NOVAS DE JERUSALÉM: o espírito de escravidão reina neste lugar!

 

 

 

 

 

 

NOVAS DE JERUSALÉM: o espírito de escravidão reina neste lugar!

 

 

 

 

Jesus disse que Jerusalém estaria sob os pés dos gentios até que Ele voltasse outra vez.

 

E mais: disse-nos Ele que viria a Jerusalém apenas para morrer, pois, esta cidade era assassina de profetas.

 

Paulo disse aos Gálatas [que estavam impressionados com os judaizantes que vinham desta cidade e tentavam perverter o Evangelho onde quer que o apóstolo o pregasse] — que a Jerusalém histórica gerava para a escravidão.

 

O espírito acima denunciado em nada mudou nesses dois mil anos!

 

Então você me pergunta: Por que você então vai a Jerusalém?

 

Ora, aqui venho em razão de que aprendo muitas coisas boas que me vêm da Palavra; e, também, porque aqui vejo os mecanismos da religião que operam para a morte neste lugar — e, em os discernindo, entendo melhor a “maquina homicida” que matou os profetas e Jesus.

 

É impressionante, mas inequívoco que o mesmo espírito está aqui presente hoje entre judeus, mulçumanos e cristãos – tanto católicos quanto também entre os protestantes.

 

Hoje, pela segunda vez em menos de um ano fui atacado dentro de um ambiente protestante: a Tumba do Jardim.

 

Estava pregando cedo no lugar, com um pedido de permissão para gravar, o qual foi antecipadamente requerido por nós, mas, à semelhança do aconteceu em novembro passado, quando, em meio às lágrimas de emoção na mensagem que trazia, fui interrompido por um “pastor-gerente” do lugar, com uma estupidez que não se encontra em um terreiro de macumba.

 

Falava sobre a Cruz quando o “xerife anglicano” entrou no meio das gravações e simplesmente nos expulsou do lugar.

 

Tratamo-lo com amor e mansidão, mas o homem estava possesso de um espírito que não tem explicação objetiva.

 

É verdade que eu sou um dos primeiros cristãos a entender pela arqueologia, mediante consultas antigas que fiz a um dos maiores arqueólogos judeus de Jerusalém [Gabriel Barkai], que o chamado “Calvário de Gordom” ou a “Tumba do Jardim”, não é o lugar da crucificação e da ressurreição de Jesus; e, em razão disso, desde 1985 divulgo que o lugar é lindo como cenário de recomposição mental e emocional do que aconteceu a Jesus em Sua morte e ressurreição, embora, o lugar não passe de uma espécie de “Jesus Land”.

 

Só que a coisa pegou, e, hoje, muitos vão ao lugar sabendo que como cenografia ele é bonito e perfeito, mas como lugar histórico ele não tem nenhum valor.

 

Já na entrada o espírito da desconfiança estava presente. Queriam saber o que eu haveria de gravar. Disse que falaria apenas da Cruz e da Ressurreição. E foi isto que fiz. No entanto, o “xerife”, que só chegou depois de eu estar pregando, sob a alegação de que desejava o ponto de onde eu falava para outros visitantes ali chegassem, certamente tendo me reconhecido, interrompeu o que eu dizia com extrema brutalidade.

 

Arqueologicamente o lugar da Crucificação de fato está sob a chamada Igreja do Santo Sepulcro, erguida por Helena, mãe do Pai do Cristianismo, o Imperador Constantino. Levo as pessoas até lá por uma questão de sinceridade histórica, embora eu mesmo abomine o lugar pela sua idolatria e feiúra, além de ser também em razão do “espírito de opressão espiritual” que ali se percebe logo ao se entrar.

 

Ora, era e é por esta razão que, mesmo sabendo que a “Tumba do Jardim” não nada além de um lugar cenográfico, prefiro levar as pessoas lá, isso a fim de que tenham uma melhor idéia de como era o lugar original da morte e ressurreição do Senhor.

 

Entretanto, mesmo sendo a “Tumba do Jardim” um lugar belo, cheio de árvores, pássaros e flores, e mesmo lá havendo todos os elementos cenográficos facilitadores de uma recriação mental dos eventos antigos, hoje ali reina o mesmo espírito de estupidez religiosa que existe no “Santo Sepulcro”.

 

A questão que os ingleses que são donos do lugar estão aflitos ante a verdade de que o lugar que eles vendem como sendo verdadeiro não passa de um presépio.

