DISCIPLINADO POR AUSÊNCIA AOS CULTOS!

 

 

 

 

 

 

 

—– Original Message —–

From: DISCIPLINADO POR AUSÊNCIA AOS CULTOS!

To: [email protected]

Sent: Thursday, August 28, 2008 3:46 PM

Subject: Igreja que tanto cobra “presença”, peca por não buscar a Presença!

 

Caio,

Desde que ouvi a respeito de um cara que era muito usado e que “caiu”, e depois voltou “rebelde”, cabeludo, que me empolguei em logo conhecê-lo através de seus pensamentos!

E não me arrependo por ter buscado isto.
Cair é de todos! Mas o levantar é só pela graça, e isto, como você sabe bem mais do que eu,
“NÃO VEM DE NÓS”!!

Muito me alegro pela forma com que Deus te usa, e que ao meu ver: É GRAÇA DEMAIS!

Não sei se somos amigos ao pé da letra,
mas irmãos somos; e quanto a isto não tenho dúvida! Ainda mais que somos da mesma Igreja, a Igreja de Cristo.

o que segue abaixo, é o meu problema, ou a minha solução, ao certo não sei ainda!

Sou membro de uma denominação histórica, e tenho prazer em servir a Cristo nesta igreja.

 

Mas nem tudo são flores!

Entrei em um “processo disciplinar” há exato 1,8 ano! E, estudando a palavra e incomodado pelo Espírito, a graça me moveu a “sair do exílio”!

E como você sabe, numa igreja assim, este pedido é formal, escrito… Fiz isto e aguardei. Fui chamado e indagado! [procedimento padrão].

 

Até aí tudo bem! Triste foi [e triste estou!] que a única palavra acentuada, usada por eles, foi “presença” na igreja! E isto me deixou com um pé atrás quanto à visão de um grupo que é instituído por Deus! Ora, não fui indagado quanto a nenhuma virtude encontrada no evangelho! não fui indagado acerca da fé! não fui indagado quanto ao que Cristo representa na vida de uma pessoa!

Fato é que por estar eu indo aos domingos, somente aos domingos [ nesse período de 1,8 ano nunca me visitaram], me deixaram sob “observação”!

 

Nos próximos meses vão analisar os critérios “presença” e “assiduidade”; sendo eu positivo quanto a isto, pronto! Saio da disciplina!

 

Simples assim! Superficial assim! Falso assim!


Dê risos ou não, 2 dias antes lia eu no site o artigo “
NÃO ENTRO MAIS EM IGREJA!“!!

Segue:

Por que um conselho, eleito, acredito eu, pela vontade de Deus, pensa tão “superficial” assim?

Por que a “presença” nos cultos e programações departamentais simboliza para este conselho que a pessoa está em Cristo ou não?

Por que por serem escolhidos por Deus, não são, de fato, de Deus, e de conformidade com o evangelho puro simples e verdadeiro?

Por que eu, na condição de membro, devo aceitar tal decisão?


Por que eu, sendo pela graça um servo de Cristo, fico com a sensação de estar certo em relação a um conselho que me parece perdido?

Por que eu, que muito sou cobrado pela “presença” na “igreja”, busco a presença de Cristo na minha vida, onde a igreja em que congrego, busca apenas a “presença” de pessoas, números, regras…?

Fato é que estou pela fé convencido que Cristo não está em lugar algum a não ser no meu coração! E no coração daqueles que amam a Ele, e o servem por amor, e gratos pela liberdade conseguida com sua morte!


Fique em paz, na paz…

 

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Resposta:

 

 

Meu irmão querido: Graça e Paz!

 

 

Numa eleição de homens por homens, e em um ambiente controlado como o de uma comunidade religiosa, poucas vezes o Espírito Santo e Sua iluminação de fato são objeto de oração, mas sim o que seja melhor para uma humana composição de forças e poderes imediatos.

 

Escolhe-se quem, em geral, já está escolhido antes de estar formalmente eleito.

 

E melhor seria que se assumisse isto, ao invés de se ficar com as falsas piedades, e que pretendem fazer de tal circo de pequenos interesses, supostamente um ente que foi instituído por Deus, visto que sem tal presunçosa unção e autoridade, ninguém a eles haveria de se submeter, posto que quase nunca lá estejam pela prática do amor em fé.

