Hoje, ao ouvir sobre mais furacões no Japão, telefonei para meus pais para saber de minha mana, Suely, que está lá, fazendo um curso.
Ela está longe do lugar atingido e está bem. Foi o que papai me disse. Então, aproveitando a oportunidade, pedi a ele que orasse por mim, pois, em meu espírito, sinto que há algo bom acontecendo, mas sei que há também aqueles que não estão dispostos a ver acontecer. Por isto, no espírito, muitas vezes sinto os seus sentires. E não me faltam testemunhas oculares de comprovação.
Eu disse a ele que não quero viver jamais como um ser reativo ou protestante. Disse a ele que sentia meu coração se encher de um desejo intenso de não mais responder, mas tão somente falar o que creio que é, e ser mudo ante qualquer tentativa de oposição. Não fazendo nada além de anunciar a Palavra. E disse que o que ela gera é que pode ser ouvido como exortação, edificação, ou consolação—ou ainda como ardente profecia. Mas isto não é protesto, é proposta.
Ele ouviu. E quando terminei, ele disse:
“Meu filho, não ligue. Mantenha-se no Evangelho segundo o Evangelho. E creia na Fidelidade de Deus. Há homens que olham para o sol, e dizem: ‘Lá está uma grande bola de fogo. Nós precisamos do sol.’ Mas há também os tolos que nem isso percebem. Enquanto isto, eu olho e vejo a Fidelidade de Deus no sol. Não é uma bola de fogo. Para mim são raios de vários tipos, todos maravilhosos e necessários à vida. E vejo energia e luz…chegando na exata medida da vida…fazendo tudo viver…um pouquinho mais pra lá, e gela tudo… um pouquinho mais pra cá… e torra tudo. Tudo depende da Fidelidade de Deus. O Universo se sustenta na Fidelidade de Deus. Então, nessas coisas que nem sempre são vistas, eu encontro gratidão pela Fidelidade de Deus. E penso: Ele me ama mais que ao sol. E confio na Fidelidade de Deus. Então, meu filho, não ligue para nada. Creia na Fidelidade de Deus. A Graça de Deus é sempre Fidelidade. Quem cuida do sol e da terra é quem cuida de nós”.
Chorei de alegria e gratidão por tê-lo como meu pai.
Caio