UMA MENSAGAEM DE BABILÔNIA PARA TODOS
Esta é a mensagem do homem que se tornou símbolo de poder terreno na Bíblia.
Com sua própria boca ele nos conta quem é Deus.
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Eu, Nabucodonozor, rei de muitos, a todos os povos, nações, e línguas, que moram em toda a terra: Paz vos seja multiplicada.
Pareceu-me bem fazer conhecidos os sinais e maravilhas que Deus, o Altíssimo, tem feito para comigo.
Quão grandes são os seus sinais, e quão poderosas as suas maravilhas!
O seu reino é um reino sempiterno, e o seu domínio de geração em geração!
Eu, Nabucodonozor, estava sossegado em minha casa, e próspero no meu palácio. Então, tive um sonho que me espantou.
Eu estava na minha cama…
Os pensamentos e as visões da minha cabeça me perturbaram como nunca antes.
Tal perturbação me fez expedir um decreto. Quem não tem discernimento apela para o decreto.
No meu decreto determinei que fossem introduzidos à minha presença todos os sábios de Babilônia, para que me fizessem saber a interpretação do sonho que tanto me perturbara.
Então vieram os magos, os encantadores, os sacerdotes caldeus, e os adivinhadores…
Reuni-os e lhes contei o sonho.
Eles, todavia, não me fizeram saber a interpretação do mesmo.
Por fim entrou na minha presença Daniel, cujo nome babilônio é Beltessazar— segundo o nome do “deus” que eu cultuara até então!
Sobre Daniel há o espírito dos deuses santos…
Eu lhe contei o sonho, dizendo:
Ó Beltessazar, chefe dos magos, porquanto eu sei que há em ti o espírito dos deuses santos, e nenhum mistério te é difícil, dize-me as visões do meu sonho que tive e a sua interpretação.
Eram assim as visões da minha cabeça, as imagens de meu perturbador sonho:
Eu olhava…e eis uma árvore no meio da terra, e grande era a sua altura.
Crescia a árvore…e se fazia forte, de maneira que a sua altura chegava até o céu, e era vista até os confins da terra.
A sua folhagem era formosa, e o seu fruto abundante, e havia nela sustento para todos.
Debaixo dela os animais do campo achavam sombra, e as aves do céu faziam morada nos seus ramos, e dela se mantinha toda a carne.
Eu via isso nas visões da minha cabeça, estando eu na minha cama…então eis que vi um vigilante celestial, um santo anjo, e que descia do céu.
Ele clamou em alta voz e disse assim:
Derrubai a árvore, e cortai-lhe os ramos, sacudi as suas folhas e espalhai o seu fruto; afugentem-se os animais de debaixo dela, e as aves dos seus ramos. Contudo deixai na terra o tronco com as suas raízes, numa cinta de ferro e de bronze, no meio da tenra relva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais na erva da terra.
E disse ainda mais:
Seja mudada a sua mente, para que não seja mais a mente de um homem, e que lhe seja dada mente de um animal…e assim passem sobre ele sete tempos.
O que penso que sei, Daniel, é que esta sentença é por decreto dos vigilantes, e por mandado dos santos altíssimos….a fim de que conheçam os viventes que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer, e até o mais humilde dos homens constitui sobre eles.
Este sonho eu, rei Nabucodonozor, o vi.
Tu, pois, Beltessazar, dize a interpretação…porquanto todos os sábios do meu reino não puderam fazer-me saber a interpretação, mas sei que tu podes…pois há em ti o espírito dos deuses santos.
Então Daniel, cujo nome era Beltessazar, esteve atônito por algum tempo, e os seus pensamentos o perturbaram.
Falou, pois, o rei e disse:
Beltessazar, não te espante o sonho, nem a sua interpretação!
Respondeu Daniel ao rei, e disse:
Senhor meu rei, desejaria que este sonho fosse para os que te odeiam, e a sua interpretação para os teus inimigos.