 

Ora, já estive naquele lugar mais de cinqüenta vezes, e ali já levei milhares de pessoas. Sei que o “xerife” me reconhece, e também sei que ele sabe que minha presença ali não reforça os termos da mentira na qual eles vivem, como se lugares fossem importantes para qualquer coisa.

 

Depois que Jesus disse à mulher Samaritana que nem em Jerusalém, nem no Monte Gerezin, e nem em qualquer que fosse o lugar como lugar, se adoraria a Deus, pois, Deus é espírito, e Sua adoração acontece não em geografias externas, mas exclusivamente nos ambientes do coração, que lugares perderam todo e qualquer valor para finalidades espirituais.

 

Saímos de lá e fomos para o Monte das Oliveiras, mais precisamente para um lugar chamado “Dominus Flevet” — o lugar celebrativo do choro de Jesus sobre a cidade de Jerusalém. E, apesar de todos os acertos financeiros para que gravássemos no lugar, de súbito me entra no meio da gravação um sacerdote católico, também “xerife do lugar”, e interrompe a gravação com toda estupidez.

 

Sem que ele soubesse deixei a gravação rolando [os câmeras que comigo estão já receberam instrução minha para que não desliguem as câmaras não importando qual seja a situação], e, assim, gravei tudo, conversa a conversa que tive com o sacerdote, e que colocarei no ar na Vem e Vê TV, como demonstração do que o espírito da religião pode fazer e faz.

 

Assim, indo de um protestante para um católico, vimos que em Jerusalém o que prevalece é ainda o espírito da escravidão descrito por Paulo escrevendo aos Gálatas.

 

Sem querer acabei obtendo material farto acerca da loucura e da estupidez religiosa, não importando a vertente do grupo religioso. Sim! Tudo ao vivo e a cores!

 

A ironia é que uma vez expulsos [pois assim foi que a nosso respeito se declarou pelo “xerife sacerdotal”], saímos, e, logo abaixo, descendo na direção do Getsemani, encontramos um homem árabe, que cuidava de um burrinho, o qual, ao ver-me, abriu um grande sorriso. Abracei-o e ele me beijou. Disse a ele que de onde eu estava vindo ele se me apresentava como um anjo de Deus. Pus as mãos sobre a cabeça do homem, que não me pedia dinheiro ou qualquer coisa, enquanto o árabe levantava a cabeça e as mãos aos céus e dizia: “Jesus, Jesus, Jesus!”

 

Sobre este tema assim escrevi faz algum tempo aqui no site:

 

QUEM É A SUA MÃE?

 

 

 

Paulo disse que a Jerusalém de pedras e morros, situada na Judéia, em seus dias era espiritualmente como a escrava Hagar era para Sara, nos dias de Abraão; pois quem de Hagar nascia, escravo era desde o nascimento, visto que escravo gera escravo em regime de escravidão. Entretanto, os filhos da Graça-Promessa, eram como Isaque, o filho de Sara, a livre.

 

Se o espírito da mãe é de escrava amargurada e infeliz, nem Abraão aí fará filhos livres.

 

Por esta razão é que Paulo diz que os filhos da escrava sempre perseguem os filhos da livre; pois eles mesmos sabem quem é livre e quem não é. Por isso quem não é persegue a quem é. É sempre o não-é perseguindo ao que é.

 

A ironia é que Paulo saiu de Jerusalém com a ordem de matar os filhos da livre, e, ao chegar ao seu destino, Damasco, vira tanta luz que já nada via; porem, sendo já livre, mal abriu os olhos e começou a ser perseguido pelos filhos da escrava, como de fato o foi até o fim da vida.

 

Os filhos da escrava sempre odiaram os filhos da livre. Portanto, quando os filhos da escrava amam alguém, então é porque tal pessoa não é filho da livre.

 

Ora, assim como a Jerusalém dos dias de Paulo gerava filhos para a escravidão, assim também a Religião [seja qual for sua denominação cristã] gera para a escravidão também. Ambas são a mesma coisa, assim como os judeus procederam de Sara e acabaram como filhos de Hagar.

 

E fácil ver quem é filho da Escrava e quem é filho da Livre. Basta ver quem persegue quem; e quem odeia a quem; e quem desejaria o sumiço de quem; e quem se ocupa de quem; e quem se alimenta da existência de quem.

