SEMELHANTES AOS PAJÉS DO XINGU?

 

 

 

 

 

 

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From: SEMELHANTES AOS PAJÉS DO XINGU?

To: [email protected]

Sent: Thursday, October 02, 2008 4:36 PM

Subject: Parabéns pelo artigo “A MORTE DO DÓLAR”!!!

 

 

 

Prezado Caio,

 

Acabei de ler o seu texto “A MORTE DO DÓLAR!” no link “OPINIÃO” da sua página.

 

Desejo aqui expressar a minha satisfação em encontrar uma palavra serena e contextualizada como a sua neste momento.

 

Digo isso pela simples razão, por não ver na mídia cristã, mesmo naquelas que eram de vanguarda, uma postura como a que você tem assumido. Revelando o mundo como de fato ele é, como diria Miguel de Unamuno, “de carne e osso”.

 

Infelizmente, estamos vivendo num mundo de extremos, de um lado a erudição carcomida pelo vírus da idealização acadêmica, que superabunda em citações das autoridades teológicas, não conseguindo atingir o coração e alma dos mais simples. Na outra ponta, aparecem os “fazedores de milagres”, que mais se assemelham aos “pajés do Xingu” do que a Ministros de Deus”.  Em ambos os casos como diz meu filho, tentando vender o “Mundo Mágico de Bob” como se fosse o nosso mundo.

 

Portanto, fica aqui registrado o meu agradecimento e a expressão do meu respeito por você e seu trabalho.

 

Um forte abraço,

 

Marco

 

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Resposta:

 

 

Meu irmão: Graça e Paz!

 

 

 

Obrigado pelo carinho!

 

Os Estados Unidos são um país fundado sobre a ideologia do Destino Manifesto, a qual rezava que a América seria o Israel da Era que eles julgavam estar iniciando no século XVI, num misto de fé protestante e ideais maçônicos; digo, na base de tudo, nos Founders da nação.

 

Ora, esse ânimo messiânico é a alma da América do Norte!

 

Daí também a fixação americana na democracia como missão.

 

O resto a gente viu e vê…

 

Quanto ao que se tem hoje no meio cristão, com as polarizações que você descreveu, creio que a situação é pior do que você imagina, pois, tanto os acadêmicos seculares quanto os índios e xamãs do Xingu, estão ainda na dimensão do fenômeno, e, portanto, estão desculpados, sem falar que os pajés do Xingu são muito mais limpos e puros do que os bruxos cristãos aos quais você aludiu.

 

Você disse “assemelhando-se aos pajés do Xingu”, mas, eles, os pajés cristãos, não têm a dignidade de ignorância pura que se vê na alienação dos xamãs índios.

 

Na visão de Paulo em Romanos 1 e 2, em pior situação sempre estão os que se dizem “guias de cegos e mestres de crianças”.

 

Sim! Os Romanos pagãos e dados a toda sorte de orgias, e os pagãos que viviam fora de todo conhecimento de Lei ou Fé, ainda assim, diz Paulo, estão em situação melhor que os que dizem “eu sei”, pois, como disse Jesus e os apóstolos repetiram, é melhor saber menos e fazer tudo conforme se sabe, do que saber muito e fazer diferente de tudo aquilo que formalmente se confessa.

 

Entretanto, tal opção pela ignorância não existe, pois, quem ficou sabendo já não pode mais não saber.

 

Meu irmão: leia sempre o site e o divulgue a outros amigos.

 

Receba meu carinho!

 

 

Nele, que é e nos basta,

 

 

 

Caio

 

1 de outubro de 08

Lago Norte

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