tudo isso.

 

É muita pressão meu amigo. Cresci indo para a Igreja, apanhando feito cachorro para entrar nos cultos, porque o Pastor falava muito do diabo, de inferno, de salvação, de apocalipse e eu tinha muito medo daquilo tudo, um medo apavorante haja vista que se acontecesse metade do que eles diziam, eu estaria no inferno ou então seria devorado pelo demolidor.

 

Descobri a filosofia ateísta e passei não acreditar em DEUS. Era uma criança rebelde, hiperativa, curiosa, bagunceira total e um tanto “doida”, pois aprontava bastante. Era mentiroso, traquino e tinha dificuldade para parar, ficar calmo e até mesmo dormir. Apesar disso, era rápido para aprender e imitar qualquer coisa que fizessem ou falassem, inclusive comportamentos e era criativo ao ponto de alguns professores ficarem impressionados. Esportes, escrita, matemática, no entanto, de certos anos para cá (precisamente 6 anos), o monstro que jazia em mim explodiu e simplesmente parei de funcionar “normalmente”.  

 

    Fico um tempo bom, sem pensamentos ruins e depois eles  voltam. É muito ruim viver assim e como estou namorando pela primeira vez, gosto muito de minha namorada, no entanto, as obsessões e dúvidas relacionadas à área de sexo, como imagens na minha cabeça, possibilidades, vieram e estão me matando e acredito que se não conseguir me livrar delas cometerei um suicídio, haja vista que não concebo a idéia de ser gay sendo como sou e sentindo o que sinto pelo sexo feminino e a repulsa por carregar tais imagens,  muito menos agüentaria passar pelo que eles passam ou anular meu eu para ser algo que não quero ser, no entanto, minha cabeça fica produzindo as imagens, as possibilidades;… e juntando-se a minha curiosidade tenta fazer com que eu cometa atos gays ou outras coisas estranhas e que carregam a possibilidade  de me fazer mal ou aos outros.

 

Controlo meu corpo e não faço absolutamente nada justamente por saber que é uma paranóia sem fim e que qualquer coisa que eu faça pode me fazer ficar mil vezes pior. Minha mente está buscando as coisas que me fazem mal e dando uma dose extra de possibilidades e imaginação.

 

É uma coisa muito estranha Caio. Sei que o problema é todo meu amigo, e peço perdão pela maneira egoísta de falar contigo e o desrespeito para com todos aqueles que lêem seu site e são ajudados diariamente. Venho lendo seu site a muito tempo e poderia encontrar a solução se eu fosse mais preciso no que eu procurasse, mas nem eu sei ao certo o que sou ou tenho, fiz por desespero Caio, mas me arrependo profundamente. Só quero mudar minha maneira de conduzir meus pensamentos, domar, controlar um pouco minha mente. Eu quero sentir a mudança Caio, mas como? Será que estou louco por isso minha mente não consegue se livrar desses demônios interiores de forma alguma? Tento de tudo, desde ler, sair, correr, namorar e, no entanto, o filme que se passa na minha cabeça é o mesmo ou pior que o outro. Por que minha mente não sossega amigo?
 

Vou começar de onde deveria do princípio.

 

     Nasci num lar um tanto perigoso, adoecido e que trouxe minha mãe a 3 internações por problemas de depressão. Meu pai a maltratava, humilhava, tratava ela muito mal na nossa frente e nos convencia de que tudo de ruim naquela casa era ela. Eu o odiava por isso e vez ou outra sentia vontade de matá-lo. Ele casou obrigado com minha mãe, e minha gravidez foi indesejada. Cidade do interior, pais que resolviam as coisas no tiro, portanto, “embuchou, teve que casar”. Ele com 21 e minha mãe com 16. Meu pai era um tanto agressivo, bebedor e cheio das farras, apesar de nunca deixar faltar nada em casa e de “se arrepender” depois que cedia aos seus impulsos, traía minha mãe na nossa frente e nos humilhava, batia, sempre exigindo e se achando o dono da verdade. Não podíamos falar qualquer coisa que era motivo para um tapa na cara ou um xingamento. Às vezes ele era bom, tratava bem, mas se uma coisa, por menor que fosse tirava sua paz, o velho se transformava. Era muito exigente para conosco e queria só notas 10 na escola, comportamento exemplar e todo mundo na Igreja, não consigo contar as vezes que eu e meu irmão nos escondemos para não levar uma daquelas surras de matar. Nunca tive comportamento afeminado, nunca senti desejo por homens, no entanto, para ser macho era preciso ficar com muita “mulherada” e transar feito coelho o mais cedo possível. Isso me era imposto por aqueles que já tinham passado por essa, ou seja, alguns de meus amigos e, às vezes, meu próprio pai.

 

Não consegui ser assim por ver quanto minha mãe sofria por traição dele, e também por ter ficado medroso, tímido e ansioso com o tempo.

 

O velho me chamava de mole, vagabundo, boiola; e muitas vezes me tratava como um produto para mostrar aos outros, não gostava muito de mim.

 

Contudo, eu era bom nos esportes, na escola e de boa aparência; o que me ajudou a conseguir ter 2 relações sexuais e vários casos com mulheres distintas, mas que não houve sexo, nesses 21 anos de vida.

 

Meu pai por mais exigente que fosse reconhecia essas “vitórias” e gostava da imagem que as pessoas faziam de mim, de bom filho, inteligente e etc. Isso depois de muito tempo, pois eu era bastante peralta e meu pai depois do segundo filho parecia estar amadurecendo e ficando mais calmo, contudo, as marcas do passado haviam ficado.