 

Você sabe por si mesmo e pelo que já pode ter lido na Palavra e neste site, qual é a resposta do Evangelho a cada uma de suas perguntas. Daí você mesmo as haver deixado como respostas implícitas e retóricas.

 

Meu mano: não sei qual foi a razão de sua disciplina. No entanto, sei que disciplina vem da mesma raiz grega de discípulo, o que faz de toda disciplina um ato de discipulado, e, portanto, um processo de ajuda, de ensino, de admoestação, e, por tal razão, implicitamente, um processo de encontro humano em amor e verdade no Evangelho.

 

Esta é a única disciplina que eu conheço pelo Evangelho, e, qualquer outra coisa chamada de disciplina, e que não seja segundo ao Evangelho, jamais a ela conseguiria como homem me submeter, a menos que estivesse privado de todos os meus sentidos e percepções.

 

Além disso, a disciplina segundo o Evangelho, tem em Jesus a sua única referencia. Ora, como Jesus disciplinava as pessoas? Ou Ele jamais as disciplinou?

 

Ele as disciplinou de modo tão efetivo, discreto, próximo, calmo, curto, simples e sutil, que tudo se resolvia com um sincero “Tu sabes todas as coisas, por isto Tu sabes que eu te amo!” —, e, da parte Dele, com um simples: “Vem; e segue-me!

 

Quanto ao mais, vê-se Paulo tomando providencia na cidade de Corinto, visando a que o homem que possuía a mulher do próprio pai, sua madrasta, fosse afastado publicamente da comunhão como um membro dela, para, não muito tempo depois, o próprio apóstolo vir a pedir que a pessoa fosse reintegrada publicamente, a fim de que não morresse de depressão de tristeza.

 

A “igreja”, todavia, entende que membro do corpo de Cristo é aquele sujeito que não falta a encontros e que se dispõe a viver para servir ao grupo e nada mais.

 

Assim, “o crente”, demonstrará o amor dele por Deus freqüentando cultos, e manifestará seu amor pelos homens amando os idênticos a ele.

 

Ora, tudo isto enquanto os outros a ele forem idênticos, e, condicionalmente, enquanto andarem no mesmo ambiente, no templo ou “na igreja”, como costumam dizer.

 

Até os maçons fazem melhor do que isto!

 

Você sabe mais do que demonstra acerca de tudo o que se mostra perplexo. E isto é um vício de crente de grupos históricos, especialmente porque você luta com a etiqueta chamada ética eclesiástica, e que determina que um homem de Deus fica sempre no mesmo lugar de culto até a morte. Do contrário, está desencaminhado.

 

Ame a Jesus e ande conforme os Seus passos, pois, isto é o que importa, sendo tudo mais apenas palha quando comparado ao que é essência do chamado.

 

Quanto ao “que caiu”, saiba:

 

Caído andei não quando me diziam caído, mas quando me diziam glorioso.

 

Caído está todo aquele que não anda apenas e tão somente na justiça de Jesus, manifesta aos olhos e sentidos humanos, definitivamente, na Cruz.

 

Quanto ao “rebelde” e “cabeludo”, saiba: o primeiro não conheço, visto que na fé somente existe rebeldia se for contra Jesus e contra a Sua Palavra, e, sinceramente, não é disto que me acusam. Quanto ao segundo, ao cabeludo, creia: meu cabelo está longo apenas porque em mim sempre foi longo, na infância, na adolescência, e, depois do hiato de obediências às mediocridades humano-religiosas, deixei-o como sempre o tive em mim: longo.

 

Já o raspei de modo simbólico, em maio de 1999, na Flórida, significando para mim mesmo o ato de arrependimento pela minha força dada ao equivoco. E, depois disso, deixei-o crescer apenas em 2001, em razão de um pedido de minha mulher, Adriana, que me prefere como sou em mim: um ser de cabelo solto à vida. É apenas isto; e basta, não é mesmo?

 

O importante:

 

Ame a Jesus e ame a todos os homens, viva e siga a verdade em amor, pregue até com palavras, e ande contente, pois, é apenas isto que é.

 

Receba meu carinho e minha oração por sabedoria de fé sobre você.

 

 

Nele, que somente tem Uma Igreja,

 

 

 

Caio

 

28 de agosto de 2008

Lago Norte

Brasília

DF