O SIMPLES DE ENTENDIMENTO E DE CORAÇÃO
O Simples, no livre de Provérbios, é o ser ingênuo e que confia sem malícia nos outros. Ele é bom, mas sua bondade suspender a sua sensatez. Assim, pode errar e se deixar impressionar pelos contos dos insensatos e até pelas histórias dos perversos. Mas não há dolo em suas ações.
Eis o que Provérbios diz sobre esse estado psicológico.
Até quando, ó simples, amareis a simplicidade? E vós escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós insensatos, odiareis o conhecimento?(Pv 1:22).
Veja que o simples pode ficar muito mal acompanhado sem se dar conta disso.
Porque o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá(Pv 1:32).
Ele morre pela falta de prudência.
O simples dá crédito a cada palavra, mas o prudente atenta para os seus passos(Pv 14:15).
O simples de coração não é mal, é crédulo!
Açoita o escarnecedor, e o simples tomará aviso; repreende ao entendido, e aprenderá conhecimento(Pv 19:25).
O simples só aprende quando a pedagogia chega a esmagar os seus sentidos. A calamidade tem que se lhe tornar vizinha para que ele perceba o perigo.
Quando o escarnecedor é castigado, o simples torna-se sábio; e o sábio quando é instruído recebe o conhecimento(Pv 21:11).
Em havendo punição para o ser perverso e cínico, então, tal pedagogia em geral acorda o ingênuo de coração.
O prudente prevê o mal, e esconde-se; mas os simples passam e acabam pagando(Pv 22:3).
O ingênuo vai sem dolo, mas a ausência de dolo não nos dá a garantia de impunidade.
O avisado vê o mal e esconde-se; mas os simples passam e sofrem a pena(Pv 27:12).
E, assim, ele sofre sem nem saber o porquê.
Conclusão: o Simples não tem que ser julgado. Ele precisa é ser advertido de que seu andar é bobo e crédulo—e também que as conseqüências da vida poderem lhe ser desfavoráveis apesar de sua ingenuidade.
Disso eu tenho alguma experiência!
Caio Fábio