A LUZ NO HOSPITAL

 

  

 

A LUZ NO HOSPITAL

 

 

 

Na minha última estada no Ceará, por ocasião do Encontro de Estações do Caminho da Graça, tive a chance de rever um primo muito amado, sua esposa e filhos, bem como gente boa e amiga do lado da esposa dele, e que já eram meus amigos mesmo antes de os dois encontrarem-se para namorar há cerca de trinta anos.

 

Em meio às nossas conversas eles contaram-me algo lindo. Disseram-me de como uma de suas filhas adoecera de modo mortal. Depois de dias em coma na UTI veio a noite da morte. O médico dissera que daquela noite a menina não passaria. Ela, a mãe, estava de joelhos ao lado da cama, orando.

 

Naquela última noite, ela, a mãe, sentiu desejo de orar comigo, e, tendo ligado para os meus pais, me encontrou pregando em João Pessoa. Contou-me tudo. Depois, disse-me ela que eu lhe disse que médico nenhum dizia a última palavra sobre nada, e que ela cresse que o Senhor é quem diz a última palavra. Ela me disse que creu e teve paz.

 

A seguir ela contou que uma luz invadiu o quarto. Intensa e serena ao mesmo tempo. Ela ficou acalentada pela serenidade daquela presença. Nem sequer levantou os olhos.

 

Ficou quieta e em silêncio. Chegou meu primo. À época ele ainda não cria no Senhor. Então ela continuou calada. Mais um pouco e chegou uma amiga de Manaus, discípula de Jesus. Ora, cansada, embora agora cheia de uma indizível esperança, saíram para tomar um ar enquanto a amiga ficava com a filhinha deles.

 

“Corram, corram!…” — gritava a moça.

 

“Uma luz no quarto!… Uma luz no quarto!” — bradava ela.

 

Foi aí que a mulher de meu primo disse a ela que vira a mesma coisa meia-hora antes de ambos chegarem.

 

Então chegou o médico crendo que ficaria só um pouco a fim de atestar o óbito. A menina, porém, do nada se pôs em pé e pediu para ir ao banheiro depois de dias em coma. Foi, fez xixi e voltou a dormir. Os pais e a amiga choravam. O médico sacudia a cabeça e dizia nunca ter visto aquilo, e, sobretudo, queria saber o que era aquilo que ele vira. A mulher de meu primo contou a história para total estupefação dele e de todos os demais que para o quarto haviam afluído.

 

Faz dez anos!

 

A menina hoje é quase uma mulher adulta!

 

Deus é bom e misterioso, e ninguém pode dizer o quê, como e quando Ele decide fazer as coisas de Sua amorosa Soberania.

 

Conto isto a você para que em sua própria vida a sua alegria seja completa.

 

 

 

Nele, que visita os homens com Luz e Graça,

 

 

 

Caio

 

26/06/08

Lago Norte

Brasília

DF