 

Os filhos da Livre só têm olhos para o Pai. Mesmo quando a noite é escura e o pai leva seu filho a Moriá. Mesmo nesse dia o filho da Livre não pergunta pelo destino do filho da Escrava; nem se comparará a ele; e nem tampouco invejará qualquer que seja o seu poder histórico.

 

Os filhos da livre comem Promessa e andam em Graça. Mas os filhos da escrava só comem letras amargas e caminham em chão de inimizades.

 

O filho da Livre sabe que é livre. Mas o filho da Escrava precisa se convencer do contrário o tempo todo. Daí perseguir o que é Livre.

 

Genuína Liberdade conforme o Evangelho é o diabo para os filhos da Escrava.

 

Portanto, não se espante [caso você seja filho da Livre], pois, é chegada a hora em que os filhos da Escrava levantar-se-ão tomados de ciúmes.

 

 

Pense nisto. E quando acontecer, lembre de hoje.

 

 

Caio

 

13/08/07

Manaus

AM

 

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Assim, fica factualmente demonstrado que o mesmo espírito de morte e crucificação está presente entre todos aqueles que se sentem os “guardiões da Terra Santa”, não importando se aqui ou em qualquer outro lugar da Terra.

 

Sim! O espírito dos religiosos que mataram a Jesus, bem como o espírito dos “Cruzados” vive de modo perverso entre os que dizem ter a “custódia da Terra Santa”, assim como vive em todos os ambientes estratificados pela religião.

 

Ironicamente amanhã entrevistarei o Rabino Maior de Jerusalém em frente ao Muro das Lamentações. Conversarei com ele muitas coisas e as apresentarei na Vem e Vê TV. Certamente será um encontro muito melhor e mais ameno, pois, tendo solicitado a entrevista, de pronto recebemos resposta afirmativa da parte dele. E mais: também recebemos dele permissão para gravar no túnel que passa pelo Muro das Lamentações e que é arqueologicamente um lugar de valor histórico extraordinário — embora eles quase nunca permitam que se filme qualquer coisa dentro do túnel [dado ao valor religioso do lugar para os ortodoxos judeus].

 

Depois, à tarde, terei a companhia de Gabriel Barkai, que me acompanhará mostrando os últimos achados nas escavações na “Cidadela de Davi”, bem como no Monte Ofel. Ambos, o Rabino Chefe e o Arqueólogo Maior, foram prontos e solícitos no atenderem ao meu pedido.

 

Hoje à noite gravaremos a Jerusalém noturna, com sua vista magnífica, e espero não apenas gravar tudo para a VVTV, mas, também, transmitir ao vivo para a rádio do site.

 

Gravaremos às 20h30min de Jerusalém. Ou seja: seis horas à frente em relação ao horário de Brasília. Quem desejar ouça na radio do site.

 

Acentuasse em mim a certeza de que esta cidade de tantas histórias e tantos profetas mortos, mais do que nunca precisa de testemunho do Evangelho, e não de visitações turísticas ou peregrinações.

 

Jesus disse que era para que se pregasse em Jerusalém, Judéia e Samaria e até aos confins do mundo. Entretanto, os que deveriam evangelizar todos os lugares deixaram Jerusalém de lado, como se por ser o palco de tantas coisas significativas de nossa fé a cidade por si só carregasse um espírito bom.

 

Na verdade não é assim. Jerusalém precisa do Evangelho mais do que qualquer outro lugar. E mais: por mais que as coisas sejam assim, a cidade e o país dos judeus e também dos cristãos e mulçumanos religiosos, continua a ter seu papel escatológico segundo Jesus e segundo Paulo, e assim será até que digam neste lugar: “Bendito é Aquele que vem em nome do Senhor!”.

 

Ou seja: esta viagem, mais do que qualquer outra que aqui eu tenha feito, se tornou uma aventura com sentimentos apostólicos para mim e para os que comigo aqui estão.

 

Não sei o que o futuro me reserva, mas sinto que nele existe alguma coisa para mim em relação a esta cidade, e já venho dizendo isto à minha mulher faz algum tempo.

 

Nele, que nos chama a pregar nesta Jerusalém de morte e escravidão, como filhos da Jerusalém Celestial, até que Ele venha,

 

 

 

Caio

Sábado – 24 de maio de 2008.

Jerusalém – Israel