AMO MINHA MULHER, MAS É MUITA BRIGA!

 

 

 

 

 

—– Original Message —–

From: AMO MINHA MULHER, MAS É MUITA BRIGA!

To: [email protected]

Sent: Sunday, October 12, 2008

Subject: É MUITA BRIGA!…

 

 

[O autor da carta pediu para não ter sua carta publicada. Publico a minha resposta apenas]

 

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Resposta:

 

 

Meu filho: Graça e Paz!

 

 

 

Li sua carta e tenho a dizer a você que gente que se ama também pode não se entender às vezes.

 

Além disso, tem gente que também se ofende… sem querer.

 

Ofendem-se quando são ofendidos e até quando não são.

 

A passionalidade do amor conjugal frequentemente lida mais com impressões machucadas do que com realidades mesmo.

 

Sim! Mesmo homem e mulher que se amam, ainda assim, algumas vezes, ofendem-se muito; até porque o que um pensa do outro ou diz sobre o outro em um momento ruim, pesa muito naquele que ouviu a opinião ou impressão, como algo esmagador e desproporcional.

 

Não fique impressionado! Apenas siga amando e fazendo o seu melhor!

 

Entretanto, evite as discussões, pois elas quase nunca refletem a realidade, mas sim os sentimentos equivocados e passionais de cada parte envolvida.

 

Discussão de amantes conjugais quase sempre é um encontro de subjetividades, o que torna qualquer encontro com a objetividade cada vez mais difícil.

 

Também veja que seu coração não fique magoado nunca. A mágoa falsifica as percepções.

 

Leia: AS GÊMEAS DA MORTE: MÁGOA E AMARGURA ; O PECADO NA PERCEPÇÃO ; AMARGURA: um “espírito” de falsificação da realidade!

 

 

Outra coisa importante:

 

Tente buscar o coração do Pai, pois, Ele, renova Suas bondades e boa vontade em todas as nossas manhãs.

 

Busque acordar assim também todos os dias. Esqueça o que para trás fica. Prossiga amando.

 

Quebre o ciclo dos constrangimentos!

 

Sim, pois, como você disse, depois de um desentendimento com quem se ama, surge aquele clima de sem jeitice.

 

Não se entregue a ele. Fique simples e natural. Não há porque se sentir sem posição. Apenas ame e você estará na posição e agindo do modo certo.

 

Também não fique pedindo perdão do que você não fez apenas para “pacificar” as coisas.

 

Não! Não faça assim, pois, desse modo, você estará dando um chão de paz falsa à sua companheira, além de estar imbecilizando-a e mimando-a, o que jamais produzira uma vida na realidade e na verdade.

 

Além disso, se ela se arrepender de algo, de algum exagero, não se volte para ela para dizer: “Viu? Eu não disse?”

 

Por outro lado, insista apenas porque vocês se amam, pois, não havendo amor mútuo, recíproco e do mesmo nível e qualidade, não há no que e nem para que insistir.

 

Também não perca a chance de ser sempre romântico, apesar de que o casamento sobrevive é do amor que vive um dia depois do outro, com paixão ou não, com alegria sempre ou nem tanto, mas sempre coerente como amor, e, assim, sempre amando sempre.

 

Outra coisa importante é não crer nas urgências da angustias conjugais, pois, tratar de angustias angustiadamente é apenas a receita para fazer tanajura virar dinossauro.

 

O mais importante é nunca ficar traumatizado por ter amado e não ter tido o tratamento recíproco.

 

O amor é seu, o do seu cônjuge é dele. Cada um trás o seu amor, e não faz barganha com o amor do próximo.

 

É ainda essencial que não se faça diário de tristezas e nem que se tenha um livro de Boletim de Ocorrências no casamento. Vira delegacia. É a receita para a mágoa.

 

Quem esquece ainda lembra, mas não lembra mais nada ao outro.

 

O perdão é sempre sem assunto quanto àquilo que se perdoou.

 

Quem perdoa até 70 X 7 fica sem tempo para acertar contas para sempre. Sim! Nem mesmo se conta o quanto se perdoou.

 

Quando Jesus mandou perdoar sempre, Ele falava da importância salvadora do perdão, antes de tudo, para aquele que perdoa.

 

Quanto ao sexo, saiba: é muito importante, embora não seja por meio dele que o casamento se fortaleça. No entanto, não negligencie a vida sexual, pois, por ela, muitas certezas são garantidas, digo, quando o sexo é feito com amor e carinho, como tem que ser sempre.

 

Ora, meu filho, poderia dizer muitas outras coisas. Sei que você me pediu para não publicar a sua carta, mas, nada disse sobre a minha resposta. Afinal, a carta é sua, mas a resposta é minha.

 

Espero que o que lhe disse faça bem a você e ao seu casamento.

 

 

Receba meu carinho!

 

 

Nele, que nos ama e nos chama ao amor,

 

 

Caio

 

13 de outubro de 2008

Lago Norte

Brasília

DF