A EFICÁCIA DO SER PACIFICADO

Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus!


O homem que ama o conhecimento quer conhecer sempre mais.

O homem, porém, que está em Deus, esse sabe que apenas conhece cada vez menos.

Para esse, conhecer ensina o não conhecer!

Por essa razão esse homem não deseja quase nada. Por isto, também, ele não se frustra.

Paradoxalmente, é graças a esse fazer e saber quase-nada que tudo é feito através dele, e nele.

Ah, como pode ser produtiva a quietude de um homem!

A última lição dada ao homem que tem coração realizador e aflito por fazer, é, sem dúvida, vir a saber que é possível muito fazer pelo nada fazer.

Mas com certeza muita coisa é destruída pelas tentativas do muito realizar.

Quanto mais leve for o governo, mais alegre será o povo.

Quanto menos interferência, mas as consciências amadurecerão.

Quanto mais paz e quietude, maior é a eficácia do não fazer, posto que pela quietude do espírito a vida gravita em favor do homem pacificado.

Bem-aventurado é aquele cujo agir não é feito de ansiedade, pois, na ansiedade, toda realização carrega a semente da angustia e da destruição.

Bem-aventurado é aquele que confia de todo coração, pois, mediante a confiança, a sua não-ação se tornará em ação; assim, para esse, o não agir, fará dele um ser agido. E tudo será agido em seu favor.

Buscai, pois, em primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça, e todas as outras coisas vos serão acrescentadas.

 

Caio