Eis a interpretação do sonho que tiveste:
A árvore que viste, que cresceu, e se fez forte, cuja altura chegava até o céu, e que era vista por toda a terra…cujas folhas eram formosas, e o seu fruto abundante, e em que para todos havia sustento, debaixo da qual os animais do campo achavam sombra, e em cujos ramos habitavam as aves do céu—sim, meu rei—esta árvore és tu!
Tu és aquele que cresceste, e te fizeste forte. A tua grandeza cresceu, e chegou até o céu, e o teu domínio até a extremidade da terra.
E quanto ao que viu o rei, um vigilante, um santo, que descia do céu, e que dizia: Cortai a árvore, e destruí-a; contudo deixai na terra o tronco com as suas raízes, numa cinta de ferro e de bronze, no meio da tenra relva do campo; e seja molhado do orvalho do céu, e seja a sua porção com os animais do campo, até que passem sobre ele sete tempos!—esta é a interpretação.
Trata-se, ó rei, de um decreto do Altíssimo, que é vindo sobre o rei, meu senhor!
E assim será contigo:
Serás expulso do meio dos homens, e a tua morada será com os animais do campo, e te farão comer erva como os bois, e serás molhado do orvalho do céu, e passar-se-ão sete tempos por cima de ti…até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer!
E quanto ao que foi dito, que deixassem o tronco com as raízes da árvore…o significado disto é que o teu reino voltará para ti, depois que tiveres conhecido que o Céu Reina.
Portanto, ó rei, aceita o meu conselho, e põe fim aos teus pecados, praticando a justiça, e às tuas iniqüidades, usando de misericórdia com os pobres, assim, talvez se prolongue a tua tranqüilidade.
Tudo isso veio sobre mim…sim…sobre mim, rei Nabucodonozor!
Ao cabo de doze meses, quando passeava sobre o meu palácio real de Babilônia, eu já havia esquecido o sonho.
Então, falei e disse:
Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei para a morada real, pela força do meu poder, e para a glória da minha majestade?
Ainda estava a palavra na minha boca quando caiu uma Voz do Céu sobre mim, e disse:
A ti se diz, ó rei Nabucodonozor, e já está feito:
Passou de ti o reino. E serás expulso do meio dos homens, e a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer.
Na mesma hora a palavra se cumpriu sobre mim…e fui expulso do meio dos homens…e comia erva como os bois…e o meu corpo foi molhado do orvalho do céu…até que me cresceu o cabelo como as penas da águia, e as minhas unhas como as das aves…
Mas ao fim daqueles sete tempos, eu, Nabucodonozor, levantei ao céu os meus olhos, e voltou a mim o meu entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei, e glorifiquei ao que vive para sempre!
Aprendi que seu domínio é domínio eterno, e o seu reino é de geração em geração!
Aprendi também que todos os moradores da terra são por Ele reputados em nada, e que segundo a Sua Vontade Ele opera no exército do céu, e entre os moradores da terra.
Aprendi que não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?
No mesmo tempo voltou a mim o meu entendimento. E para a glória do meu reino voltou a mim a minha majestade e o meu resplendor.
Buscaram-me os meus conselheiros e os meus grandes. Assim, fui restabelecido no meu reino, e foi-me acrescentada excelente grandeza.
Agora, pois, eu, Nabucodonozor, louvo, exalto, e glorifico ao Rei do Céu, porque todas as Suas obras são retas, e todos os Seus caminhos são justos.
Ele é aquele que pode humilhar aos que andam na soberba!
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Agora, digo eu:
O Senhor reina!
Ele levanta, e Ele abate!
Bem-aventurado é todo aquele que não luta contra a Sua soberania!
Aí de todo aquele que pensa que em si mesmo é alguma coisa!
Pobre de todo aquele que pensa que O conhece, mas que não se dobra sob Sua majestade!
Quem tiver ouvidos, que ouça o Rei Nabucodonozor!
Caio