MEU VELHO SONHADOR
Todo mundo dizia que eu era louco por ele.
E eu era mesmo.
Tudo o que de bom possa existir em mim como homem, veio dele.
Só que ele era muito mais homem do que eu.
Muito mais fibroso.
Muito mais paciente.
Muito mais generoso com a dor.
Muito mais amigo.
Muito mais sereno.
Muito mais pacifico.
Muito mais pacificado.
Muito mais simples.
Muito mais profundo no espírito.
Muito mais manso.
Infinitamente mais humilde.
Incomparavelmente mais discernido.
Muito mais confiante.
Muito mais suave.
Muito mais certo.
Muito mais natural.
Muito mais tudo do que eu.
De fato ele é o meu grande herói humano.
O meu Tarzan.
O meu Da Vince que fazia.
O meu apóstolo mais simples.
O meu engenheiro mais competente.
O meu cego mais cheio de visão.
O meu mais jovem velho.
Meu pedaço de alma mais doce.
Meu saputi espiritual.
Meu pai.
Sempre que ouço a música abaixo [entre centenas de outras], lembro dele.
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=_rCPwhC6R8A
Letra:
We’re coming to the edge,
running on the water,
coming through the fog,
your sons and daughters.
Let the river run,
let all the dreamers
wake the nation.
Come, the New Jerusalem.
Silver cities rise,
the morning lights
the streets that meet them,
and sirens call them on
with a song.
It’s asking for the taking.
Trembling, shaking.
Oh, my heart is aching.
We’re coming to the edge,
running on the water,
coming through the fog,
your sons and daughters.
We the great and small
stand on a star
and blaze a trail of desire
through the dark’ning dawn.
It’s asking for the taking.
Come run with me now,
the sky is the color of blue
you’ve never even seen
in the eyes of your lover.
Oh, my heart is aching.
We’re coming to the edge,
running on the water,
coming through the fog,
your sons and daughters.
It’s asking for the taking.
Trembling, shaking.
Oh, my heart is aching.
We’re coming to the edge,
running on the water,
coming through the fog,
your sons and daughters.
Let the river run,
let all the dreamers
wake the nation.
Come, the New Jerusalem.
Que Corra O Rio
(Let the River Run)
Carly Simon
Chegamos ao extremo,
corremos sobre as águas,
viemos em meio às brumas,
seus filhos e filhas.
Deixe o rio correr,
deixe todos os sonhadores
acordarem a nação.
Vem, a Nova Jerusalém.
Surgem cidades prateadas,
Os raios da aurora reluzem
Sobre as ruas, que os abraçam,
E com seu canto, sereias os saúdam.
Basta pedir para receber.
Estremeço, agito-me.
Ah, de tão sequioso, dói-me o coração!
Chegamos ao extremo,
corremos sobre as águas,
viemos em meio às brumas,
seus filhos e filhas.
Nós, grandes e pequenos,
Assentamo-nos numa estrela
Donde cintila um rastro de anseio
Pervadindo a escuridão da madrugada.
Basta pedir para receber.
Vem, acompanha-me agora.
Vê o azul deste céu:
Matizes que nunca antes contemplaste,
Mesmo nos olhos do ser amado.
Ah, de tão sequioso, dói-me o coração!
Aproximamo-nos da margem,
Cruzando as águas,
Em meio à névoa;
Teus filhos e filhas.
Basta pedir para receber.
Estremeço, agito-me.
Ah, de tão sequioso, dói-me o coração!
Chegamos ao extremo,
corremos sobre as águas,
viemos em meio às brumas,
seus filhos e filhas.
Deixe o rio correr,
deixe todos os sonhadores
acordarem a nação.
Vem, a Nova Jerusalém.
(Tradução livre)
Sempre me emocionava ouvindo a música porque ela me remetia para ele:
We’re coming to the edge,
running on the water,
coming through the fog,
your sons and daughters.
“Chegamos ao extremo,
corremos sobre as águas,
viemos em meio às brumas,
seus filhos e filhas.”
Esse foi sempre os espírito de papai: sempre foi ao extremo em amor, fez das águas sua pista, andou contra as brumas, e gerou filhos e filhas que a ele vêm pelo mesmo caminho.
Let the river run,
let all the dreamers
wake the nation.
Come, the New Jerusalem.
“Deixe o rio correr,
deixe todos os sonhadores
acordarem a nação.
Vem, a Nova Jerusalém.”
Papai foi um rio livre para correr e vivo o suficiente para acordar aquele que podia sonhar e não sonhava.
A vida dele foi um permanente convite para a experiência da Nova Jerusalém aqui e agora.
Nele,
Caio
14/09/07
Manaus
AM