O Bar dos Inocentes…

Estava colocando a minha netinha no carro para ela ir de volta para a casinha dela.
De repente…gritos!
Esperei o carro sair.
Olhei para trás e vi um homem bem vestido, de uns 55 anos, com um revolver na mão.
A cena era em frente ao Bar dos Inocentes.
Tenho alguns amigos lá.
Hoje o bar estava lotado…
Todos estavam gelados de medo.
O homem, de fato, estava disposto a meter no mínimo uma bala em alguém.
Foi instintivo…
Gritei!
“Paz seja neste lugar”—e caminhei na direção do homem.
Fez-se silêncio total.
“Olhe bem para mim e veja se minha cara é de guerra ou de paz!”—exclamei.
O homem me olhou como se eu fosse um alienígena.
Em Copacabana…um cara de bermuda vermelha, camisa branca, barbado e de mãos para cima…dizendo o que eu estava dizendo…?
De fato, olhando “de fora” parecia uma cena surreal.
Cheguei perto, abracei o homem e falei para ele guardar a arma.
Guardou-a.
Botei a mão no ombro dele e tirei-o dali…conversando sobre o ridículo de tudo aquilo.
As razões?
Bobagem…como sempre.
Papo de quem “entornou” mais do que agüenta…então, fica tudo como o diabo gosta.
Botei o homem do outro lado da rua e o mandei para casa.
“Quem é você?”—me perguntou.
“Sou amigo de Jesus”—foi o que eu respondi a ele.
Dei-lhe um abraço e ele se foi.
Voltei direto para o computador e escrevi essa historinha da vida real em Copacabana.
Estou de saída para o Café com Graça.
Hoje é sábado.
Caio