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From: FÉ EM DOMICÍLIO… DELIVERY…
Sent: Friday, August 21, 2009 9:39 PM
Subject: Fé em Domicílio – Revista IstoÉ
Caio,
Na Revista IstoÉ número 2072, cuja reportagem de capa é “Os perigos da ansiedade”, foi publicada uma matéria intitulada “Fé em Domicílio” (http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2072/artigo145006-1.htm).
Esta matéria relata que o Vaticano está estimulando os padres a freqüentarem e a fazerem reuniões nas casas dos “fiéis”.
De forma semelhante os pastores evangélicos estão seguindo a mesma idéia.
Só tem um detalhe, percebi que eles não estão seguindo os cristãos da época pré-Constantino como a reportagem afirma…; tem uma falha de conceito na matéria.
Na realidade em todos os casos eles estão levando para dentro das casas o sacerdote religioso, sendo padre ou pastor, juntamente com toda “doutrina” institucional.
Um padre está levando o G12 para dentro das casas e está tendo resultados, já são 13 grupos (é a loucura da multiplicação das células em domicílio).
Tem até uma igreja “Sem nome” que possui seu sacerdote e já contabiliza 400 membros, isto mesmo, em pouco tempo eles provavelmente terão sua catedral, não creio que isto demore, como já estão contabilizando já deve existir a sede pelo palácio.
Surge uma dúvida em minha mente:
Será que eles estão ouvindo dizer do “Caminho da Graça” e de todos que estão Caminhando na Graça em toda parte do planeta, porém, sem realmente conhecer o que seja “Caminho da Graça”, e estão achando que devem fazer algo similar?
Ou seja, estão tentando criar um frankstein ou um “outro caminho”?
Evaldo Wolkers.
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Resposta:
Evaldo querido: Graça e Paz!
Não! Não creio que seja o caso…
Na realidade creio apenas que qualquer pessoa inteligente, vendo a falta de interesse do povo na religião em razão de tanto aproveitamento…, faria o mesmo: mandaria os sacerdotes até a casa das pessoas…
Portanto, a meu ver, isso nada tem a ver com o ideal do Evangelho, mas apenas com uma estratégia em tempo de vacas magras…
O ideal do Evangelho se faz acompanhar de vida, mensagem e finalidades segundo o Evangelho, e nunca segundo a aflição da “igreja” de não perder espaço e poder…
Na religião o que importa são os fins…
Os meios são relativos…
E qual é o fim?
Levar Jesus às pessoas?
Certamente não, mas sim levar as pessoas para a “igreja”…
Se dissessem à “igreja” que o mundo inteiro creu em Jesus, mas que ninguém quer mais saber de “igreja”, ainda assim a “igreja” não ficaria feliz, posto sua preocupação de fato não seja com Jesus, com o Evangelho e com o povo, mas apenas com ela mesma…
O fim/finalidade da “igreja” é manter-se existente, não viva…
Por isto a “igreja” aceita tudo, menos morrer e servir…
Na realidade tudo tem apenas a ver com estratégia e espaço, ainda que haja pessoas bem intencionadas no processo…
Para que Jesus tenha algo a dizer à “igreja”, ela antes precisa levantar-se e dizer: “Mestre! Decido dar metade dos meus bens aos pobres; e se nalguma coisa defraudei alguém, restituo quatro vezes mais!”…
Então Jesus dirá à “igreja”:
“Hoje entrou salvação nesta casa!”
Antes disso Jesus nada tem a dizer àquilo que se auto-intitula Igreja sendo apenas “igreja”…
Se a “igreja” quer salvação precisa crer no Evangelho…
Do contrário, já se perdeu com o mundo…
Nele, em Quem nossa ação não é estratégia, mas modo simples de amar e de fazer conforme Jesus mandou e ensinou,
Caio
22 de agosto de 2009
Lago Norte
Brasília
DF