GAFANHOTOS COM MEL: dieta de quem não quer ficar apenas azed



João Batista era uma cara esquisito em todos os sentidos. Não coube nem mesmo na sociedade de seus dias. Aliás, um homem como ele só não seria esquisito na Idade da Pedra, posto que seu ‘sósia profético”, Elias, o qual se comportava de modo semelhante a João Batista, também não coube em sua própria sociedade, vários séculos antes de João. Ontem, dia 3 de outubro, eu via na televisão um documentário sobre gafanhotos, praga que até hoje está para além da possibilidade de controle humano quando acontece deles se tornarem um enxame voador. Sim, eles podem até mesmo chegar com como nuvens de 3 mil quilômetros de comprimento. Podem, em certos casos, ser mais numerosos do que todas as estrelas de nossa via Láctea, isso quando atacam em super-enxames. Podem também ser tão numerosos que até mesmo o sol fica encoberto quando eles vêm em tais exércitos. No Velho Testamento os gafanhotos eram sempre vistos como sinônimo de desgraça e praga. Eles eram vistos como os vingadores de Deus contra as rebeldias dos homens! Até hoje os pregadores do quase-evangelho ainda usam os “gafanhotos” como ameaça para quem não der o dízimo a eles. Ora, vendo o documentário, logo minha mente se voltou para João Batista, que comia gafanhotos com mel silvestre. Sim, o cara comia aquilo que era símbolo de desgraça e maldição. Só que ele comia com mel. Era uma dieta de desgraça e doçura. Que imagem linda! O homem que era o amigo do Noivo, o precursor de Jesus, comia a desgraça com doçura. João comia aquilo que todos chamavam de maldição. Ele de fato comia. Maldição digerida e melhorada pelo mel. Gafanhotos fazem parte da dieta de quase todos os que vivemos neste mundo. A questão é que a maioria come gafanhoto com gafanhoto. João, porém, os comia com mel. Quando a vida lhe servir “gafanhotos”, tempere-os com o mel dos campos! Pense nisto! Caio