 

     A infância teve suas aventuras, mas o relacionamento familiar era um total caos, total. Meu pai era referência de autoridade, tinha medo dele e conversava mais com minha mãe que vez ou outra me mimava, ela dava carinho, contudo com o tempo fui me afastando de ambos e me tornando frio com eles, não conversava mais nada com minha mãe porque era um colocando o filho contra o outro, era uma disputa maldita por quem estava com a razão.

 

Falavam em se separar todo santo dia e perguntava quem queria ficar com quem. Fugi de casa 2 vezes e carreguei muita mudança de quando eles brigavam, meu pai ia pra casa de sua mãe e minha mãe para a dela. Nessa loucura meus irmãos e eu, pequenos, ficávamos confusos e não sabíamos de quem gostávamos mais, porque se fosse com papai, mamãe vinha com os xingamentos, se fosse com ela, papai também, daí ninguém sabia o que fazer.

 

    Eu Guardava as coisas para mim, e minha salvação foram os amigos e as pessoas que comentavam a desgraça do casal da vizinhança que brigava feito cachorro. Era extrovertido, amável com os outros e com meus pais passei a ter ódio e cada vez mais vontade de ir embora de casa. Meus pais eram perfeicionistas e nos obrigavam a ficar em casa várias vezes que queríamos sair com os amigos, pois diziam que os outros eram vagabundos, sem futuro, etc. Só meus pais eram certos e por isso criticavam as pessoas e eram desconfiados, inseguros e meu pai era um tanto odiado na cidade.

 

Eu não queria casar, nem ter filhos… – porque via na minha situação algo que jamais queria para minha mulher ou meus filhos, e se fosse para ser como o velho, preferia morrer solteiro a fazer a vida dos outros um inferno.

 

     Cresci nesse lar que fez ao meu ser um estrago sem igual e hoje vejo que metade dos monstros de minha cabeça foram criados e alimentados no passado. Aprendi em casa a ser um medroso e um ansioso sem igual, sim, foi em casa que tanta violência contra minha alma tomou suas dimensões que hoje têm.

 

Depois que meus pais viraram evangélicos, principalmente meu pai, posto que era o sonho de sua mãe, eu esperava que a situação mudasse e que eles parassem de brigar e se destruir.

 

Que nada meu amigo! Brigam todo santo dia da mesma forma, trazem para meus irmãos aquilo que vivi… Hoje estou fora de casa, e continuam a se matar aos poucos. Tudo isso fez um tremendo mal à minha mente, que traz gravada todas as imagens, toda a violência, todo o sentir que foi desenvolvido.

 

      Mudei. Hoje moro longe dos meus pais e exteriormente não sou suspeito de sofrer de tanta paranóia. Tenho uma linda namorada, faço faculdade, e tinha um bom emprego. Ou seja Caio, tenho o que queria desde criança, mas virei um ser humano insatisfeito, ansioso, interiormente depressivo e que não sabe como viver com a mente tranqüila mesmo conseguindo as coisas que a mente “quer” (Às vezes ela quer tudo; há vezes que não quer nada, o próprio pensamento a os sonhos se tornaram inseguros, o próprio raciocínio).

     

      Ninguém percebe isso e acabam por exigirem mais ainda de mim. Estou confuso e os monstros voltaram com novas explicações científicas e filosóficas para meu estado sem volta. Não sei o que fazer com minha vida, sou muito inconstante, mudo rapidamente e estabelecer metas, planos, é um suplício. Com a cabeça assim só consigo me isolar e tentar dormir ou ficar no computador, lendo seus textos (Tenho quase todo teu site impresso, e a primeira mensagem sua que ouvi foi a respeito do tanque de Betesda que um amigo me apresentou).

 

Antes disso, comecei a estudar Filosofia e minha mente se abriu mais, contudo, os medos herdados na minha pequena cidade eram os mesmos. Eu me impressionava com facilidade e era bem sugestivo. Era muito curioso e queria aprender de tudo, no entanto, não consegui levar à cabo por muito tempo as coisas que aprendia; então me perdia e ficava pingando aqui, ali. Uma mente fraca, cansada e passageira nas suas vontades, sonhos…

 

Muita gente achou que eu não teria um desenvolvimento mental normal, pelo jeito que eu agia e pela família que tinha, no entanto, mesmo como era, consegui fazer as coisas de um menino normal, muitas vezes até melhor. Só depois dos 15 anos as coisas começaram a ficar estranhas. Creio que DEUS cuidou de mim nesse tempo. Haviam noites que eu mal dormia de tanto pensar merda. Outras eu sentia uma ansiedade que vomitava.

 

     Já tomei vários remédios para depressão bipolar, TOC, ansiedade, entre outros que me acompanham no decorrer de 3 anos de consultas psiquiátricas. Nunca fiz terapia por achar que não seria útil, mas estou num momento que ou vai ou racha, inclusive mandei um e-mail para o divã do site. Sim, eu sinto que estou no limite e que não estou agüentando mais…

 

Mexer com minha sexualidade já é o fim, e poxa, eu amo minha mulher, não quero ficar sem ela, não quero sentir desejo de gay, não quero, mesmo temendo essa possibilidade pelo fato das imagens que me mostram sendo ou agindo como um gay serem freqüentes na minha cabeça.

 

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