COM CARINHO POR RUTH GRAHAM
Ninguém que tenha vivido no mundo no século XX, dos anos 50 em diante, escapou da influencia espiritual de Billy Graham. Entretanto, à sua esposa Ruth, para os que conheciam o casal, se credita muito do que Billy realizou.
Antes mesmo de ter minha experiência pessoal com Jesus, eu conhecia Billy Graham de nome, como sendo o mais importante homem público evangélico do mundo. Mais que isto: antes mesmo de meu pai se converter aí por 1966, Billy já habitava minha imaginação, sempre que dele se dizia alguma coisa em casa.
Quando encontrei Jesus em 1973, meu pai me deu dois livros para ler: “O Apostolo dos Pés Sangrentos”, sobre a vida de Sadu Sundar Sing, e um outro, “O Desafio”, de Billy Graham, que era uma coletânea de mensagens por ele pregadas no Madson Square Garden. Depois li “O Mundo em Chamas” e um monte de outros livros dele. Todos mais que simples. Todos evangelísticos. Todos sobre a Cruz e o Sangue. Todos apenas sobre Jesus. Dezenas de livros simples e bons para o coração, e que alcançaram milhões de pessoas no mundo.
Minha história com Billy é longa. Desde a admiração juvenil em Manaus, no inicio da década de 70, até hoje. Entretanto, aí pelo fim dos anos 70 e inicio dos 80, determinei para mim mesmo que desejaria conhecer o Billy, conversar com ele, e me tornar mais próximo, pois, para mim e para muitos, Billy era a melhor referencia pública de integridade e seriedade na condução das coisas da fé que se tinha.
Primeiro conheci o Leighton, cunhado dele (casado com a irmã do Billy) e companheiro de ministério por mais de 35 anos. Leighton é um homem bom e amigo. Ficamos amigos mesmo. Somos amigos até hoje. Foi o Leighton quem me apresentou o Billy, e, depois, a Ann Graham, uma das filhas do casal Graham, de quem me tornei amigo.
Durante 1986 e 1994, tive boa e próxima relação com a família. Todavia, foi depois de ter passado um tempo muito bom e agradável com ambos, na casa deles em Montreat, que passei a ter contatos mais freqüentes, via carta ou telefone.
Em 1988, quando fui passar um tempo com a família na Califórnia, D. Ruth ligou algumas vezes, com todo carinho, a fim de saber se eu estava precisando de alguma coisa. Billy escrevia às vezes, mas era ela quem mais mantinha contato, sempre expressando o amor dela e dele.
D. Ruth foi uma mulher de seu tempo. Portanto, um monte de coisas que ela deixava de entender, ao invés de serem creditadas a qualquer forma de dureza dela, deve sempre ser atribuída à sua criação presbiteriana à moda do sul dos Estados Unidos no inicio do século XX.
Ela, no entanto, amou muito a Deus!
Assistiremos daqui para frente a um desfile de passagens das melhores almas que habitaram o mundo da fé nas ultimas décadas. Minha tristeza é ver que não há “peças de reposição”; ao contrario, tudo apenas fica mais pobre e medíocre.
Com gratidão a Deus pela vida de Ruth Graham,
Caio
15/06/07
Lago Norte
Brasília