VISITANDO O VALE DO AMANHECER

 

—– Original Message —–

From: VISITANDO O VALE DO AMANHECER

To: Caio Fábio

Sent: Tuesday, April 07, 2009 8:46 PM

Subject: VISITANDO O VALE DO AMANHECER

 

 

 

Caro Pastor Caio.

 

Estive em Brasília no mês de janeiro, e então fiquei sabendo da existência de um lugar chamado Vale do Amanhecer. Diante das descrições de um de meus sobrinhos, senti forte curiosidade de ir visitar o local. Pois, até então, não me parecia um lugar proibido ou que me causasse algum constrangimento em visitar.

A verdade é que só fui ter uma noção mais clara de que tipo de lugar era o tal Vale, quando já estava lá, visitando.

Fui muito bem recebida lá, mas confesso que não me foi muito confortável descobrir que se tratava de um lugar voltado ao sincretismo religioso, cuja base de suas crenças estavam ligadas à magia, invocação dos mortos, dentre outros rituais “diferentes”, com os quais não estou acostumada; haja vista eu ter sido criada desde cedo na doutrina evangélica. 

Durante o percurso de visita ao lugar, entramos em uma pirâmide, e lá dentro, seguindo a um dos ritos dessa religião, me foi servida uma água e um sal; seguido da saudação “salve Deus”.

No primeiro momento não me senti nada confortável em aceitar o tal sal e a água; ao mesmo tempo refleti que seria mais “educado” aceitar; e crer que o poder do Senhor Jesus é maior; e que tal rito não me afetaria.

Minha dúvida é.

Fui profana em visitar o Vale?

Minha vida espiritual pode ter sido abalada por isso de alguma forma?

Perdoe-me se estiver sendo ignorante; apenas desejo um parecer de sua parte.

Graça e Paz em Cristo Jesus      

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Resposta:

 

Minha amiga no Senhor: Graça e Paz!

 

O que importa é perguntar: O que a Palavra diz?

Ora, veja o que Paulo diz de um modo geral. Depois veremos de modo especifico a sua situação.

O espírito do que Paulo diz é o seguinte:

No que diz respeito às coisas sacrificadas aos ídolos, já sabemos todos o seu significado.
Saber…apenas saber…incha o ser e nada mais.
Somente o amor edifica.
Desse modo, se alguém tem a pretensão de achar que sabe alguma coisa, de fato ainda não aprendeu como convém saber.
O verdadeiro conhecimento vem do amor, pois, se alguém ama a Deus, esse é conhecido por Deus.
Digo isto tudo porque eu sei que todos vocês sabem que comer coisas sacrificadas aos ídolos nada significa. Afinal, sabemos que o ídolo nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só.
Ainda que haja muitos que se chamem de deuses e senhores ou que assim sejam chamados — seja no céu seja na terra —, todavia, para nós, há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual existem todas as coisas, e por ele nós também.
Mas isto é o que nós sabemos. Entretanto, nem todos têm esse discernimento espiritual.
Isto digo porque há alguns que, acostumados até agora com a devoção ou temor do ídolo — como se o ídolo de fato tivesse poder —, comem coisas sacrificadas aos ídolos como se o ato de comer significasse algo espiritualmente significativo.
Desse modo, quando comem, sua consciência, sendo ainda fraca e ignorante, contamina-se em razão do próprio significado que atribui àquilo que, em si mesmo, não é nada.
As coisas ganham o significado que nossa consciência atribui a elas!
Todavia, não é a comida que nos há de recomendar a Deus; pois, não ficamos piores se não comermos, nem ficamos melhores se comermos.
Portanto, não estamos falando do que é em si, mas daquilo no que as coisas se tornam, em razão da projeção de valor à elas atribuído.
Desse modo, vejam atentamente que a liberdade de vocês — fruto do saber verdadeiro —, não venha a ser motivo de tropeço para os fracos.
Ou seja: para aqueles que ainda olham para a comida sacrificada ao ídolo ou para o próprio ídolo, como se a “coisa” tivesse em si algum valor ou poder.
Assim, se um desses supersticiosos vir você, que tem “ciência”, reclinado tranqüilamente comendo à volta de uma mesa num templo de um ídolo, poderá pensar que você está ali atribuindo culto e valor àquilo que para você não tem nenhum valor —; e, assim, poderá ser induzido pela sua liberdade, a comer com a consciência fraca e supersticiosa as coisas sacrificadas aos ídolos…como se a sua presença ali avalizasse também o ato dele.
Não é, porventura, assim que “eles” interpretariam sua presença no lugar?
Desse modo, ironicamente, pelo saber e pela liberdade que você já adquiriu, alguém que ainda está na ignorância pode vir a sucumbir à superstição.
Assim, por causa da “ciência” que você possui alguém poderá perecer… Sim! Aquele que é fraco; o teu irmão por quem Cristo morreu!
Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo-lhes a consciência ainda débil e fraca, vocês estão pecando contra Cristo.
Dessa forma, o que se deve saber é o seguinte:
O ídolo não é nada para você em razão de você já saber que ele não é nada mesmo.
Sozinho você pode comer onde e o quê bem desejar — ou em companhia de pessoas maduras!
No entanto, se a comida fizer tropeçar a meu irmão, nunca mais comerei em sua presença nada que o faça tropeçar; isto porque não quero servir de tropeço à consciência fraca de meus irmãos…que ainda não discerniram a grandeza da liberdade que em Cristo eu tenho.
De minha parte não quero jamais induzir meu irmão ao engano simplesmente por não carregar em mim uma consciência que antes de tudo saiba saber no amor.

