HAMURABI E OS FALSOS CURANDEIROS
A diretora de uma escola pública me telefonou. Um aluno da escola está com o pai doente.
Aids—é a praga maligna que deu nele.
Procurou uma grande e poderosa igreja, que oferece a simplificação de tudo: um passe e umas correntes curam Aids.
São milhares de pessoas ali.
O repórter da igreja fica catando boas histórias para colocar no ar.
O testemunho de um anima a esperança de milhões de desvalidos.
Assim a igreja fica com fama de que cura!
Só não falam é da enormidade de pessoas que sofrem até a morte—que são milhares ali também.
Testemunho de doença não curada não anima ninguém a fazer como a “mulher do fluxo” antes de encontrar a Jesus, que deu aos “médicos” tudo quanto tinha, indo de mal a pior.
Os “médicos” de hoje são esses “vendedores de cura” e que alimentam a credulidade do povo com alguns casos que mantém os demais—milhares—em estado de esperança e contribuindo até o último centavo.
Jesus cura doentes apesar do malcaratismo desses “médicos” usurpadores de dinheiro de gente seqüestrada pela desgraça.
Bem, a diretora me disse que nessa igreja proibiram o pai do estudante de tomar qualquer remédio para a Aids.
O homem está morrendo.
A família vai lá e reclama.
Os pastores dizem que se ele tomar o remédio é porque não tem fé.
O homem quer ser curado.
Obedece aos pastores.
Vai morrer como acontece todos os dias com milhares de vítimas, cujas histórias jamais virarão “testemunho” não naquele lugar.
Na antiga mesopotâmia, cem anos antes de Abraão, de acordo com o código de Hamurabi, se alguém fazia promessas de cura e a cura não viesse e a pessoa morresse, tanto o defunto quanto seu médico seriam jogados no Rio Eufrates.
Assim, Hamurabi acabou com a falsa medicina e com os vendedores de cura.
Hoje o que deveria acontecer era o seguinte:
A família deveria levar um documento à igreja e demandar do pastor que assine a recomendação de que o seu “paciente” não tome mais remédios, pois, a igreja está assumindo a responsabilidade de que ele será curado—isso no caso do próprio “paciente” estar se negando a tomar o remédio com medo de perder a cura!
No caso de morte, a família deveria demandar na justiça tudo o que foi prometido.
Como eles não tem nem poder de curar—quanto mais de levantar dentre os mortos—então, indenização neles!
Uns três casos desses acabariam com esse estelionato feito em nome de Deus e libertaria a milhares de oprimidos pelo medo.
Jesus cura.
E o faz conforme Seu eterno poder e Sua sabedoria.
O que Ele não faz é dar Sua gloria a outrem.
E muito menos competir com a medicina.
Não há verdade médica—ou de qualquer outra natureza—que não seja Dele!
Caio