DOIS, SENDO UM, FAZEM MUITO SEREM UM SÓ: isto é família!



Davi disse a Daniel: “Olha lá, garoto! Agora temos dois padrões. Somos a família Wills-D’Araújo!” — e isto em razão de uma gozação entre eles; entre irmãos!

Família será sempre o maior e o melhor bem que um ser humano pode ter na Terra. Seja na relação de entre os cônjuges, marido e mulher. Seja no vínculo com os filhos. Seja dos filhos com os pais. Ou, mais tarde, com os netos.

Quando me divorciei em 1998, só o fiz porque tinha a certeza de que tanto a conjugalidade anterior se tornaria boa e sincera amizade; o que, depois de um tempo veio a acontecer. Graças a Deus!

Os filhos, de coração, jamais achei que se afastassem fosse de mim fosse da mãe deles. E, pela Graça de Deus, para um deles nada houve, para outro houve uma adaptação de um ano, para outro demorou três anos, e, para outro ainda, houve um ajuste que durou quatro anos; porém, sem nenhuma ruptura de nenhuma natureza.

Entretanto, mesmo as tais adaptações bem sucedidas, eu jamais esperei ter que enfrentá-las. Sim, porque se minha alma ao menos desconfiasse, naquele tempo, que tais ajustes teriam que ser feitos, creio que não teria tido a coragem; ou mesmo se soubesse o significado de certas dores.

A visão retrospectiva das misericórdias de Deus, e, sobretudo, em razão do amor encontrado em minha mulher, é que comecei a ter paz para entrar na paz; e, sem demora, começar a ver a bondade de Deus se manifestando sobre todos nós. Sim, sobre nós e nossos filhos!

Hoje, entretanto, após 8 anos, e já estando casado de novo há 6 anos; e, mais ainda: vendo a Graça operando em todos os níveis; gerando amizade entre a mãe de meus filhos e minha mulher; e, muito mais ainda: vendo que tanto os filhos que minha mulher gerou quanto os que gerei, se gostam, se amam, e adoram estar juntos, como irmãos-amigos—minha alma se encheu de alegria e gratidão!

Antes eu tinha 4 filhos. O Senhor levou um deles num “acidente” de carro. No dia que ele se foi, estando acompanhado de quase “todos” os irmãos, ao chegar no lugar onde juntos foram, apresentava os irmãos-adotados como irmãos mesmo; dizendo: “Antes éramos quatro. Agora somos sete”. Naquele mesmo dia ele foi para a Casa onde TODOS são irmãos!

Hoje, neste dia 7 de maio, cinco deles estão aqui em Brasília conosco celebrando o aniversário da Adriana. E Davi, que curte toda essa movimentação familiar ao extremo, disse: “Somos a família Wills D’Araújo!”

Estão todos brincando e se alegrando!

E Adriana e eu estamos aqui, na sombra, vendo a animação da moçada, incluindo a nossa neta, que enche o lugar como um anjo trás glória para onde chega!

Assim, quero dizer para todos que hoje tenho 6 filhos na Terra com minha mulher; e 3 com a mãe de meus filhos. Ora, tal fato só pode ser entendido e assimilado no amor. Entretanto, para quem crê na Cruz, tal realidade já nasce explicada. Afinal, Aquele que disse “Eis aí teu filho”, para Maria; e disse: “Eis aí tua mãe!” — para João; Ele mesmo estabeleceu que família é o que Deus une, e não apenas o que a genética produz!

O único lugar onde filhos nascem é o coração; e em nenhum outro!

A promessa de Jesus era que no “reino de Deus” todos poderiam ter muitos pais, mães, filhos, e irmãos! E isto com perseguições…

Assim, bem-aventurado é todo aquele que ama os seus até o fim; e também ama aqueles aos quais Deus lhe deu como filhos e filhas do coração; sejam os gerados no ventre ou sejam aqueles nascidos da gravidez da alma. Afinal, tanto os filhos genéticos como também os adotados, acabam por ser fruto do mesmo lugar de nascimento: a alma e o coração!

Obrigado Senhor por Tua imensa misericórdia!


Nele, que a todos nos fêz filhos, e deseja que cresçamos conforme a imagem de Seu Filho,



Caio