—– Original Message —–
From: OS DONS ESPIRITUAIS!
Sent: Friday, July 11, 2008 2:50 PM
Subject: Caio Fábio: Você é Culpado!
Fui místico, esotérico, maconheiro e leitor assíduo de Buda, Alan kardec, Maomé, Ghandi e Francisco Xavier, etc…
Conheci Jesus, a exata expressão do amor de Deus e nasci de novo há 13 anos.
Cultivando o hábito da leitura, apaixonei-me pela Teologia Reformada, onde mergulhei de cabeça em suas diretrizes, mas por culpa sua, e estou muito feliz por isso, mudei a minha posição a respeito dos dons espirituais após ler um livro antigo de capa azul chamado “O Espírito Santo: Deus Que Vive em Nós”, onde você consegue expor de forma belíssima o texto de uma Cor 13: 8-10, onde a chegada do que é perfeito não se traduz pela chegada do Cânon e sim por Cristo sua 2ª vinda e o estado glorioso que gozaremos Nele por toda a eternidade.
Gostei também dos relatos a respeito da inibição dos dons entre 300 e 1700 d.C.
Estou muito mais aberto quanto às manifestações dos dons miraculosos e sei que Deus não precisa da autorização dos Teólogos para liberá-los. Li tantos “Teólogos importados” e me esqueci que tenho perto de mim um verdadeiro profeta.
Obrigado!
Cláudio Paiva
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Resposta:
Meu querido Cláudio: Graça e Paz!
Obrigado pelo seu carinho e apreciação do meu livro acima mencionado. Deus o abençoe!
Se sou o culpado de você hoje saber a verdade sobre a contemporaneidade dos dons espirituais [em contraposição à posição reformada legalista quando ao tema], gostaria agora de ser culpado de outra coisa: o seu equilíbrio espiritual em relação aos carismas!
Sim! Pois não basta crer na contemporaneidade dos dons espirituais, é preciso, mais do que nunca, ter o discernimento para exercê-los conforme a Palavra; ou seja: conforme as instruções de Paulo acerca do usa comunitário de tais dons, e, também, de acordo com o bom senso preconizado no espírito do Evangelho acerca de tudo.
Jesus é o modelo para tudo!
Desse modo, pratico os dons espirituais e ensino a sua prática, apenas conforme Jesus e as instruções comunitárias e Paulo.
O que Jesus fazia em público eu faço também. O que Ele não fazia, eu não faço.
E mais: sou completamente obtuso quanto a não abrir-me para qualquer pratica “carismática” que não seja como aquelas ensinadas no Novo Testamento.
Assim, abra-se apenas para a Palavra. E jamais deixe que “experiências” venham a dar a você a falsa impressão de que você, por ter provado, já não precisa mais da orientação da Palavra para a prática, visto que, poderia você pensar, muitos irmãos “abençoados” com dons os praticam de modo livre e sem parâmetros bíblicos, e Deus parece abençoá-los.
Por isto, jamais pude ser completamente nada. Sim! Nunca pude ser completamente Reformado, nem Pentecostal, nem Liberal, nem Ortodoxo, nem qualquer outra designação.
E por quê?
Ora, é que o Evangelho é maior do que essas doutrinas, as quais carregam apenas fragmentos da verdade, mas que em tais grupos foram absolutizados [os fragmentos] como se fossem a coisa toda; o que fez e faz com que a mente de tais aderentes se torne tão pequena quanto o fragmento da verdade por eles cultuado como verdade toda.
Assim, quero ser culpado de você crer em toda a Palavra, e não apenas em fragmentos dela.
E mais: quero ser culpado de você se tornar uma pessoa indefinível pela religião e seu subgrupos fanáticos.
De fato, se alguém deseja andar apenas como Jesus mandou, tal pessoa não ficará em casa em lugar religioso algum, pois, a religião é feita de pedaços sistematizados da verdade, e não dela toda.
Desse modo, se disfarçado, Jesus não seria aceito em grupo algum.
Sim! Jesus seria estreito demais para os liberais; aberto demais para os ortodoxos; equilibrado demais para os Pentecostais; sensato e generoso demais para os Neo-pentecostais; crente demais para os teólogos; inocente demais para os da política eclesiástica; simples demais para os “evangélicos da prosperidade”; e muito politicamente incorreto para os da diplomacia religiosa, os ecumênicos.
Enfim…
Creio que aquele meu livro, que hoje está esgotado, seria mais útil hoje, em meio a tanta confusão, do que jamais foi no passado, embora ele, o livro, tenha feito muita diferença quando foi lançado, e, por tal razão, equilibrou muita gente em relação ao tema “carismático”.
Receba meu carinho!
Nele, que concedeu dons aos homens e que deu homens como dons ao Seu povo,
Caio
14 de julho de 2008
Lago Norte
Brasília
DF