NEPHILIM: os bastidores do livro!
Antes de ler o Nephilim [NEPHILIM – O LIVRO
Nos últimos dias algumas pessoas me perguntaram por que escrevi o livro “Nephilim”, que é uma ficção.
Na realidade, quando o livro foi publicado, milhares de leitores quiseram saber a mesma coisa. Afinal, eu mesmo havia dito que o livro era “muitos” em um só, e com vários níveis de mensagem: umas fáceis de ver, outras nem tanto, e, uma ou duas impossíveis de verificação.
Obviamente o Abellardo, personagem central da ficção, além de ser inspirado no Abelardo da História da Igreja [ver link: http://www.pucsp.br/~filopuc/verbete/abelardo.htm], é também meu instrumento de auto-revelação simbólica e arquetipica.
O caboclo Isaac Porto é uma brincadeira com “Pastor Caio”, cujas letras formam Isaac Porto. Além disso, trata-se ainda de um Amazonense, meu conterrâneo, e que, ao mesmo tempo, é igual ao meu amigo Isaías, do quilometro 180 da estrada Manaus – Itacoatiara.
Enoque foi todo inspirado no que meu pai era e significava para mim: um patriarca da Bíblia, porém, com os amores de Jesus dominando-lhe o ser.
A história é baseada no livro de Enoque porque era o livro que eu estava relendo quando o dia 28 de abril de 1998 me chegou, e, depois dele, nada mais foi igual.
O passado do livro foi o meu passado mágico, apesar dos gigantes. O presente atribulado do livro, na floresta, perdido, sem saber o rumo, tendo apenas os amigos do passado como lembrança, e os do presente, oscilando entre a amizade e a duvida — refletia o que me estava acontecendo.
Os Nephilim do passado haviam se tornado os homens de poder de hoje. Daí os mesmo gigantes estarem agora disfarçados. Mas era o mesmo poder maligno.
NasiLhi Myac são as “ilhas Cayman”… lugar onde só estive em sonho, ou, pesadelo.
O “Gordinho dos sucos” era o amigo que me colocou na confusão do Dossiê Cayman. Cedros é o pai da armação. Zeca é o diabo humano escondido da história. E o Nataliaás é o diabo mesmo, só que tendo seu correspondente na história do Cayman, quando o diabo final da história era um tal de Degan.
O “coração transplantado” do Abellardo era o meu próprio coração, o qual estava alterado pelas sensibilidades daquele tempo de lutas gigantescas.
Ou seja: eu me sabia perdido na floresta, sem rumo, mas, ao mesmo tempo, sabia que algo novo tinha sido transplantado em meu ser.
A “viagem” do Abellardo, sempre enquanto dormia ou estava arrebatado, mostrava o fato de que mesmo sem sair do lugar, meu mundo estava repleto de muitos outros mundos e vidas.
O fato de o Abellardo ter vencido tudo sem ajuda de aparatos humanos, mas apenas com a ajuda dos anjos e dos pequenos animais, especialmente dos peixes e dos passarinhos, mostrava minha fé quanto ao fato que, ao final, a vitória viria pela fraqueza.
Além disso, o livro também denuncia o presente momento da História, com suas bruxarias genéticas, cibernéticas, digitais, etc. Também nele se tem o descortinar do mundo espiritual, com suas maquiagens modernas.
Ao final aparece o Velho Sábio da Muleta, que é o pai que Deus me deu nesta vida. Também se vê uma Irmandade, que era, desde então, o meu desejo; contra o qual eu mesmo lutava com todas as forças: iniciar uma irmandade sincera, com irmãos que se vissem na “Ordem de Melquizedeque”, conforme o livro também apresenta o tema.
Ao mesmo tempo, usei o livro também para discutir com leveza a questão da inspiração literal da Bíblia, servindo-me do livro de Enoque a fim de mostra que na Bíblia existe um nível de liberdade quanto a assimilar-se a verdade onde quer que ela esteja, a qual, digo, liberdade, quase nenhum crente tem nos nossos dias.
Sobretudo, digo: escrevi o livro para não morrer de depressão.
Dois furacões passaram sobre a minha cabeça, na Florida, enquanto escrevia o livro, entre agosto e setembro de 1999.
Daí eu usar o tempo todo no livro a figura do Dilúvio!
O mais é para você que, agora, deseja ler ou re-ler o livro.
Um abraço!
Nele,
Caio