De tudo o que você disse, quando comparado com o que Paulo ensinou sobre o tema, o que eu teria a lhe dizer seria apenas o seguinte:

1.    Que é temerário ir aonde não se sabe o que seja, especialmente quando é fruto de curiosidade pessoal, e não de um engano provocado por terceiros;

2.    Que o maior mal que você fez, se fez algum, terá sido à consciência supersticiosa de seus sobrinhos, que foram seus guias inspirados e alegres na peregrinação pelo lugar;

3.    Que a você nada aconteceu, exceto comer sal grosso com água de coisa nenhuma;

4.    Que você não faça mais nada assim, pois, tais curiosidades ignorantes, por vezes nos põem batendo papo com o diabo e chamando urubu de meu louro;

5.    Que o perigo não foi o sal, nem a água, nem a saudação, mas sim o medo que AGORA começa a perturbar você. Afinal, tudo o que não provém de fé, é pecado; bem como se diz: A fé que tu tens, tem-na para ti mesmo. E mais: Bem aventurado é o homem que não se condena nas coisas que aprova.

6.    Que, portanto, o importante é AGORA.. E o que é importante agora? Ora, é crer que você já está perdoada de sua ignorância espiritual, e que mal nenhum jamais alcançará você, apenas porque você crê em Jesus; e está sob a Sua Graça. Isto se é assim que você de fato crê.

Quem anda mesmo com Jesus, fica sem curiosidades para tais coisas. E mais: não é “delicado” e nem “politicamente correto” contra a sua consciência jamais.

Ou seja:

Em Jesus o sim é sempre sim, e o não é sempre não.

Assim, já que você já estava lá, o que deveria ter feito era ter voltado… Mas como ficou…, então, o que deveria ter feito era não ter recebido o turismo doutrinário do Vale. Mas como você aceitou a “viagem”…, e, além disso, como se assentou para o “rito”…, então, não deveria ter comido nada…, apenas em razão do engano do que ministrava e do engano produzido na mente dos seus sobrinhos ou observadores.

Mas agora que já fez…, creia:

Já Está Consumado contra tudo isso; ainda que “isso”; ainda que, como disse Paulo, “isso” nada seja no mundo, exceto se alguém lhe atribuir poder.

Porém, se você está em Cristo, então, nenhum poder terá poder sobre você.

É crer e viver em paz!

Assim, aprenda com o episodio e fique esperta!

 

Nele, em Quem tudo é puro para os puros, exceto se isto escandalizar alguém genuinamente ignorante,

 

Caio

9 de abril de 2009

Lago Norte

Brasília

DF